sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
O que pode significar o egoísmo de um "espírita"
O que pode representar e significar a ganância e o egoísmo de um conhecido "líder espírita" que, ao não poder ter sob seu contrato uma pessoa com perfil diferenciado de profissional, rogar pragas de forma que esta pessoa não conseguisse ter um emprego, por mais que se esforçasse?
Muita coisa. É certo que as coisas não caem do céu, que existe crise no país, mas o jovem se queixa que foi amaldiçoado pelo "líder espírita" por causa da incapacidade de obter um emprego, porque, independente de ser uma realidade comum, a realidade é bem mais pesada para esse rapaz.
Afinal, chova ou faça sol, seja na prosperidade ou na crise, o jovem tinha as mesmas dificuldades de obter um emprego, pesadíssimas, que nenhum esforço conseguia superar. Podia haver todo tipo de jogo de cintura, toda compostura, toda dedicação, toda perseverança, nada conseguia. Nada. Nada.
Temos que ver que, se de um lado existe o sacrifício do indivíduo, de outro há as circunstâncias que deveriam condicionar a conquista de alguma finalidade. Se o sacrifício é extremo e muitíssimo habilidoso, mas a finalidade nunca é conquistada, seria simplório dizer que foi o indivíduo que "não soube se esforçar", "faltou fé" ou "não teve perseverança".
É muito fácil culpar quem está embaixo. As barreiras são pesadas demais e o indivíduo, com o máximo de esforço, não consegue realizar suas metas. Culpa dele? Não. Mas é de praxe no Brasil culpar o peixe por não conseguir subir na árvore. Faltou-lhe "mais fé" e "mais esforço".
O jovem que trabalhou numa editora "espírita", que não recebia a devida remuneração - afinal, ele tinha que sobreviver, pagar contas, tocar sua própria vida - , chocou o patrão quando, com apenas três meses de trabalho, decidiu pedir demissão, vendo que muitos colegas de trabalho faziam o mesmo. E ele recusou a oferta do patrão em promovê-lo a redator-chefe de uma revista.
Também, o que ele ia fazer, se ia fazer praticamente tudo sozinho? E ainda mais sem remuneração devida, só recebendo dinheiro para o almoço e "filando" a refeição com wafer, comprado às escondidas, só para segurar mais dinheiro pagando menos?
A sina do rapaz tornou-se um inferno. Familiares e amigos dos pais dele perguntavam por que ele nunca conseguia emprego, perguntava o que ele tinha na cabeça, que problema mental ele tinha, se ele era um bobalhão, um preguiçoso ou um vagabundo. Danos morais vieram.
Enquanto isso, os únicos empregos que apareciam para ele eram em empresas de perfil duvidoso, jornais do interior localizados em áreas perigosas, jornais comunitários em favelas violentas, rádios corruptas de uma capital nordestina. Como ele aproveitaria seus melhores potenciais nesses ambientes horrorosos?
E tudo isso porque o patrão "espírita" estava feliz da vida em ter trabalhando para si uma pessoa dotada de inteligência e talento. Infelizmente, os talentosos só são aproveitados quando o patrão vê neles uma forma de se autopromoverem, como patrões que se "alimentam" dos cérebros de outrem, visando vantagens e vaidades pessoais.
E é o mesmo patrão que manda frases na Internet, é metido a falar de assuntos do cotidiano, diz ser "totalmente fiel" a Allan Kardec. Isso é muito, muito grave. E é um sujeito badaladíssimo, querido pelos seus pares, realizador de palestras bem concorridas, embora não fosse um bom malabarista das palavras como se observa em um Divaldo Franco.
Mas sua reputação é suficiente para nos alertarmos como são certas pessoas, como é o egoísmo de um "líder espírita" que não conseguiu ter um bom profissional sob seu controle. E, como não teve, rogou praga e declarou que ninguém mais o teria como profissional. Coisa muito feia para alguém que usa a "caridade" e as palavras bonitas para se promover.
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