terça-feira, 3 de maio de 2016

"Espiritismo" não é religião, sendo religião? Como assim?


Um portal de "espiritismo" português, que na prática é uma sucursal do "espiritismo" brasileiro - como uma espécie de retribuição pelo fato do "movimento espírita" ter herdado a essência do Catolicismo medieval português - , disse que o "espiritismo" é uma "cultura", mas "não uma religião".

"O Espiritismo é cultura, não é mais uma religião ou mais uma seita. Como ciência filosófica de consequências morais, ajuda o Homem a espiritualizar-se, aproximando-o assim de Deus".

Vamos analisar as coisas. O "espiritismo" é definido como "não mais uma religião ou seita".
Mas, definido como "filosofia", auxilia o homem a se "aproximar de Deus", o que, na prática, é um propósito religioso.

Essa é a tendência "dúbia". Num primeiro momento, os "espíritas" não se definem como seguidores de religião ou seita, dizem condenar o igrejismo, apreciam a Ciência de maneira ampla e irrestrita, afirmam valorizar a busca do Conhecimento e definem o "espiritismo" como um movimento filosófico.

Falar é fácil. No segundo momento, porém, mostram uma abordagem igrejista de ideias como bondade, fraternidade e caridade, não muito diferentes da Igreja Católica. Manifestam admiração entusiasmada aos deturpadores da Doutrina Espírita, Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, e celebram eventos "espíritas" como verdadeiras missas ou "cultos ecumênicos".

O "espiritismo" vive sua grave crise porque
prefere o jogo das aparências. Como se usasse o pretexto da "outra vida" para criar um jogo de aparências e não-aparências, os "espíritas" criam todo um repertório de contradições, caprichando no discurso para ocultar práticas e posturas duvidosas.

E para que eles investem nessa verdadeira falta de sinceridade, nesta escancarada desonestidade doutrinária, em que teoria e prática se contradizem, dizendo uma coisa e fazendo outra, ou mesmo dizendo uma coisa e depois dizendo algo diferente?

A contradição é feita para agradar quem? Que sentido tem mentir e levar vantagem nisso? Que vantagem é essa? Agradar os espíritas científicos? Passar-se por avançado? Dar uma rasteira nos neopentecostais?

O que se sabe é que, agindo assim, o "espiritismo" brasileiro se torna um movimento longe de ser sincero. A desonestidade doutrinária, associada a ideias trazidas por Chico Xavier e Divaldo Franco, é notória e isso está muito claro nos livros.

O que Kardec diz em seus livros Chico e Divaldo dizem o contrário nos seus. Como é que os "espíritas" tentarão convencer que são "íntegros" diante dessa postura "dúbia", que mostra suas contradições mais evidentes?

Portanto, o "espiritismo" acaba sendo uma religião, sim. Com todas as suas ideias igrejeiras e todo o deslumbramento da fé cega e do misticismo entusiasmado que marca o "movimento espírita" no Brasil e seus derivados em outros países, como Portugal.

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