quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os "espíritos" cabeça-de-papel dificultam estudos sobre materialização

MAIS UMA FRAUDE, DESTA VEZ COM ALGODÃO, GAZE E UMA FOTO IMPRESSA RECORTADA DE REVISTA.

A gravidade que existe em relação às supostas materializações é que elas dificultam as pesquisas sérias em torno do contato com o mundo espiritual. As diversas fraudes ocorridas no seio do "espiritismo" brasileiro, e que exigem investigação séria, inclusive da imprensa, causam um sério desserviço para a espiritualidade.

Pesquisando sobre as supostas materializações, com o máximo de isenção possível, sabe-se que elas tornaram-se fraudulentas por diversos aspectos em comum: uso de pessoas vestindo roupas geralmente brancas (na maioria das vezes cobertas de vestidos) e capuz, usos de travesseiros ou bonecos de pano , além de muito algodão, lã, gaze e outros artifícios.

É muito chocante que tais processos, que a Federação "Espírita" Brasileira fazia desde, pelo menos, a década de 1920, ao se popularizar quando recebeu o apoio de Francisco Cândido Xavier, nas décadas de 1950 e 1960, foram tidos como "autênticos" mesmo diante de montagens tão grotescas.

Isso porque as montagens são notadas de cara. A pretensa formação de ectoplasmas não passa de uma "espuminha" de gaze, algodão e lã, e as imagens dos rostos claramente mostram serem fotos estáticas, dessas recortadas de revistas e de álbuns familiares.

Não se trata de uma invencionice de católicos intolerantes, nem de qualquer religioso que renegue a espiritualidade ou que demonstre alguma inveja em relação ao crescimento do "espiritismo" brasileiro.

Muito pelo contrário, as constatações foram feitas diante de observações cautelosas, confrontadas com o raciocínio lógico e questionativo, que na série de artigos anteriormente publicados se mostra através de argumentos colhidos pelo confronto de certos problemas notados nessas pretensas materializações.

Vemos que isso não passou de uma "brincadeira", uma fraude grotesca, num meio dito "espírita" que, no Brasil, comete fraudes até sem ter muita sutileza, porque as "materializações", a exemplo das falsificações de quadros de José Medrado ou os falsetes de Divaldo Franco, são extremamente grotescas para enganar alguém com habilidade.

Isso mostra o quanto as pessoas são muito ingênuas. E o quanto Chico Xavier, Divaldo Franco e José Medrado abrem caminho justamente para os "obsessores" e "trevosos" que eles diziam combater, complicando cada vez mais os estudos a respeito da vida espiritual, da maneira mais perniciosa possível.

"FASCINAÇÃO"

É impressionante que tantas fraudes se deixam passar, fraudes grosseiras, sem qualquer sutileza, porque não se pode falar em "crime perfeito" no Espiritolicismo. Se muitos acreditam nessas fraudes, é porque as pessoas sucumbem facilmente ao que o professor Allan Kardec havia definido como "fascinação".

Entende-se como "fascinação" o processo de sedução cega e mórbida movido pela emotividade e pela pieguice. O "espiritismo" brasileiro é conhecido por forjar uma "aura" de emotividade extrema, seja pelas "palavras de amor", seja pelo pretexto da "caridade", que tocam em pontos fracos conhecidos no brasileiro médio.

Esses pontos fracos são a fé extremada e a associação a valores conservadores associados à família, fraternidade, devoção e outros sentimentos, levados pela "fascinação" de forma exagerada e sedutora. Algo que leva a uma comoção cega, mórbida e perigosa.

Nela são explorados sentimentos de esperança, conformação, tristeza, alegria, fé, entre tantos outros, e essa emoção exagerada cria uma falsa sensação de tranquilidade e otimismo, que mais parece viciada na medida em que essa emotividade causa um envolvimento perigoso com uma causa que apresenta sérios problemas.

É assim que o chamado "movimento espírita" domina seus fiéis, criando uma emotividade extrema e cega que permite que qualquer contradição, irregularidade ou fraude cometidas em nome do "espiritismo" seja aceita confortavelmente.

HERANÇA DA FÉ CATÓLICA

Vamos também observar a tradição de religiosidade dominante que existe no Brasil. A herança do Catolicismo português vigente durante o século XIX, ainda tomado de aspectos medievais (como a "Santa" Inquisição) e fonte ideológica do "movimento espírita", inclui essa emotividade cega, subserviente e condescendente a tudo.

Por isso até mesmo juízes, advogados e jornalistas ainda hesitam em investigar as irregularidades do suposto "espiritismo" no Brasil. Mensagens apócrifas atribuídas enganosamente a celebridades mortas, pessoas disfarçadas com suas "cabecinhas-de-papel" em fraudes de materialização, pinturas falsificadas. Pelo "amor e caridade" tudo é permitido.

Isso porque existe uma crença deturpada de que "o que vale é a intenção". Abre-se mão de estilos, identidades, métodos, processos, em nome do "amor" e da "caridade". Como se amor e caridade estivessem acima da ética, acima da honestidade, acima da lógica!!

Isso cria um sério conflito de confiabilidade. Os espíritos do além, que acreditamos estarem se comunicando conosco, se afastam constrangidos. "Eu não vou falar mesmo, não vou mandar mensagem, porque sei que outro vai se passar por mim", é o comentário provavelmente mais comum.

Aqui na Terra, pode ser que os efeitos danosos sejam pouco evidentes para que alguém venha condenar os "espíritas" e "videntes" que usurpam a memória dos falecidos. Mas, no mundo espiritual, isso representa o banimento de qualquer contato, porque ele se torna desnecessário, o "médium" de plantão faz tudo somente com sua imaginação fértil.

E isso complica seriamente os estudos sobre materialização, a tal ponto que os melhores estudos a serem feitos sobre contatos com o mundo espiritual são realizados por ateus e agnósticos, por gente sem qualquer vínculo religioso com a tal "espiritualidade" e que, em certos casos, questiona até mesmo Allan Kardec.

Esses estudos acabam tendo pouco apoio, poucos subsídios e baixa visibilidade. O público desconhece até mesmo as pesquisas sobre TransComunicação Instrumental (TCI). Isso porque a farra feita através de fraudes nas materializações, psicofonias, psicografias e psicopictografias desviam as atenções e desmoralizam o trabalho árduo de pesquisas.

Acaba havendo um litígio entre quem quer provar essas fraudes e quem quer colocá-las como "autênticas", enquanto o verdadeiro estudo é comprometido e dificultado pela falta de apoio, reconhecimento e investimentos. Há livros até que tentam dar autenticidade às fraudes "espíritas". Mas poucos há que buscam o verdadeiro estudo do mundo espiritual.

Isso é muito grave e preocupante. E toda essa situação deplorável é feita em nome do "amor" e da "caridade". E os ditos "espíritas", quando são criticados nesse contexto, ainda reclamam de "inveja", "perseguição", "caça às bruxas" e outras reações contra sua missão "fraternal" e "filantrópica".

E vê que os pretextos de "amor, caridade, luz e fraternidade" são usados para justificar e permitir tantas fraudes... É a corrupção no Brasil se servindo aos pretextos da "espiritualidade" e do "amor ao próximo". Triste.

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