sexta-feira, 3 de abril de 2015

Robin Williams teria complicado a vida de Chico Xavier

ROBIN WILLIAMS COMO UM RADIALISTA MILITAR EM BOM DIA VIETNÃ - Essa o sonho de Chico Xavier não previu.

Recentemente, foi divulgado que o testamento do ator Robin Williams, falecido em agosto de 2014, estabeleceu restrições ao uso de sua imagem por 25 anos, estando proibido o uso que contrariasse o legado do ator, como a divulgação de fotomontagens para fins levianos ou a utilização de hologramas forjando a sua aparição.

Ele não pode ser usado ou inserido digitalmente em filmes e propagandas, e o uso de sua imagem se limita apenas à transmissão de filmes, entrevistas e outras aparições dentro do que já foi registrado sobre ele.

Se observarmos o que é o "espiritismo" brasileiro, em que supostos médiuns usam a bel prazer os nomes dos mortos para redigir mensagens de sua própria imaginação, carregada de apelo religioso e cujas caraterísticas destoam do que os mortos pensariam ou agiriam em vida, as restrições divulgadas pelo testamento do ator, um dos mais prestigiados de Hollywood, causaria problemas.

Se, por exemplo, Chico Xavier vivesse hoje, ele teria problemas se quisesse usar o nome de Robin Williams para um livro ou uma mensagem religiosa. Sabemos os efeitos nefastos causados pela usurpação do nome do escritor Humberto de Campos (1886-1934), de danosas consequências para a posteridade, reduzindo o autor maranhense a uma "propriedade" do anti-médium mineiro.

Robin Williams seria visto também de forma negativa pelo "movimento espírita". De acordo com laudo médico, Robin teria cometido suicídio, por causa da depressão provavelmente causada por efeitos de demência e mal de Parkinson, que segundo algumas fontes teriam sido diagnosticados pouco antes de sua morte.

O suicídio é uma prática condenada severamente pelo "movimento espírita", que o vê como um ato hediondo, que interrompe a missão de resgates morais do indivíduo. Nem mesmo o homicídio é visto com tanta gravidade, já que o "espiritismo" vê neste ato um efeito de "reajustes espirituais", enquanto considera o suicídio como "grave ato de covardia".

Robin teve um histórico de uso de álcool e drogas e havia se esforçado para superar os vícios. Como ator, era reconhecido por seu grande talento em vários filmes. Atualmente seu espólio está sendo disputado na Justiça pela última esposa, Susan Schneider, com quem se casou em 2011, e os filhos de outros casamentos, a atriz Zelda Williams e os irmãos Zak e Cody, filhos de outros casamentos.

Se fossem aplicadas as restrições à prática "espírita" brasileira, seria proibida a divulgação de mensagens supostamente mediúnicas atribuídas a Robin Williams, mesmo que elas se apoiem por palavras aparentemente fraternais e consoladoras e supostamente positivas.

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