domingo, 13 de julho de 2014

Desesperada, FEB insiste na sua interpretação de Allan Kardec


A roustanguista Federação "Espírita" Brasileira, desesperada com o crescimento das críticas da entidade na Internet, tenta agora apelar para que continue prevalecendo sua visão a respeito do Espiritismo, deturpada em prol de princípios herdados do Catolicismo medieval.

Com isso, entre algumas "novas" publicações, está o livro Allan Kardec Para Todos, obra com título bastante pretensioso e oportunista, organizado pelo designer peruano naturalizado brasileiro Luiz Hu Rivas, já conhecido pela "simplificação" nos moldes espiritólicos no livro Doutrina Espírita para Principiantes, lançada pela editora CEI.

O livro tem a pretensão de ser uma "síntese" das ideias de Allan Kardec, a partir de traduções já conhecidas do trabalho de Guillon Ribeiro, que norteiam a FEB. Os textos são organizados de maneira supostamente didática e contam com ilustrações.

Não é a primeira nem será a última tentativa do Espiritolicismo mostrar Kardec não somente "mastigadinho" mas "diluído" de forma que palavras de cunho católico, como "Doutrina do Salvador", substituam termos originais equivalentes a "Doutrina de Jesus".

A obra também relaciona várias personalidades que colaboraram com mensagens publicadas nos livros de Kardec, como Sócrates, Platão, Joana d'Arc, Fénelon, Paulo de Tarso, Erasto e outros. Mas aí é que entra a malandragem.

O texto de divulgação do livro, no portal da FEB, tenta citar separadamente os nomes de Emmanuel e Swedenborg, este um sobrenome isolado. Tudo para dar a impressão de que o Emmanuel que colaborou com a Codificação não foi o Emmanuel Von Swedenborg, ou "não foi apenas ele", mas o jesuíta relacionado a Chico Xavier.

Sabemos que o retrógrado jesuíta, que procura fazer o mesmo com a Doutrina Espírita o que fez com as crenças indígenas quando ele era o reacionário padre Manuel da Nóbrega, não participou da equipe que colaborou com a divulgação de ideias nos livros de Allan Kardec.

Não havia como. Emmanuel, que no mundo espiritual teria se enfurecido com a decisão do primeiro-ministro português Marquês do Pombal de encerrar as atividades jesuítas no Brasil (por questões financeiras), não iria contribuir com seus valores católicos ainda medievais para a produção de cunho científico organizada pelo professor lionês.

O Emmanuel que contribuiu para a Codificação foi somente o Von Swedenborg, pelo menos no que consta os fortes indícios na bibliografia de Kardec. Mas, com toda a certeza, nunca teria sido o jesuíta, com seu ranço católico que destoa do raciocínio científico de Kardec.

Desta vez o ufanismo brasileiro perdeu, apesar da FEB tentar enfiar o "mentor" de Chico Xavier nos colaboradores da Codificação, numa clara demonstração de falsidade ideológica.

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