FACHADA DO "CENTRO ESPÍRITA" LEON DENIS, EM BENTO RIBEIRO, ZONA NORTE DO RIO DE JANEIRO.
Supostamente protegido por um grande "centro espírita", o Leon Denis, o bairro de Bento Ribeiro vive uma onda de violência que forçou moradores a fechar uma rua, a Domingos dos Santos, esquina com Praça Manágua, com os moradores solicitando autorização à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo reportagem do jornal Extra, houve até caso de um casal ter sido rendido por assaltantes em plena luz do dia, durante a tarde, que levaram o carro e objetos pessoais. Desde 2010, uma onda de roubos aconteceu no bairro, sendo, só no caso de veículos, 654 casos, e de celulares, 316. Somente em 2017, ocorreram 1.091 assaltos a pedestres e 26 roubos de celulares.
Embora a Rua Domingos dos Santos se situasse distante do Leon Denis e do lado oposto da linha férrea - o "centro espírita" se situa no entorno da Rua João Vicente, a rua fechada pelos moradores se situa no lado dos quarteirões junto à Rua Carolina Machado.
Mesmo assim, isso não deixa de indicar as energias pesadas que "centros espíritas" provocam, pois elas têm um longo alcance. Como no caso do "centro espírita" Paulo e Estêvão, em Salvador, situado em uma área perigosa entre Amaralina e Pituba, mas aos pés do trio de bairros mais perigoso da região, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz e Vale das Pedrinhas.
Recebemos queixas de pessoas que tiveram tratamento espiritual no "centro espírita" Leon Denis e só contraíram mau agouro. Pessoas que vêm de regiões distantes para resolver problemas em terapias espirituais, cumpridas à risca, mas que, em vez de obterem a solução, contraem desgraças.
Há relatos de pessoas que passaram a ser vítimas de bullying e serem visadas por um algoz visivelmente "alterado". Há outras pessoas que, "beneficiadas" pelo tratamento, passaram a ser assaltadas até fora dos horários de riscos.
Isso acontece porque o "espiritismo" brasileiro é uma religião infectada por sua própria natureza. Diferente dos evangélicos neopentecostais, que, pelo menos, são assumidamente retrógrados e exercem honestidade doutrinária nos seus valores obscurantistas, o "espiritismo" vive da dissimulação e da desonestidade doutrinária.
Igrejeiro, à maneira do que foi o Catolicismo jesuíta que predominou no Brasil colonial, e formando suas bases na obra Os Quatro Evangelhos, de Jean-Baptiste Roustaing, o "espiritismo" brasileiro tenta dar a impressão contrária, de suposta fidelidade aos postulados originais de Allan Kardec. Pior: o "espiritismo" brasileiro se reduziu a uma dissidência de católicos medievais que apenas absorveram alguns aspectos hereges da Idade Média, como o esoterismo e a homeopatia.
RUA DOMINGOS DOS SANTOS, TORNADA FECHADA POR CAUSA DA VIOLÊNCIA EM BENTO RIBEIRO.
Isso envolve uma série de equívocos cometidos que, acumulados, reduziram o "espiritismo" a uma religião que transmite energias negativas, em princípio por acidente. A desonestidade doutrinária atrai espíritos traiçoeiros e brincalhões, principalmente através de pretensas mediunidades que, com a típica falta de concentração dos brasileiros, sempre "dão branco", o que faz com que os "médiuns" simplesmente inventem mensagens da própria mente e atribuem a autoria aos mortos.
O próprio Francisco Cândido Xavier abriu precedentes. Exames e pesquisas sérios, mesmo de caráter empírico e informal, revelavam problemas nas mensagens "psicografadas", como as caligrafias que destoavam dos estilos pessoais dos mortos e até as assinaturas tinham o estilo caligráfico de Chico Xavier.
Até Chico Xavier tinha falta de concentração e ele nunca foi um espírita autêntico, mas um católico de crenças ortodoxas, um conservador quase ao nível de um Olavo de Carvalho. Mas aí o "jeitinho brasileiro" fez com que a falsa mediunidade pudesse ser tida como "autêntica": caprichar nas informações colhidas de fontes bibliográficas (reportagens ou biografias), acervos pessoais e "leitura fria" (recurso de colher informações, por dados e gestos, de familiares de um morto) e jogar uma mensagem religiosa para desencorajar suspeitas.
Isso tudo criou uma série de energias confusas e negativas que conduzem o "espiritismo" brasileiro e estimulam toda uma série de jogos de interesses e outras tramas, envolvendo até gente considerada "insuspeita" dentro do meio.
É por isso que, por mais que os "espíritas" não admitam, os "centros espíritas", embora, em tese, se instalem em áreas decadentes ou perigosas para "trazer socorro e amor", não só falham neste propósito como acabam piorando as energias desses ambientes, que se tornam redutos do crime, da traição e de outros infortúnios pesados que atingem, sobretudo, aqueles que recorrem a esses "centros" em busca de solução para suas vidas.
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