JOSÉ MEDRADO E DIVALDO FRANCO SE PREPARAM PARA A MEDIUNIZAÇÃO... OU PARA A ENCENAÇÃO?
Um possível caso de charlatanismo pode vir à tona no "espiritismo" brasileiro. A suposta aparição do espírito do médico Adolfo Bezerra de Menezes, o "Dr. Bezerra", pode ser uma fraude, conforme análises a respeito de vários aspectos observados nos processos supostamente mediúnicos.
Bezerra "aparece" em médiuns - ou "anti-médiuns", já que não são intermediários, mas os astros principais dos espetáculos "espíritas" - José Medrado e Divaldo Franco, ambos baianos, e se "manifesta" de maneira semelhante.
Geralmente a partir de uma música relaxante, tanto Medrado quanto Franco fecham os olhos, franzem as sobrancelhas, num aparente transe, geralmente por cerca de um minuto, e de repente cada um solta uma voz rouca, trêmula e frágil, atribuída ao falecido médico e deputado que presidiu a Federação "Espírita" Brasileira.
Há uma sutil diferença entre o timbre de Bezerra "incorporado" em José Medrado e no timbre do "incorporado" em Divaldo Franco. É como se, no humorismo, haja dois imitadores de Sílvio Santos que tentam imitar com "perfeição" a voz do apresentador de TV, mas que apresentam sutis diferenças no estilo de cada imitação.
O "Dr. Bezerra" de José Medrado é muito mais choroso e ainda mais frágil, carregando na pieguice e no ar de sofrimento. Já o "Dr. Bezerra" de Divaldo Franco é muito mais contido, embora tenha também o tom choroso e frágil, não com a intensidade observada no caso de José Medrado.
Outro aspecto que chama a atenção é o fato de que Bezerra deva necessariamente se apresentar do jeito frágil, como se estivesse no leito de morte, 114 anos depois de falecido. Embora consideremos provável que ele tenha se reencarnado, os questionamentos a seguir levam em conta, a título de análise, a hipótese de Bezerra ser mesmo "espírito de luz" e não ter mais reencarnado.
O suposto Dr. Bezerra aparece também andando com dificuldade, algo inconcebível para alguém que faleceu há muito tempo e que por isso rompeu com as dores e limitações que só correspondem ao corpo físico, e não ao espírito. E nenhum espírito superior perderia tempo se passando por velhote frágil para divulgar mensagens para as pessoas do mundo carnal.
Afinal, se Bezerra é considerado espírito superior, ele deveria ter superado completamente, com mais de um século de falecimento, as impressões dolorosas da velhice física. Como deputado e orador, que viveu tempos de oratória vigorosa, em voz alta e firme, seria natural que Bezerra, como espírito, tivesse não o jeito agonizante de falar, mas ter voltado aos tempos de orador vigoroso e lúcido.
Portanto, fica muito estranho ver o Dr. Bezerra, com mais de um século de falecimento, e tão considerado "superior" e "puro", manter-se ainda preso às impressões materiais da dor física, do corpo em perecimento, quando o mais lógico era ele esquecer de tais impressões e voltar ao antigo vigor da fala lúcida e em voz clara e audível.
Daí a provável fraude que merece uma investigação bastante apurada. O Espiritolicismo já cometeu diversas fraudes, mas goza ainda de uma aura de suposta imunidade moral. Mas a provável fraude da "aparição do Dr. Bezerra" pode representar mais um capítulo que desafia a paciência servil dos fanáticos do Espiritolicismo, a se verem diante de mais uma mentira a ser desmascarada.
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