sábado, 14 de junho de 2014
Espiritismo autêntico deu lição de moral a Emmanuel
Só mesmo recorrendo ao Espiritismo original, analisado por Allan Kardec, para demonstrarmos o fundamento das fraudes cometidas pelo "espiritismo" brasileiro, as distorções e desvios imensos cometidos por seus dirigentes ao longo dos 130 anos da FEB e o uso abusivo dos pretextos de "amor, caridade e fraternidade" para todo e qualquer tipo de leviandade.
Num dos contatos feitos com o Espírito da Verdade, guia espiritual que coordenou as mensagens registradas nos livros organizados por Allan Kardec, o professor lionês fez o seguinte diálogo, recebendo a resposta generosa, paciente e tolerante do espírito, que educadamente apenas deu sua recomendação ao interlocutor, sem no entanto forçá-lo a fazer coisa alguma.
Segue o diálogo, correspondente à missão que o então conhecido professor Rivail recebeu para estabelecer o caminho da análise dos fenômenos espirituais através da Doutrina Espírita:
KARDEC - Neste caso eu reclamo a tua assistência e a dos Espíritos bons, no sentido de me ajudarem e me ampararem na minha tarefa.
ESPÍRITO DA VERDADE - A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens teu livre-arbítrio, do qual podes usar o que bem entenderes. Nenhum homem é fatalmente constrangido a fazer coisa alguma.
É uma grande diferença em relação ao diálogo que Emmanuel teve com Chico Xavier, registrado no livro As Vidas de Chico Xavier, escrito por Marcelo Souto Maior e publicado pela Editora Planeta em 2003, no qual o espírito do padre jesuíta, tido como "mentor" do "médium" mineiro, age de forma autoritária e ameaçadora diante da questão de Chico não aceitar a tarefa que lhe é ordenada a fazer.
O próprio diálogo dá conta do autoritarismo de Emmanuel, próprio do proselitismo austero e vingativo herdado dos tempos em que era o antigo Padre Manoel da Nóbrega. Vejamos:
- Devo trabalhar na recepção de mensagens e livros até o fim da minha vida atual?
- Sim, não temos outra alternativa.
O autor dos cem livros insistiu.
- E se eu não quiser? A doutrina espírita ensina que somos portadores do livre-arbítrio para decidir sobre nossos próprios caminhos.
Emmanuel sorriu e deu o veredito:
- A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao cristianismo redivivo terão autoridade para TIRAR VOCÊ DE SEU ATUAL CORPO FÍSICO.
Como se viu, Emmanuel fez uma ameaça de morte a Chico Xavier, caso ele não aceitasse fazer a tarefa que o fez ficar famoso. Uma verdadeira demonstração de intolerância, autoritarismo e abuso de poder que contraria completamente os princípios de amor, caridade e fraternidade que a verdadeira Doutrina Espírita defende, sem sucumbir à pieguice mística e viscosamente religiosa.
Ponto para o Espírito da Verdade, que deu a sua lição de tolerância, paciência e respeito ao livre-arbítrio, oferecendo o seu próprio exemplo à caridade que deseja dos outros. Já Emmanuel, que tanto fala de amor, caridade e fraternidade quando é para os outros, não deu seu exemplo, agindo de forma sarcástica ao saber de uma possível recusa de Chico Xavier.
À atitude de Emmanuel, pelo seu tom de ameaça e pelo rigor que impõe às sobrecarregadas tarefas de Xavier, podemos definir com um nome: EGOÍSMO.
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