terça-feira, 17 de março de 2015

"Espiritismo" brasileiro é materialista

O MATERIALISTA JOSEF STALIN - Eliminou vidas ou foi agente de "reajustes espirituais"?

O "espiritismo" brasileiro é dotado do mais extremo materialismo, de fazer os marxistas originais tremerem de vergonha. Até parece que o "movimento espírita" brasileiro compete com o stalinismo no que se refere aos ideais materialistas referentes a estruturas morais, sociais e pelo modo que se deve se ascender na vida humana, entre tantas coisas.

Exagero? Não, pois, apesar de toda alegação do "mais puro espiritualismo", o "espiritismo" brasileiro é materialista até os neurônios. Não é fácil explicar isso para seus seguidores, mas uma observação cautelosa pode garantir que o "espiritismo", sim, é altamente materialista, podemos dizer até o extremo.

A superestimação da instituição família, acima até mesmo da média feita pela Igreja Católica, é um dos aspectos típicos do "movimento espírita". Relações meramente materiais e provisórias em cada encarnação são vistas pelos "espíritas" como laços parentais e até hierárquicos que atravessam várias encarnações.

A predestinação do Brasil como "nação mais poderosa do mundo", tudo às custas de um sonho sem muita importância de Chico Xavier em 1969, também é um dado materialista, porque, na verdade, nenhuma evolução espiritual passa pelos hectares delimitados de nação alguma. Não existem delimitações territoriais para processos de evolução espiritual.

Além disso, o geocentrismo, uma das mais explícitas heranças que o "espiritismo" brasileiro tem do Catolicismo medieval, na medida em que credita o Brasil como um futuro país líder da humanidade terrena e, por conseguinte, do universo, prende a ideia de espiritualidade a visões próprias do mais escancarado materialismo geocêntrico e, sobretudo, brasilocêntrico.

Pior: simbolicamente, o "espiritismo" resgata a ideia da Terra como um centro do universo, tão radicalmente defendida pelos sacerdotes medievais, contra os quais qualquer contestação era certeza de sofrer sentenças mortais, por fuzilamento, enforcamento ou sendo queimado nas ruas, exposto a multidões e transeuntes.

Para os "espíritas", a Terra volta a ser o centro do universo. Limitam-se a "admitir" que a Terra gira em torno do Sol e "reconhecem" os conceitos científicos de estruturas galaxiais. Mas tentam dar à Terra um centro, se não "material", pelo menos "espiritual", o que dá no mesmo, Afinal, os critérios continuam sendo materiais do mesmo jeito.

Até o mundo espiritual, na verdade um complicado enigma e um mistério ainda difícil de ser resolvido, é imaginado pelos "espíritas", em duvidosas "psicografias", como réplicas "mais perfeitas" do nosso mundo material, num arrogante, porém não assumido, processo de imitação das cidades espaciais das obras de ficção científica.

Há até mesmo casos exagerados de obras sobre "cidades espirituais" que incluem não só passarinhos e animais domésticos, zebrinha listrada, oncinha pintada e coelhinho peludo, como há também gente transando, tocando punheta, há até motoqueiros do além, rodeios, um verdadeiro shopping center.

E isso quando tais exageros são reprovados até mesmo pelo "movimento espírita" tido como "mais sério", que acham que "o verdadeiro mundo espiritual" se resume a meros hospitais igrejistas controlados por protetores espirituais de comportamento frio porém acolhedor, diante de campos floridos insossos de relvas prolongadas.

Mas mesmo esse "verdadeiro mundo espiritual" é também materialista, e o próprio caráter frio, sem expressões e com um comportamento sisudo e gélido, dos "amorosos assistentes espirituais", mais parecem de robóticos zumbis espaciais em formas de humanoides, sem uma força de espírito natural e espontânea.

A própria glamourização do sofrimento também é materialista, criminalizando a ideia do prazer que é essencial para aliviar o espírito, mas superestimando a desilusão que é imposta justamente a quem não mais precisa dela para o aprendizado da vida. O espírito sofre, porque a "doutrina espírita" feita no Brasil escraviza almas, transforma a vida material num fardo ainda mais pesado e, portanto, bem mais materialista.

Que progresso espiritual teremos então? Nenhum. Há muito o que se falar dos aspectos materialistas do igrejismo "espírita". Até nas tragédias coletivas, em que a união meramente material de pessoas diferentes sob um mesmo infortúnio mortal supõe erroneamente que todos tenham se unido por um objetivo comum. Mas eram apenas vidas separadas que se uniram por poucos momentos.

Daí o materialismo. Como também o cheiro de éter do suposto Adolfo Bezerra de Menezes. Como também a suposição de Chico Xavier de que uma cadelinha que substituiu outra que já morreu é reencarnação da falecida. E a própria idolatria dos seguidores de Chico Xavier a ele, presa nos estereótipos materialistas do "humilde velhinho".

Tudo isso nada tem a ver com espiritualismo. Há ateus que dão um banho de espiritualidade em muito "espírita" convicto. O "espiritismo" brasileiro, com seu moralismo e suas visões igrejistas e apegadas à matéria, é que é materialista, mesmo.

O "espiritismo" brasileiro é bem mais do que muito comunista, e competindo com o materialismo violento do stalinismo que, à luz (ou treva?) do "espiritismo" brasileiro, faz a gente verificar que, segundo os "espíritas", o ditador Josef Stalin, ao eliminar vidas, estaria promovendo o tal "resgate espiritual" de suas vítimas "culpadas" de supostas faltas passadas.

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