quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Vitimismo e triunfalismo: os gravíssimos defeitos do "movimento espírita"


CHICO XAVIER ERA HÁBIL NO VITIMISMO.

A complacência ao erro, embora combatida pelos "espíritas" no discurso, é sempre defendida na prática ou mesmo em posturas sutis que, como pegadinha, contagiam, às vezes, alguns questionadores pouco vigilantes da deturpação espírita, que ainda se arrepiam quando os questionamentos contra Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco vão além das críticas corretas, mas simplórias, de que "eles entenderam mal a doutrina kardeciana".

O "movimento espírita" vive seu rol de dissimulações. É a única religião que pratica desonestidade doutrinária, pois seu conteúdo rompeu frontalmente com o legado do seu alegado precursor, Allan Kardec, que nos primórdios da FEB foi relegado a segundo plano, diante da preferência de Jean-Baptiste Roustaing, que inspirou os postulados do "espiritismo" brasileiro.

O "espiritismo" pode ter uma quantidade ínfima de seguidores, identificados estatisticamente como apenas 2 % da população brasileira. No entanto, é a religião mais beneficiada pela blindagem da mídia e da Justiça, a ponto de suas irregularidades nem de longe sofrerem risco de serem investigadas com seriedade e condenadas pela força da Lei.

É estarrecedor que o "espiritismo" seja a doutrina em que a falsidade ideológica é não só permitida como socialmente estimulada. Usa-se o pretexto da "bondade" e da "caridade" para veiculação de mensagens atribuídas a pessoas mortas, que no entanto escapam de suas caraterísticas pessoais não por não apresentar semelhanças, mas por apresentar diferenças que derrubam qualquer verossimilhança.

As críticas aos deslizes do "movimento espírita" foram intensas desde quando o mito de Chico Xavier foi trabalhado engenhosamente pelo mercenário presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas, que com o "médium" mineiro teria co-escrito vários livros "psicografados", principalmente sob a falsa assinatura de Humberto de Campos e a consultoria de especialistas literários.

Esperto, Chico Xavier, que se valia pela aparência de caipira franzino, mais tarde acrescida pela de um velhinho doente e frágil, lançou até mesmo os truques de persuasão da opinião pública que se valiam de duas táticas bastante eficazes, o vitimismo e triunfalismo.

Chico Xavier foi um grande artífice do ilusionismo. Como todo interiorano, gostava de circo e de espetáculos de mágica. Participava de sessões de "materialização" claramente inspiradas no ilusionismo circense. Era adepto da "leitura fria", método de entrevista no qual o entrevistador envolve emocionalmente o entrevistado para colher gestos e informações sutis durante um diálogo.

Se Chico Xavier teve uma habilidade, ela nunca teria sido a de filósofo, cientista, psicólogo, consultor moral ou filantropo, mas de um manipulador da linguagem. Era um artífice em explorar truques nas mentes das pessoas e, quando era severamente criticado, lançava mão de vitimismo e triunfalismo, criando uma "escola" coitadista que protege o "movimento espírita" e seus astros.

No vitimismo, há a pose de "vítima", que faz com que a pessoa que sofre críticas pesadas não reaja com energia. Há a falsa modéstia e a falsa resignação, uma pretensa pose de tristeza profunda, de falsa conformação com a derrota e uma fingida rendição aos contestadores.

No triunfalismo, há a pretensa noção de que será vitorioso com as derrotas. É um sentimento falsamente masoquista, de aceitar que derrotas sucessivas o abatam e achar que vencerá tudo em breve. Como adepto da Teologia do Sofrimento, Chico Xavier manipulava seus preceitos também em causa própria, até para enganar as pessoas sobre como "se dar bem diante da desgraça extrema".

Essas duas táticas de convencimento das pessoas, o vitimismo e o triunfalismo, são usados tendenciosamente para sugerir humildade e perseverança, mas na verdade são demonstrações de pura arrogância e hipocrisia.

O vitimismo tenta tirar vantagem com a pose de "vítima". O triunfalismo, pela suposta crença de que se pode "vencer tudo nas piores derrotas". Isso é uma forma de proteger ídolos religiosos que cometem irregularidades muito graves, e Chico Xavier cometeu não só a deturpação da Doutrina Espírita, gravíssima em si, mas também fraudes e pastiches literários grotescos e preocupantes.

Vitimismo e triunfalismo servem para dar uma carteirada moral nas pessoas, e isso mostra o quanto a desonestidade doutrinária do "movimento espírita" vai longe com seus erros e irregularidades diversos. A gravidade disso é usar a "bondade" e a "caridade" como se fossem cúmplices da fraude e da mistificação, permitindo que o prestígio religioso sirva de escudo para os mais aberrantes erros, como se fosse possível os "espíritas" fazerem o que quiserem e saírem imunes com isso.

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