DIVALDO FRANCO E JOSÉ MEDRADO - Ídolos do Espiritolicismo que cometeram erros gravíssimos sob o pretexto do "amor e caridade".
É verdade que, quando alguém com altíssima popularidade e reputação aparentemente elevada é denunciado, seus adeptos, com o primeiro choque, se ardem de raiva. Uns reclamam dizendo que tal denúncia é absurda. Outros fazem ameaças. Outros gracejam. Outros fazem um silêncio petrificado que soa como uma negação sutil.
Pois é isso que ocorre com os adeptos dos anti-médiuns Divaldo Pereira Franco e José Medrado, ídolos do dito "espiritismo" na Bahia, que gozam de altíssima popularidade entre seus pares e de uma imunidade que os permite cometer abusos e irregularidades porque, segundo eles, "o amor permite tudo".
Embora as denúncias contra Divaldo Franco, acusado de plagiar até Chico Xavier - que por sua vez também fazia seus plágios - , sejam mais antigas, já que o episódio com Chico data de 1962, seus efeitos ainda são considerados recentes, já que são de conhecimento de poucos que se apoiam sob o rótulo da "crença espírita".
Divaldo estaria associado não só a plágios de várias obras literárias, feitos em supostas psicografias ditadas por Joana de Angelis - que, do contrário que se supõe, não teria sido a sóror baiana Joana Angéica, mas provavelmente algum espírito a serviço de Emmanuel - , mas também ao uso de um falsete supostamente atribuído ao espírito do dr. Adolfo Bezerra de Menezes.
Esta fraude foi notada quando confrontamos a "voz do Bezerra" feita por Divaldo e a "voz do Bezerra" feita por José Medrado. Mesmo em corpos diferentes, era de se esperar que a manifestação espiritual tivesse a mesma identidade de modo de falar, gestos etc, o que não se observou.
O "Bezerra" de José Medrado parecia um velho franzino e rabugento de voz esganiçada e aflita, enquanto o "Bezerra" de Divaldo Franco parecia um velho gorducho e bonachão, com aquela típica voz de Papai Noel e um jeito mais tranquilo. Medrado franzia os olhos para "incorporar" Bezerra, Divaldo fazia apenas um olhar levemente triste, mas sereno.
E José Medrado acabou se revelando um falsificador pouco habilidoso de quadros. Isso foi resultado de uma comparação que fizemos, incluindo assinatura e confronto de estilos, sobre as pinturas atribuídas aos pintores falecidos creditados pelo baiano.
A CULPA É DE QUEM ERROU, NÃO DE QUEM DENUNCIOU
É muito desagradável dizer isso, e não são poucas as pessoas que se irritam diante de tais acusações, mas elas foram feitas diante de uma comparação cautelosa, embora não demorada, mas suficiente para apontar nos quadros originais dos pintores e de seus supostos quadros mediúnicos um disparate quanto ao estilo das pinturas e a assinatura, que mostra uma grafia totalmente diferente.
É desagradável, mas tenha-se paciência. Se essas irregularidades existem, a culpa não deve ser dada a quem denunciou, mesmo quando existe a justificativa verossímil de que a denúncia se voltou contra obras destinadas à filantropia.
A culpa tem que ser de quem errou. Isso é bastante óbvio. Se a pessoa que cometeu graves erros goza de altíssima popularidade e reputação, ela não pode se apoiar na imunidade nem na impunidade. Paciência. Que sacrifiquem toda a popularidade diante da fraude descoberta!
A missão espiritual de Divaldo Franco e José Medrado na Terra foram traídas, violentamente, já que eles se aproveitaram da boa-fé de seus seguidores para cometer fraudes e deslizes diversos. E não são erros comuns, desses que se deixa passar, mas erros gravíssimos que poderiam pôr em xeque-mate toda a boa imagem que eles tentam zelar entre seu público.
As denúncias feitas não foram para desmoralizá-los. Elas surgiram porque foram observadas irregularidades, numa pesquisa séria sobre suas atividades tidas como "mediúnicas", e não é o carisma que os dois gozam que poderemos escapar a qualquer identificação de erro ou fraude.
Se alguém age para desmoralizar Divaldo Franco e José Medrado, são eles próprios, que se valiam de seu carisma para fazer qualquer coisa, se valendo da credulidade das pessoas. Atropelaram a ética e corromperam uma mediunidade que existe, mas não é manifestada 24 horas por dia até porque suas vaidades pessoais ocupam boa parte do tempo que espantam os amigos do além.
Essa é a verdade. Os dois fizeram erros graves e sofrerão, um dia, as consequências disso. E será chocante que, depois que falecerem, cada um sofra o violento choque da realidade espiritual, quando seus erros serão postos a nu, em vez da agraciada premiação divina que eles hoje esperam como personalidades supostamente espiritualistas.
Talvez as denúncias sejam até mesmo uma caridade, na medida em que buscam diminuir as vaidades e ilusões pessoais que dão a Divaldo e Medrado a falsa impressão de que eles atingiram a perfeição espiritual, ou algo próximo disso, quando seus erros prenunciam consequências ainda mais dramáticas. A vida espiritual não é como vaidades vãs imaginam ser.
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