terça-feira, 15 de abril de 2014
Federação "Espírita" Brasileira se junta aos "urubus da mídia" contra a Internet
Com o crescimento dos espaços de discussão e contestação ao "espiritismo" brasileiro na Internet, a Federação "Espírita" Brasileira tenta agora desqualificar as mídias sociais a exemplo do que fazem os chamados "urubus da mídia", jornalistas reacionários que geralmente fazem comentários políticos ou colunas em jornal.
Entre esses jornalistas, é muito comum a condenação rancorosa da Internet e da chamada blogosfera que eles acusam de lançar visões e abordagens que vão muito além da "paz social" promovida pela "democrática" grande imprensa.
Isso se deve porque, na Internet, surgiram e cresceram vários blogues - páginas dedicadas a textos e mensagens em atividade constante e periodicidade variável - que lançaram pontos de vista e abordagens muito diferentes do que as grandes empresas de Comunicação difundiram com monopólio de décadas sobre a opinião pública.
Perdendo esse poder de influência - recentemente, por exemplo, o Jornal Nacional da Rede Globo registrou um recorde negativo de 18% de audiência - , a grande mídia passou a se servir de articulistas que constantemente esculhambam a blogosfera, incluindo vários famosos articulistas da Folha, como Eliane Cantanhede, de O Globo, como Merval Pereira, e da Veja, como Reinaldo Azevedo.
E no "espiritismo" brasileiro? Como se dá essa condenação à blogosfera, vide o fracasso da "trolagem do bem" de alguns espiritólicos que agiam em defesa desesperada sobretudo do anti-médium Chico Xavier, a cada dia incapazes de reagir de forma consistente a uma série de questionamentos severos que se multiplicam na Internet.
Os espaços de contestação e denúncia de irregularidades do "espiritismo" brasileiro se multiplicam nas mídias sociais e ganham cada vez mais adesões. No You Tube, o programa Terceira Revelação, de uma TV comunitária de Nova Friburgo (RJ), apresentado pelo falecido José Manoel Barbosa, acumula uma média de 400 a 1400 visualizações. Parece pouco, mas é sinal de um crescimento gradual.
Em muitos casos, as abordagens dos contestadores do Espiritolicismo andam influindo até mesmo antigos praticantes da religião da FEB, que começam a ver os erros desta doutrina e rompem com ela. É claro que ainda há, mesmo nesses espaços, um confronto entre correntes ainda "igrejistas" e outras científicas, mesmo dentro do âmbito do anti-espiritolicismo, mas já existe um forte debate.
Divergências à parte, o que se vê é que o Espiritolicismo, não somente o da FEB, como também o de algumas dissidências - Alamar Régis Carvalho, Waldo Vieira, Carlos Bacelli, Família Gasparetto, entre outros - , sendo alvo de profundos questionamentos, algo que deixa os ditos "espíritas" em situação embaraçosa.
Daí que a FEB deve promover, nas palestras "espíritas", algumas "alfinetadas" contra os "irmãozinhos incompreensivos" que espalham "ataques violentos" contra os que "só promovem ideais de amor e fraternidade", que "pregam a desunião, a discórdia, ignorando os sábios ensinamentos de Jesus".
Aí eles tentarão fazer seus fiéis crerem que a blogosfera e as mídias sociais viraram "redutos da obsessão e das baixas energias umbralinas", e irão dizer que a Internet virou um ponto de "energias tão baixas".
Tentarão convencer seus fiéis, mas enquanto eles gritam nos seus "centros espíritas", a Internet enriquece o debate e chegará um tempo em que o Espiritolicismo estará em situação insustentável. Como a "urubologia" da grande imprensa que agora tem que admitir que veículos como a Veja e o Jornal Nacional perdem público a cada ano.
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