USOU-SE ATÉ CAZUZA PARA FAZER UMA "RELEITURA" MAIS ANIMADA DAS COLÔNIAS ESPIRITUAIS...
A "patrulha" espiritólica está paranoica diante dos crescentes questionamentos de seus erros, com o "excesso de raciocínio científico" que anda maculando a "paz" do "movimento espírita", fazendo com que a choradeira dos "espíritas" religiosistas escorra nos blogues e outros espaços relacionados.
Temem eles que a tranquilidade vivida pelo "movimento espírita" no Brasil e em outras áreas de sua influência, como Portugal, seja definitivamente abalada com questionamentos e denúncias, e por isso lançam diversas acusações, que vão da inveja ao excessivo rigor científico.
Os questionamentos aprofundados e austeros chegam a assustar até mesmo alguns que chegam a criticar os erros do "movimento espírita", mas que não adotam uma postura firme de denúncia contra os abusos e deslizes dos espiritólicos.
E aí, o que eles prometem fazer? Prometem que, mais uma vez, vão se aproximar mais da "pureza doutrinária". "Tá, nos lemos pouco Kardec, que tal a gente ler mais e fica tudo como está?", é o que juram fazer, para mais uma vez espantar os trovões de controvérsias e as tempestades de desavenças para reinar o "sol radiante" da "paz e do amor entre irmãos".
Já criam até mesmo a sua visão de "pureza doutrinária", espantando os lados polêmicos. Transformam o "espiritismo" brasileiro num roustanguismo sem Roustaing (e sem pontos extremos como os "criptógamos carnudos"), mas também num kardecismo sem Kardec, chamando Chico Xavier para "abrasileirar" o roustanguismo e colocar tudo na conta do professor lionês.
O MESMO "FILME" SE REPETE
As promessas de "pureza doutrinária" e "retomada da fidelidade a Kardec" já foram dadas tantas e tantas vezes pelos espiritólicos, que atribuem esses momentos de pesadas desavenças a "outras forças" comprometidas com o "escândalo", a "desunião" e a "intriga". Eles, os espiritólicos, é que são os certos, os santos, eles que abandonaram Kardec mas se julgam fiéis a ele. Então tá.
O pretexto de que os espiritólicos "erraram ao compreender mal as ideias de Kardec" fizeram com que tais promessas volta e meia reapareçam, ainda que nem pela metade cheguem a ser realmente cumpridas. Tudo isso, no entanto, é pretexto para deixar tudo como está e criar um jogo de aparências cuja confusão é permitida "em nome da fé e do amor".
O mesmo "filme" se repete. E aí vemos processos mediúnicos duvidosos se sofisticando e se tornando mais verossímeis, enquanto os critérios de palestras "espíritas" se tornam mais "flexíveis" - claro, sem admitir os "mais incômodos" - , envolvendo um maior número de "temas científicos", além de supostas psicografias cada vez mais criativas.
Criam-se fraudes "espíritas" mais verossímeis, como se a mentira pudesse se tornar verdade só porque passou a parecer mais com ela. Deve vir até mesmo hologramas de gente falecida para supor "autênticas aparições espirituais". Convém tomar cuidado.
COISAS ASSIM JÁ FORAM FEITAS
Tudo isso já foi feito. Desde a ficção científica que no fundo é Nosso Lar, até poeminha bonito atribuído a Renato Russo e uma suposta biografia espiritual de Cazuza com uma "releitura" animada das colônias espirituais.
Nas palestras dos "centros espíritas", há musiquinha bonita, gente cantando até "Canção da América" de Milton Nascimento e grupos jovens promovendo luaus e excursões bacanas. E um e outro palestrante pedindo para lermos Franz Mesmer e citando Isaac Newton, Carl Sagan, Sigmund Freud e outros cientistas desfilando na retórica pseudo-científica das pregações "espíritas".
Nos últimos 70 anos, essa promessa de um "espiritismo mais verdadeiro" no Brasil, pretensamente "mais próximo de Allan Kardec", virou até uma ladainha. De Nosso Lar a Um Roqueiro no Além, tudo foi feito para aperfeiçoar os processos e atividades duvidosos, além de aperfeiçoar também a retórica religiosa com elementos falsa ou tendenciosamente científicos.
A cada polêmica e escândalo ocorridos, a FEB faz essa promessa, transmitida por diversos de seus simpatizantes e adeptos. A condescendência dos críticos pouco persistentes e o pouco caso de juristas, cientistas e especialistas culturais, que até desconhecem os pormenores das manifestações espíritas, permite que a FEB mantenha quase inabaláveis seus totens e dogmas.
Os próprios plágios presentes em obras "espíritas" já eram feitos para parecerem textos autênticos, já que os trechos não eram rigorosamente transcritos, mas as palavras manipuladas para parecerem diferentes, mesmo quando expõem uma mesma ideia e um mesmo uso de expressões.
O falso, diante de pareceres vascilantes, é tomado como incerto e, dentro desse contexto, o incerto se passa por autêntico. Ou seja, a mentira, diante da omissão investigativa, transforma-se numa meia-verdade, que, pela retórica condescendente, vira até mesmo uma verdade absoluta. Como uma larva de marimbondo que se esconde num casulo para se fantasiar em borboleta.
Enquanto isso, ainda esperamos estudos de verdade sobre a vida espiritual. Não esse engodo de meias-verdades e mentiras inteiras misturadas numa retórica pseudo-científica e em processos mediúnicos duvidosos, em que a mensagem religiosa está acima até mesmo de procedimentos éticos ou de considerações quanto às caraterísticas pessoais dos supostos espíritos.
Mas aí devemos ter cautela, porque as promessas são as mais mirabolantes possíveis. Promete-se tudo, de aperfeiçoamento científico, estudos sérios, mediunidade autêntica, psicografias e psico-pictografias mais interessantes, etc etc. Não devemos nos enganar com tais promessas que só acobertam o erro. Antes de pensarmos em orar, é preciso acima de tudo vigiar.
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