domingo, 3 de janeiro de 2016
Stephen Hawking não acredita em vida espiritual
O cientista inglês Stephen Hawking havia declarado, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, há quatro anos, que não acredita em vida espiritual, que conhecemos como vida após a morte, e define essa ideia como um "conto de fadas".
Um dos principais defensores do ateísmo, o cientista, de 73 anos, sofre de uma doença degenerativa que o deixa completamente paralisado, mas tem o cérebro funcionando o suficiente para realizar estudos e conversar com as pessoas através de um aparelho que transforma seu pensamento em palavras, através de uma voz eletrônica sintetizada.
Ele afirmou que o universo se criou sozinho e não acredita que haja vida após a morte. "O cérebro é como um computador que para de funcionar quando falta energia ou quando os seus componentes falham. E não haverá mais nada da pessoa quando esse computador pifar", disse, explicando a declaração de que "a vida após a morte é um conto de fadas para quem tem medo do escuro".
É até insólito que os deslumbrados seguidores do "movimento espírita" tentem dar o mesmo valor a Francisco Cândido Xavier, suposto médium que era um católico fervoroso (defensor de dogmas ortodoxos, mas heterodoxo em rituais e aparente paranormal) e Stephen Hawking, como se os dois tivessem sido primos distantes. O que é muito, muito ridículo.
A vida espiritual, acreditamos, existe, sim. Mas não da forma que o "movimento espírita" acredita. Se for como vemos nos livros de Chico Xavier e companhia, somos forçados a concordar, em parte, com Stephen Hawking, quando ele descreveu a vida após a morte como um "conto de fadas".
Pois é justamente isso que o "movimento espírita", defensor da Teologia do Sofrimento, define como "vida espiritual": um lindo bosque, com passarinhos, árvores, cachorrinhos, gatinhos, um monte de prédios imponentes, um grande hospital com estética de shopping center, pessoas usando pijaminhas brancos e bem limpinhos. Tudo fantasia.
Allan Kardec havia descrito que a humanidade de seu tempo não tinha condições de descrever o mundo espiritual. Atualmente, continuamos não tendo, e o desserviço que o "movimento espírita" e um Chico Xavier, que somos aconselhados a não contestar em coisa alguma porque ele "era bonzinho", cometeram só faz complicar as coisas.
O grande absurdo disso tudo é que Chico Xavier, por uns boatos sem muita serventia, passou a ser considerado "cientista", por supostas previsões sem pé nem cabeça: "previu" a vida em Marte a partir de 1935, com seus "parceiros do além", quando o tema já estava velho na época, já que Percival Lowell já estudava tudo isso bem antes do "médium" ter nascido.
Da mesma forma, Chico e seu "amigo do além", o "André Luiz" da fantasiosa colônia Nosso Lar, também foram tidos como "cientistas" por supostas previsões sobre a glândula pineal, graças a acadêmicos que não pesquisaram livros dos anos 1940 e supuseram, através de fontes de terceiros, que a bibliografia sobre o tema no tempo de Missionário da Luz (1945) era "escassa".
Fantasias, mistificações, mitos. Se a vida espiritual é assim como Chico Xavier descreveu em seus livros, então tudo vira um conto de fadas, mesmo. E da forma que o "espiritismo" trabalha a encarnação humana, defendendo o "sofrimento sem queixumes", a ideia mesmo é acreditarmos que nossa vida é uma só, vivemos como desejamos e deixar a vida do além-túmulo para quando ela vier.
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