segunda-feira, 13 de outubro de 2014

"Funk" e a "psicologia do medo" pregada por Chico Xavier

"BATALHA DO PASSINHO" NO TED GLOBAL - "Funk" é é o ritmo do "coração do mundo"?

Já advertimos que o "funk" é a trilha sonora da ideologia do "Brasil Coração do Mundo", já que os discursos de "evolução" e "progresso espiritual" dos ideólogos pró-funqueiros e do "movimento espírita" são exatamente os mesmos.

Se o "funk" fala em "cidadania", "alegria das periferias" e "identidades sócio-culturais", o "movimento espírita" vem com "progresso espiritual", "amor e luz" e "fraternidades cristãs", numa retórica bastante semelhante, guardadas as diferenças de contextos e diante da suposta erudição cultural das "lideranças espíritas" que dizem "não apreciar o 'funk'".

O TED Global é um exemplo ilustrativo desse contexto tendencioso de um ativismo de resultados, embora nele haja ideias pertinentes. Visões tecnocráticas e a inclusão do "funk" como paradigmas de uma nova "mentalidade", em paralelo com uma "nova espiritualidade" proposta por Chico Xavier, Emmanuel e companhia.

O "movimento espírita" brasileiro é muito materialista, é moralista e sensacionalista. Sua visão de "progresso espiritual" condiz muito a uma mentalidade tecnocrática no qual a máquina se torna um ativista social e o ser humano apenas um instrumento desse ativismo robotizado.

É o que se observa nesses ativistas, ou em organizações brasileiras como o Coletivo Fora do Eixo e outros movimentos ativistas patrocinados por George Soros, que só querem a liberdade sexual como um fim em si mesmo, a liberação das drogas e a submissão das rebeliões sociais à tecnologia, invertendo o processo antropológico do homem como interventor da tecnologia.

Aí, vem o apoio do "funk" pela intelectualidade brasileira que defende a degradação cultural do país, sob a desculpa de permitir a "livre expressão das periferias", menosprezando que o "funk" se projetou dentro de um contexto de dominação midiática, aliado à contravenção criminal e às grandes corporações empresariais. O "funk" é um subproduto desse processo de escravidão social.

E isso tem tudo a ver com esse moralismo religioso marcado pelo pedantismo pseudo-científico que chega a anunciar "profecias" de cunho sensacionalista, criando uma espécie de "psicologia do medo" para se fazer lotarem os "centros espíritas" e multiplicar seus best sellers literários.

CHICO XAVIER E GEORGE W. BUSH - Unidos pela mesma "psicologia do medo".

Neste sentido, Chico Xavier não é muito diferente de George W. Bush. Ele estabelece "profecias" de cunho moralista, prevendo a "destruição de parte da Terra", sobretudo do Hemisfério Norte, trazendo de volta o "Deus punitivo" através das "forças violentas da Natureza".

Mas alguém dirá: "Ah, mas que crueldade, comparar o doce Chico ao malvado Bush. Quanta crueldade com o homem-amor!! Além disso, aquele tal do Bush queria proteger pelo menos os EUA e outros países integrantes do G-7, enquanto Chico anunciava sua destruição pelos excessos do homem".

Explicamos. O próprio Bush pouco estava incomodado com a destruição dos EUA, segundo certas fontes que mostram os aspectos sombrios de seu governo. Tanto que os atentados diversos ocorridos em 11 de setembro de 2001 acabaram sendo um marketing para seu governo e virando gancho para seu moralismo "anti-terrorista".

Os próprios EUA são denunciados de promover terrorismo e degradação sócio-cultural em várias partes do mundo. Não é exagero, por exemplo, que a CIA, órgão de informação dos EUA, financiou desde ditaduras na América Latina até o crime organizado na América Central - para não dizer em países como o Brasil - , por causa do comércio ilegal de armas, conforme denuncia o linguista e cientista político Noam Chomsky.

Até que ponto a degradação social pode promover desde governantes estadunidenses até líderes espiritólicos, sempre a promover a "salvação" de certos problemas. E até que ponto eles se alimentam desse quadro social estarrecedor, em que se juntam interesses imperialistas de controlar a economia mundial e interesses regionais como os das elites empresariais com o "funk" no Brasil?

Que "Coração do Mundo" é esse que surgirá de uma degradação da humanidade, através de uma visão moralista de destruição e reconstrução da humanidade? Que destruições e rupturas são essas, vindas de uma visão religiosa, pretensamente profética e falsamente científica, baseada numa "doutrina brasileira" que implantou uma nova doutrina (Espiritismo original) em moldes apodrecidos (catolicismo medieval português).

VISÃO CONTRADITÓRIA

Nota-se, portanto, uma visão contraditória que alimenta o julgamento moralista. A ideologia conservadora dita "laica" produz homens subordinados à expansão tecnológica e empresarial, da qual se resultam a anulação de valores sociais, culturais, éticos e de outras naturezas necessárias para a evolução do espírito humano.

Produz-se a degradação ambiental, a decadência cultural, as injustiças sociais diversas, fruto dos interesses financeiros de uns poucos. Não há uma educação preventiva sobre tais abusos e, em boa parte, eles só são denunciados depois que as primeiras consequências graves acontecem.

Primeiro, o conservadorismo ideológico "laico" promove toda sorte de retrocessos e injustiças, para depois acionar o alarme do moralismo religioso, anunciar "catástrofes" e assustar a humanidade, que se submete ao alarmismo dos detentores do poder e seus pretensos profetas.

Aí, o que vemos como "evolução espiritual"? Favelados domesticados rebolando até o chão ao som do "funk"? Idosos infantilizados e abobalhados depois de perderem seus jovens filhos em tragédias circunstanciais, cinicamente exploradas pelos "líderes espíritas"? Uma "evolução" de pessoas "cordeirinhas", subprodutos da indústria das injustiças e das falsas profecias?

Isso tudo é contraditório. O "espiritismo" glamouriza o sofrimento, primeiro transformando os algozes em "agentes involuntários de resgate espiritual", esperando que eles progridam em outras encarnações para que sejam ceifados ou castrados na sua missão de progresso com o "pagamento tardio" de suas faltas.

O "espiritismo" prega o fiado dos abusos humanos, para depois anunciar a "catástrofe" a atingir pessoas de bem. Quem vai contra a retidão forçada do moralismo religioso é que mais sofre com tragédias.

Por isso, "funk" e "movimento espírita" têm tudo a ver nessa pretensa "evolução" que mantém intatas as estruturas de dominação social, apenas reservando espaços relativos de "alegria" um tanto piegas e outro tanto instintivas, sem se preocupar com a verdadeira moral da sensatez e da coerência, que o moralismo religioso finge apoiar mas repudia completamente.

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