domingo, 20 de julho de 2014

"Centros espíritas" e a perda de tempo nas doutrinárias


Se falta assunto para se falar nos ditos "centros espíritas", a solução mais fácil é investir nos assuntos sobre família. Até parece que o primeiro e maior mandamento no Espiritolicismo é o "honrar pai e mãe", bem mais importante do que "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".

Os tais "centros" são feitos, em tese, para divulgação da Doutrina Espírita e as palestras se inspiram na bibliografia supostamente associada ao Espiritismo. Claro, nem tanto assim espírita, é verdade, já que boa parte dos livros vem da lavra de Chico Xavier, Divaldo Franco e congêneres, fora as "violetas na janela" da vida, não é mesmo?

Quem já foi espiritólico e frequentou muito esses lugares sabe o que é ter paciência para ouvir palestras assim, muitas delas maçantes e dadas por gente que já chega estressada, tudo para obter os tais "passes" que muita gente garante serem "milagrosos", "tiro e queda" contra o mal-estar. Ainda vamos falar sobre esse mito dos passes.

Aqui o foco está nas doutrinárias, muitas delas tristes e deprimentes. Às vezes o palestrante chega dizendo que o amiguinho "desencarnou", noutras vem com o aviso fúnebre de que "partiremos não se sabe quando" - justo quando a gente procura ter um sentido para nossas vidas! - , além da pieguice e do pedantismo de sempre.

A quase totalidade das palestras é de cunho religioso. Mas, quando o assunto envolve em tese conhecimentos científicos, quase sempre há pedantismo, já que a evocação da ciência é a mais superficial possível, o que frustra de antemão quem quer obter algum conhecimento científico exato sobre a espiritualidade.

Quanta perda de tempo muitos de nós tivemos diante de tais palestras. Tudo porque buscávamos, ou tentávamos buscar, algum socorro espiritual, algum esclarecimento moral, algum conforto, algum bem-estar. Só que tudo isso se torna inócuo, e não raro encontramos palestras ruins e mesmo as palestras boas são de um religiogismo exagerado e piegas, que não tem utilidade prática para nossas vidas.

Há muito essas doutrinárias desprezam Allan Kardec, reduzido a um figurante que volta e meia é citado ligeiramente, mas sem qualquer importância, fora eventuais bajulações. Na sua essência, porém, Kardec é desprezado da forma mais cruel, porque do seu legado tudo é, se não ignorado, deturpado e distorcido ao bel prazer pelos líderes "espíritas".

Com isso, perdemos tempos preciosos de nossas vidas, que poderiam ser usados para nos instruirmos numa leitura de livros realmente edificantes, por causa de um socorro espiritual que não existe, e que é composto de rituais e dogmas duvidosos, além de palestras em boa parte pouco inspiradas e, em outras, extremamente dogmáticas (mesmo as mais "inspiradas").

Buscamos a tal "luz" quando na verdade vemos apenas uma lanterna pequena e fraca no meio de nosso túnel, enquanto os "centros espíritas" enrolam com sua pregação religiosa muito mal disfarçada de "transmissão de conhecimento". Vamos e voltamos na mesma, e isso quando a vida não continua piorando para muitos de nós, por causa de doutrinárias que nada acrescentam a nossas almas.

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