quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

"Espiritismo" usa "caridade" para abafar fraudes de Chico Xavier e Divaldo Franco


A reportagem transmitida há poucos dias pelo Fantástico da Rede Globo sinaliza a campanha desesperada do "movimento espírita" tentar salvar a abalada reputação dos anti-médiuns Chico Xavier e Divaldo Franco, enquanto tenta "endeusar" esse último, que já está no seu final de vida, perto de completar 88 anos de idade.

A Federação "Espírita" Brasileira corre contra o tempo para lançar sua Contra-Reforma, como meio de manter o Brasil escravizado no seu suposto espiritismo, na verdade uma forma reciclada do antigo Catolicismo medieval que vigorou nos tempos em que nosso país era colônia portuguesa.

Com isso, mil apelações estão sendo feitas, desde parcerias com Maurício de Souza para fazer a Turma da Mônica ensinar de forma "mastigada" o "espiritismo da FEB", até monografias que, de uma maneira malandra, atribuir ao fictício André Luiz um pioneirismo científico de seis décadas, sem que seus autores consultassem as fontes bibliográficas originais publicadas antes do livro Missionários da Luz, de 1945.

Os chefões da FEB tentam hoje inserir Francisco Cândido Xavier, ainda que postumamente, no seleto clube de cientistas, como se ele tivesse sido algum parente ou "amigo de infância" de Stephen Hawking. Tudo da maneira mais malandra, usando da tática da contradição discursiva que sempre transformou Chico Xavier em "gênio" e "divindade" às custas de suas fraquezas.

Enquanto se tentam afirmar supostos prodígios científicos de Chico Xavier, tenta-se ao menos colocar Divaldo Franco como "filantropo", através de um projeto que nada tem de revolucionário, submete a alfabetização e o ensino profissional ao proselitismo religioso, e só beneficiou até agora menos de 1% da população de uma grande cidade como Salvador.

É evidente que Chico também será inserido no âmbito da "filantropia", mas como ela em si não foi esclarecida, a não ser pelas atividades já conhecidas em Uberaba, a FEB prefere, antes, transformá-lo em "cientista" para depois enfatizar ainda mais sua imagem "filantrópica".

São medidas de propaganda, feitas para preservar os dois tótens, ligados a anti-médiuns que eram entusiasmados, porém não devidamente assumidos, seguidores de Jean-Baptiste Roustaing e que, com o tempo, pegaram carona, oportunistas, com aqueles que reivindicavam a recuperação das bases kardecianas.

Ninguém é ingênuo para acreditar, seriamente, que Chico e Divaldo "leram mal Kardec" e "prometeram aprender melhor". Eles se mantiveram longe de Kardec, apenas usando-o tendenciosamente para interpretar mal suas ideias em favor dos interesses mesquinhos dos dois anti-médiuns. Ficaram elogiando Kardec e autoproclamando "fiéis" a seus ensinamentos, enquanto o apunhalavam pelas costas.

E como seus procedimentos em prol da Doutrina Espírita foram muito traiçoeiros (os de Divaldo ainda são), os dois tentam agora se autopromover pela "filantropia" e "amor ao próximo", lembrando toda a campanha que o Catolicismo da Idade Média fazia com seus sacerdotes com sua "filantropia" feita sob o sangue dos hereges ("reajustes espirituais"?).

No fundo, essa "filantropia" é apenas uma campanha pomposa para defender esses tótens, num processo muito mal-disfarçado de idolatria, de culto materialista enrustido, que se apoia em estereótipos de humildade, sabedoria, fragilidade e serenidade que cerca essas duas figuras que tão docilmente empastelaram as ideias de Allan Kardec.

E isso prova que os seguidores de Chico Xavier e Divaldo Franco são os que mais radicalmente estão apegados à matéria. Apegadíssimos. Presos à matéria dos corpos frágeis e das reputações terrenas simbolizadas pelos dois "médiuns".

A "superioridade espiritual" de Chico e Divaldo são apenas uma impressão terrena de seus caprichos religiosos, uma impressão que, com toda a certeza, se dissolve feito castelo de areia tragado pelo mar, quando se deixa a Terra para ir ao mundo espíritual.

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