MOTORHEAD - O vocalista da extinta banda, Lemmy Kilmister (centro), já falecido, era famoso por sua generosidade e altruísmo, apesar da aparência de durão.
Oficialmente, o rock pesado está associado a forças demoníacas, vibrações sombrias, orgias mórbidas e o culto às drogas e à violência. No entanto, a maioria das bandas de rock pesado - sejam hard rock, heavy metal ou punk, sobretudo hardcore - apenas usa as simbologias do mal como forma de brincadeira ou sarro, sendo muitos de seus músicos e cantores pessoas simpáticas e normais na intimidade.
Descontando casos de envolvimento com drogas - mais uma ingênua utopia de "ampliação da mente" que, infelizmente, iludiu e ceifou as vidas de muitos desses roqueiros - ou de alguma banda menos conhecida que fizesse realmente apologia à violência, a maior parte do rock pesado traz energias espirituais melhores do que a chamada "canção espírita", aparentemente famosa pela "beleza" das melodias e pelas mensagens "elevadas" e "amorosas".
Isso pode parecer absurdo e, com certeza, irá indignar até mesmo aqueles que respeitam o rock pesado, achando a constatação bastante exagerada e julgando que nenhuma música é dotada de "energias mais elevadas" que a dita "música espírita".
Mas a verdade é que os espíritos inferiores se sentem mais atraídos pela "canção espírita" do que pelo rock pesado. Isso pode parecer chocante, mas não é difícil entender por que espíritos considerados de baixo nível moral e de índole traiçoeira preferem ficar ouvindo "canções espíritas" do que se apegarem às guitarras ensandecidas e os vocais gritados do rock pesado.
GOZAÇÃO E SAUDOSISMO
Os espíritos inferiores se sentem ridicularizados com a estética "malvada" dos ritmos de rock pesado diversos. Eles entendem, por exemplo, o aparato "demoníaco" do heavy metal como uma grande gozação. Veem no rock pesado uma paródia, e por isso na maioria das vezes eles se afastam desse universo, que pode ser compreendido como um ritual de exorcismo.
E por que os espíritos inferiores, mesmo os maléficos, se sentem atraídos pela "canção espírita"? Simples. O "espiritismo" brasileiro é deturpado e cheio de desonestidades. Trai os ensinamentos de Allan Kardec, mas alega "fidelidade absoluta" e "rigoroso respeito" aos mesmos.
Essa mentira é suficiente para que o "espiritismo" brasileiro atraia espíritos inferiores, principalmente quando se vê que as supostas psicografias são fake, devido à falta de concentração dos "médiuns", que, com isso, preferem produzir mensagens da própria mente apenas "copiando" informações dos mortos através de fontes das mais diversas.
Isso atrai os espíritos levianos, como os zombeteiros e vingativos, que veem na "canção espírita" um recreio e uma forma de descanso para seus ardis. As canções remetem sobretudo a um saudosismo desses espíritos, que, antes de se tornarem espíritos de más ações, viviam algum momento de felicidade e muita alegria.
As "canções espíritas" não fazem esses espíritos melhores. Pelo contrário. Diante da desonestidade doutrinária do "espiritismo" brasileiro que comete traições gravíssimas ao legado de Kardec, as energias maléficas apenas encontram uma "folga" e um "descanso", mas depois elas retornam após o aparente momento de sossego das pessoas "beneficiadas" por essas "melodias elevadas".
No rock pesado, por outro lado, a catarse que evoca símbolos maléficos é, muitas vezes, teatral, e serve como um desabafo artístico e cultural que faz com que seus intérpretes e seus públicos se tornem, na maioria das vezes, emocionalmente melhores e até mais humanistas, já que a carga de agressividade e raiva é dissolvida pelos ritos culturais desses ritmos.
Além disso, personalidades como Jello Biafra, do Dead Kennedys, Bruce Dickinson, do Iron Maiden, o falecido Lemmy Kilmister, do Motorhead e o cantor Ozzy Osbourne, famoso por ter integrado o Black Sabbath, são pessoas comuns na intimidade e dotadas de muitas virtudes. Jello é ativista sócio-político, Bruce é piloto de avião fora das atividades musicais, Lemmy foi famoso por sua generosidade e seu altruísmo e Ozzy surpreende pela simpatia e jovialidade.
No Palco do Rock de Salvador, Bahia, durante apresentações da bandas de punk, a plateia ensaia uma coreografia que simula socos, sem que representasse uma agressão a alguém. Em muitos casos, há cotoveladas acidentais, que se resolvem com pedido de desculpas de quem fez e quem recebeu, e os dois depois continuam com sua dança com mais cuidado e com uma paz surpreendente.
A agressividade do rock pesado faz com que, na maioria das vezes, as pessoas descarreguem suas raivas e neuroses durante as execuções de suas músicas, dissolvendo toda a carga de tensão e muitas vezes prevenindo instintos violentos. Por outro lado, quem garante que a suavidade das "canções espíritas", numa doutrina marcada de contradições, pode representar alguma proteção contra os maus fluídos energéticos?
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