SEMINÁRIOS COM TEMAS BANAIS COSTUMAM CUSTAR CARO E OCORREM EM HOTÉIS DE LUXO.
O "espiritismo" é só gratuidade e generosidade? "Dai de graça o que de graça recebeis"? Dizer é fácil, e o "espiritismo" deturpador tem seus truques para garantir a blindagem absoluta que recebe, que permite cometer fraudes e irregularidades sem que a Justiça mova um só dedo. E, se mover, os "espíritas" ainda vem com o discurso vitimista de sempre: se acham "perseguidos", fazem cara de choro etc.
Observamos que no "movimento espírita", não só no Brasil mas em países em que a doutrina roustanguista montada no nosso país também a acolhem, como Portugal e Espanha, ocorrem os tais "congressos espíritas" ou workshops do gênero, que servem para garantir a fortuna das cúpulas "espíritas", embora sob o pretexto de que o dinheiro será "doado para a caridade".
São eventos muito caros, que acontecem em hotéis de luxo e servem para que os astros do "espiritismo" sejam adulados pelas elites, garantindo as medalhas e o envaidecimento pessoal que garantem a ilusão de "luminosidade" na Terra, uma falsa reputação de superioridade espiritual garantida por uma série de simulacros.
Entre esses simulacros, podemos citar tanto a caridade paliativa quanto as desculpas do acolhimento da gente rica aos ídolos "espíritas", principalmente quando estes ídolos são supostos médiuns, uma condição que já é aberrante porque, no Brasil, o dito "médium" sofre da mania do culto da personalidade, algo que inexistia nos tempos de Allan Kardec.
A caridade paliativa é aquela "bondade" que mais encanta as pessoas do que traz alguma ajuda de fato. É uma "bondade" na qual o benfeitor se posiciona acima do beneficiado, o que é um erro. O suposto benfeitor pode até fazer pouco, mas é glorificado pelo status religioso que garante a blindagem necessária, como se fosse um "deus de poucas ou nenhumas façanhas".
Quanto à adulação das elites, os "espíritas" costumam fazer um comentário esnobe: "são os ricos que mais precisam da boa palavra", "vejam como existem ricos caridosos, apoiando o nosso trabalho do bem". E, com essa bajulação toda, os "espíritos puros" da Terra garantem seu envaidecimento e sua blindagem enquanto não se preparam para o choque de realidade ao regressarem ao mundo espiritual.
É bom deixar claro que uma figura como o verborrágico Divaldo Franco, considerado o "maior filantropo do Brasil" por ajudar menos que 0,1% da população brasileira, pelo prestígio que possui, ele poderia muito bem cobrar dos ricos alguma atitude de ajuda plena para os pobres. Mas não faz. Em vez disso, fica bajulando as elites e se sentindo muito à vontade ao lado dos ricos e poderosos.
Ainda sobre os "congressos" e workshops, que servem para reciclar o ideário roustanguista que sempre norteou o "espiritismo" no Brasil, mesmo na chamada "fase dúbia" - falsa promessa de recuperação das bases kardecianas para mascarar o igrejismo de raízes roustanguistas - , uma coisa chama a atenção nesses eventos: a frivolidade dos temas.
Note, por exemplo, a imagem que ilustra este texto, em mais uma das "milionárias" palestras de Divaldo Franco, ocorrida este ano. O tema, "Felicidade é Possível", é uma grande bobagem, porque ninguém vai debater felicidade em algumas horas de palestras com taxas caras de inscrição.
Pode parecer bonito para muitos, mas debater "amor" e "felicidade" em palestras "espíritas" soa uma grande bobagem, que serve como uma prática caça-níqueis dos "espíritas" que, na maioria de suas atividades, precisam forjar "gratuidade" em quase tudo, até em asneiras como o documentário Data Limite Segundo Chico Xavier que são exibidas "digrátis" nos canais do YouTube.
Se disponibilizam gratuitamente até os livros da "série Humberto de Campos", a pior fraude que se pôde fazer na literatura. Livros que nem de longe lembram o estilo do autor maranhense, que chegou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras (muito superior que a ABL de hoje, capaz de eleger um medíocre Merval Pereira, talvez pelo bigodinho "anos 1920"), mas "valem" pelas "mensagens edificantes", como se fosse possível enganar e pregar o bem ao mesmo tempo.
Vamos lembrar que toda essa "gratuidade" tem um preço muito caro a ser cobrado. Afinal, são obras que transmitem mentiras, mistificações e ideias aberrantes, herdadas de uma mentalidade roustanguista (de Jean-Baptiste Roustaing) bastante enrustida, sobretudo na "fase dúbia", a mais mentirosa e a mais dissimuladora que atinge frontalmente a forma como a Doutrina Espírita é apreciada no Brasil.
Portanto, é uma forma de enganar e iludir as pessoas, oferecendo produtos "gratuitos", em que a "boa palavra" é apenas um gancho para mistificações perversas, que atrofiam a compreensão das pessoas não só sobre a vida na Terra como no que se supõe ser o "mundo espiritual", sem os estudos necessários aconselhados pelo mestre Kardec. E essa "gratuidade" também serve de isca para atrair fiéis, de forma que outras formas de renda precisam ser feitas.
Daí os livros que, quando lançados, são comercializados, e só depois são "disponíveis de graça". Filmes também. E há os "congressos" e "seminários" (workshops) que prometem "soluções infalíveis" para problemas banais, em palestras verborrágicas em que, em pelo menos duas horas, se costuma falar demais sem ter muita coisa a dizer.
A verdade é que "amor" e "felicidade" são temas tão banais que não precisam ser "debatidos" com tamanho prolongamento. São coisas que se resolvem no cotidiano, sem "análises" e apenas com breves conversas ou a identificação adequada do problema de alguém.
Além disso, ver que uma religião perniciosa como o "espiritismo", que já representa o mal pela sua desonestidade doutrinária, deturpando os ensinamentos de Kardec com traduções igrejistas da pior espécie, quer "estudar o amor e a felicidade", isso causa desconfiança, tanto pela interpretação roustanguista que isso se dará quanto pelo fato de que coisas assim não precisam de "tanto estudo". E o que é "estudo", para uma doutrina igrejeira e anti-racional como o "espiritismo" brasileiro?
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