quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Moisés seguiu sua travessia em maré baixa, não em mar "rasgado"


É a mesma embriaguez. A embriaguez do álcool, dos ébrios que em suas alucinações, veem a imagem de um poste se movendo. Ou a embriaguez da fé cega, em que seus adeptos, com seus delírios, acham que o mar havia se partido na famosa travessia de Moisés e o povo judeu.

Seria um absurdo, de acordo com os princípios da ciência, que o mar se partisse dessa forma narrada pelas Bíblias medievais, ou mesmo em traduções "evangélicas" que pouco romperam dos aspectos surreais do "catolicismo apostólico romano".

Não havia sequer técnicas de efeitos especiais - mesmo as usadas em Hollywood no filme Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments), de 1956, com o armamentista Charlton Heston no papel de Moisés, eram mais toscas - e nem mesmo Photoshop ou editores de vídeo para fazer o mar se "rasgar" como se pudesse ser cortado por uma tesoura.

O que realmente houve nada tem a ver com o que as estúpidas traduções medievais da Bíblia, que desnortearam traduções posteriores, fazendo o histórico documento da Antiguidade (cujos originais se perderam), mais parecer conversa de pescador, fazendo jus ao ditado popular "quem conta um conto, aumenta um ponto".

A verdade é que Moisés sabia dos movimentos do Mar Vermelho e ele, perseguido pelas tropas do faraó Ramsés, aproveitou o momento de maré baixa para atravessar o mar. O chão não estava sequinho como as traduções bíblicas medievais quiseram nos fazer crer em uma interpretação surreal, mas a maré estava baixa o suficiente para as pessoas caminharem pelas águas.

Infelizmente, o catolicismo medieval insistiu em visões surreais e fabulosas, vindas de épocas bem mais rudimentares e primitivas do que hoje. Tão primitivas que o hebraico e o aramaico não eram idiomas de rico vocabulário, daí as traduções bíblicas que variavam de um palavreado mal traduzido a distorções propositais.

Com isso, as pessoas acabaram ficando confusas e o fanatismo religioso beira à intolerância na crença cega de situações fantásticas e mágicas que, na verdade, nunca haviam acontecido e nem eram para acontecer, porque isso iria contra as leis de Deus do procedimento lógico das coisas.

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