domingo, 24 de abril de 2016

Estão cortando a conexão da Internet. Que tal sermos "médiuns"?


As empresas de telefonia anunciaram que estão limitando as conexões de banda larga na Internet, criando um retrocesso ao que já nem era tão perfeito assim: a conexão na rede mundial de computadores, que já era precária e, de vez em quando, caía para "manutenção".

A medida consiste no seguinte: limitar a transmissão de dados pela Internet. Ou seja, a conexão só permanece quando se consomem menos dados, como páginas de textos, de carregamento mais simples e com menos gasto de informação (no sentido dado pela Informática).

Em outras palavras, se alguém investir em transmissão pesada de dados, como ver vídeos e fazer upload (transmissão do computador para a rede, sobretudo quando se quer deixar pastas ZIP no Google Drive), a Internet se torna mais lenta, quando não é cortada. Em muitos casos, o internauta fica um dia inteiro sem conexão de Internet.

A desculpa utilizada pelas empresas era de que a Internet ficou "congestionada" por causa do uso intenso dos celulares, principalmente por meio de WhatsApp. Só que a restrição acaba prejudicando quem realmente precisa da Internet para transmitir conhecimentos, conhecer amigos, utilizar serviços e até mesmo se divertir de maneira saudável.

RICOS SÃO BENEFICIADOS

Os beneficiados serão os mais ricos, que podem pagar para ter uma Internet mais veloz e sem limites de transmissão de dados. Quem é pobre é que sairá em prejuízo. E quem vive no interior nem tem banda larga, depende de pequenos provedores que oferecem serviços de conexão por telefone ou por rádio, consideradas mais antiquadas e lentas.

Para ver um vídeo de um curso na Internet, a pessoa com menos poder aquisitivo não terá condições. Da mesma maneira, ela não pode guardar arquivos ZIP no Google Drive, para esvaziar seu computador para uma futura manutenção.

Mas o encrenqueiro que faz trolagem na Internet e sua "galera" (ou quadrilha?) de adeptos têm todo o dinheiro para ter uma Internet rápida para criar páginas ofensivas de quem discorda de seus pontos de vista reacionários - que vai desde modismos ditados pela mídia a valores de extrema-direita - e despejar desaforos e bobagens violentas sem o risco da conexão cair.

Pessoas que também fazem uso supérfluo de WhatsApp, vendo aquela enésima videocassetada, em que a sogra de alguém leva um tombo na borda de uma piscina, ou um bebê dublando um cantor veterano. Ou então pessoas fazendo playback de outros no SnapChat e fazendo alterações digitais de seu rosto, para ficar, por exemplo, com olhos esbugalhados.

O Brasil já está sucumbindo, aos poucos, à supremacia da chamada plutocracia, o poder feito pelos ricos e para eles. A verdade é que a decisão atende a interesses de lucros dos grandes empresários de telefonia, que haviam recebido, no distante governo de Fernando Henrique Cardoso, de presente a aquisição de antigas estatais da telefonia, de âmbito federal ou estadual.

Os telefones celulares também se restringiram. Uma recarga de R$ 10 só dura cinco dias. Mal dá para fazer um pequeno negócio e deixar o telefone para contato porque a pessoa pode até receber chamadas, mas não poderá fazê-las por muito tempo. Terá que pagar mais para continuar podendo ligar para outro para dar o "retorno".

CONTATOS COM O ALÉM-TÚMULO? DIFÍCIL...

Diante dessas limitações, a gente, aqui neste blogue que critica o Espiritismo, perguntamos se as pessoas se interessam a trocar a Internet pela paranormalidade, que muitos entendem, equivocadamente, como "mediunidade" (o sentido de mediunidade só se dá quando o contato com os mortos se resulta numa mensagem trazida aos vivos; o contato com o além, por si, não é mediúnico).

Será que teremos concentração para fechar os olhos e entrar em contato com as pessoas do além-túmulo, em busca de novidades e outros interesses? Será que temos condição de entrar em transe e permitir que almas usem nossos corpos para escrever suas mensagens?

Infelizmente, não. Se a conexão da Internet anda falha e lenta, a nossa "conexão" com o além-túmulo é praticamente inexistente. Se há esse dom, ele é muitíssimo raro. E não parte de figuras "conceituadas" como Divaldo Franco e Francisco Cândido Xavier.

Afinal, em que pese Divaldo e Chico Xavier serem considerados "grandiosos" na tarefa, descobriu-se que eles também praticaram o faz-de-conta, não correspondendo sua "mediunidade" em tarefas confiáveis. As mensagens trazidas por eles mostram os estilos pessoais dos "médiuns" e a mesma propaganda religiosa, independente do morto ter sido beato religioso ou ateu.

O Brasil sofre esses dois infortúnios porque sempre se comportou como uma eterna Ilha de Vera Cruz. Um país isolado que vê o mundo conforme seu umbigo, que tem medo de romper com velhos paradigmas e prefere dissolver novidades dentro do caldo amargo e podre de valores retrógrados.

Daí a supremacia de uns poucos ricos e poderosos que ditam tudo para o país: desde o que deve ser considerado uma visão política ideal até o que deve ser tido como "verdadeira cultura popular". A plutocracia define tudo, até que mulheres devem ser solteiras ou se a imprensa pode ou não noticiar os falecimentos de feminicidas ricos.

Diante disso, as pessoas são desestimuladas a querer a verdade dos fatos, a transparência das leis, o rigor da ciência, a interpretação lógica dos fenômenos, e em muitos momentos as convicções pessoais e as fantasias agradáveis que permitem que visões antipopulares ou anti-realistas prevaleçam até mesmo sob a coerência e a objetividade dos fatos.

Daí que o Brasil perdeu a conexão com o mundo, em termos de ideias, valores e práticas. E, com a complacência natural às elites e seus valores "estabelecidos", as pessoas agora têm limitação até para usar a Internet. Mas isso não influi a "boa sociedade" que sempre tem acesso para ver suas bobagens nas mídias sociais, pelo celular.

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