terça-feira, 18 de março de 2014
FEB determina que "centros espíritas" abram doutrinárias com textos de Emmanuel
Verificando a intensa reação de indignação dos espíritas autênticos contra as deturpações da Doutrina Espírita feitas pela roustanguista Federação "Espírita" Brasileira e seus derivados e dissidentes, os dirigentes da FEB resolveram adotar uma medida severa para proteger seus princípios espiritólicos.
Eles agora "recomendam" aos chamados "centros espíritas" que todas suas doutrinárias necessariamente sejam iniciadas com a leitura de qualquer trecho do livro de Emmanuel, psicografado pelo médium-estrela e anti-médium (no sentido semântico do termo) Chico Xavier.
A leitura é considerada "obrigatória", embora em tese seja apenas uma "recomendação", conforme a retórica supostamente suave da FEB. Mas nota-se que a preocupação é manter o "espiritismo" brasileiro arraigado nas diretrizes espiritólicas da corrente chiquista (de Chico Xavier).
Ultimamente, os dirigentes da FEB e seus colaboradores diretos manifestaram profunda revolta com a série de questionamentos que o "espiritismo" trabalhado pela "federação" está fazendo. Dotados de um inimaginável ódio, eles acusam os contestadores, que simplesmente querem recuperar a fidelidade às ideias originais de Allan Kardec, de serem "ortodoxos" e "puristas".
É um reacionarismo que encontra paralelo ao que ocorre na mídia mais reacionária, como a revista Veja e certos jornalistas da Rede Globo e Folha de São Paulo, até porque um dirigente da FEB também esculhambou os espíritas considerados progressistas.
Segundo esses reacionários, os questionamentos expressariam a "intolerância" contra o "sucesso" (?!) da "doutrina espírita" comandada pela FEB e seus princípios de "amor e caridade". Esses reacionários chegam mesmo a acusar seus críticos de "não praticarem o perdão" e "estarem obsediados", neste caso lembrando a turma de Edir Macedo, R. R. Soares etc falando contra os "possuídos pelo demônio".
Daí que a "leitura obrigatória" dos textos de Emmanuel se configura numa contra-reforma tramada pela FEB. E que tenta manter todos os desvios do "espiritismo" brasileiro da doutrina original de Kardec, através da fidelidade não às ideias do professor francês, mas às pregações autoritárias do jesuíta do além, que certa vez havia dito: "Não critique".
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