domingo, 23 de novembro de 2014

Quando "centros espíritas" parecem o próprio umbral

POLICIAIS INVESTIGAM CRIME NA ENTRADA DE UM "CENTRO ESPÍRITA" EM NITERÓI.

Um crime ocorrido em Niterói, no bairro do Barreto, na manhã do dia 20 de novembro de 2014, põe a pensar sobre as energias que o dito "espiritismo" brasileiro traz a seus seguidores. Na ocasião, o engenheiro João Gabriel Lima de Macedo, de 29 anos, foi morto ao ser assaltado, quando entrava no "centro espírita" para verificar as obras de reforma do lugar.

Macedo já teve outro irmão assassinado, em outro local, sete anos antes. Ele era frequentador do "centro espírita" que visitava quando foi rendido pelos bandidos, que fugiram. A política aposta na tese de latrocínio, mas não descarta outros motivos.

É verdade que os "espíritas" ficam desculpando que ocorrências negativas sejam casos pontuais, mas uma doutrina que se arroga a prever "grandes transformações no planeta" não é capaz de prevenir energias negativas numa pequena rua. Ainda mais no Barreto, bairro niteroiense abrigado por "centros espíritas" que não conseguem trazer a tão prometida "luz" para o lugar.

O "centro espírita" em questão fica Rua Ribeiro de Almeida, na esquina com a Rua Libório Seabra, do entorno próximo à Rua Dr. Luiz Palmier. Mas houve um outro "centro espírita" no local, não se sabe se continua, que se localizava no outro lado, na Rua Rio Branco, numa pequena alameda com acesso para a Venda da Cruz.

O centro fazia um ritual de desobsessão que parecia um verdadeiro filme de horror. O médium aparentemente entrava em transe e recebia um espírito de um "irmãozinho sofredor" (eufemismo para o que eles definem como "espíritos trevosos") que surge falando num tom rabugento a respectiva raiva que sente por alguma pessoa, geralmente presente no recinto.

O espírito - provavelmente algum zombeteiro fazendo teatrinho - ficava teimoso e endurecido, até que a mediadora da doutrinária fala palavras suaves para que o inquieto encerre sua fúria e fique chorando, e, enquanto a mediadora faz uma oração, o endurecido, assim de repente, começa a dizer "graças a Deus", "obrigado, Senhor".

São espetáculos que se repetiram toda semana, dentro do processo "amoroso" de "educação moral" dos espíritos, mas o que se nota, por trás disso, é todo um jogo de cena em que espíritos endurecidos, que na verdade dominam e exercem influência em "centros espíritas", se passam por gente vingativa que ensaia um suposto arrependimento. Tudo para atrair fiéis para os "centros".

Dependendo do caso, quem se dispõe a fazer uma simples doutrinária nesses locais já sofre revezes em sua vida, seja no âmbito profissional, amoroso e tudo o mais. Em outros "centros espíritas" as doutrinárias mostram efeitos danosos menores, pois os danos maiores estão nos "tratamentos espirituais", mas nos do Barreto as próprias doutrinárias já oferecem influência danosa grave.

Tem pessoa que, quando faz uma doutrinária em um outro lugar, não sofre tragédias, não atrai encrencas para si, apenas não consegue arrumar um bom emprego nem uma boa namorada ou namorado. Mas, no caso de uma doutrinária do Barreto, há quem, frequentando doutrinárias, pode ver uma pretendente sua "sumir do mapa" ou sofrer um sequestro relâmpago numa saída à noite.

Os ambientes desses "centros" parecem o próprio umbral, e para uma doutrina que se vangloria em "prever" que a humanidade planetária está sofrendo grandes transformações, capaz de determinar até o ano exato da regeneração do planeta, é estranho que não seja capaz de proteger vibratoriamente os seus fiéis ou mesmo os mais necessitados.

Pelo contrário: deixa-se "abrir a guarda" e permitir que assaltantes matem um frequentador, numa rua fechada, aparentemente complicado para fugas, e na porta de um "centro espírita". É energia pesada demais que as instituições não conseguem controlar.

Os "centros espíritas", da parte de seus diretores e doutrinadores, evidentemente irão negar essa responsabilidade. Vão dizer que os infortúnios ocorrem por motivo tal, mediante ajustes espirituais, resgates morais, provações necessárias etc etc.

Só faltava dizer que João Gabriel foi reencarnação de um delinquente do Império Romano que havia esfaqueado alguém depois de assaltá-lo. Mas aí seria demais, pois ele era figura querida do "centro" que frequentava, seus amigos não chegariam ao ponto de lhe dirigir um julgamento moralista tão duro.

Damos nossos pêsames aos familiares de João pela ocorrência lamentável. E pedimos que a impunidade não se dê neste caso e que os culpados sejam detidos e devidamente julgados e condenados. Mas o caso nos faz a pensar sobre que energias "elevadas" promete o chamado "espiritismo" brasileiro, que "luz" é essa que falta até para seus protegidos.

Isso porque uma doutrina considerada "superior", que se diz dotada de poderes para prever mudanças na humanidade, que diz evocar a ciência, e diz deter os mais complicados segredos da natureza humana, não conseguiu vibrar para prevenir tão trágicas ocorrências.

Falar é fácil. Dizem que os "centros" têm tranca-ruas, "cercas elétricas" espirituais, e até leões-de-chácara do além protegendo suas instalações. Isso é muito duvidoso, e ainda mais quando falta o policiamento do pessoal "daqui" e os bandidos, materialistas, não querem saber se há ou não algum guarda do além.

O "espiritismo" brasileiro tem cada coisa que se torna uma doutrina complicada e cheia de irregularidades. Daí que não poderia trazer boas energias, mesmo.

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