sábado, 8 de março de 2014
André Luiz não conviveu com Allan Kardec
Mais delírios no Espiritolicismo. Na sua "bolsa de apostas" sobre reencarnações, agora é a vez de André Luiz aumentar ainda mais a galeria de personalidades de que ele teria sido em outras encarnações.
O livro "Estudando o Nosso Lar", de Carlos Bacelli - ex-dirigente da FEB - e do "espírito" Inácio Ferreira, mostra supostas "revelações" que são um prato cheio para as hordas espiritólicas.
As "revelações" seriam de que André Luiz teria sido o médico francês Dr. Antoine Demeure, que viveu nos tempos de Allan Kardec e teria sido o médico que o assistiu no final da vida do codificador da Doutrina Espírita.
De bandeja, o livro editado pela LEEPP "confirma" que Chico Xavier havia sido Allan Kardec, o que é um grande absurdo. E como é fácil usar o nome de um espírito para lançar obras tão sensacionalistas.
Aposta-se tanto em quem foi quem na encarnação passada que um dia vão dizer que o breganejo Luan Santana é reencarnação de Elvis Presley. A coisa virou uma bagunça muito grande que daqui a pouco vão dizer que André Luiz foi algum político do Império Romano.
Para piorar, o "achismo" dos dirigentes espiritólicos é bastante perigoso. A cúpula inventa um factoide "espírita", atribui a um suposto espírito escolhido a bel prazer, e aí tudo é difundido em palestras nos ditos centros espíritas e o público aceita.
E, indo mais além, o público não só aceita como acaba defendendo o que ouviram de forma radical e apaixonada, e aí cria-se um círculo vicioso no qual surgem pessoas que tentam "confirmar cientificamente" as crenças inventadas de forma irresponsável nos bastidores espiritólicos.
E isso se multiplica como em epidemia. No fim, cria-se uma mentira desse tamanho que é vista como "verdade indiscutível" e aí os que a questionam é que são ridicularizados, acusados de irem contra conceitos da "mais pura verdade" e das "missões de amor ao longo das existências".
No entanto, podemos garantir que o André Luiz não conviveu com Kardec. E que Chico Xavier nunca foi Kardec é fato consumado. Nem chegou perto. Primeiro, porque é fruto da imaginação fértil de Waldo Vieira junto a Chico Xavier. Segundo, porque eles pouco entendem da verdadeira doutrina de Allan Kardec, muito distante das bagunças promovidas pela FEB e por muitos que depois se tornaram dissidentes da federação.
A obra do "Dr. Inácio", portanto, não tem relevância científica. É tão somente um recurso da FEB de promover a idolatria a seus totens, atribuindo-lhes "encarnações" fantásticas com o objetivo de criar um sensacionalismo místico e espiritualista que atraia palestras, venda muitos livros e movimente o mercado espiritólico que enriquece seus líderes sob o manto da "caridade".
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