domingo, 17 de setembro de 2017
"Espiritismo" não pratica caridade, se promovendo com a caridade dos outros
Principal justificativa dos deturpadores do Espiritismo para continuarem prevalecendo e abafarem os efeitos drásticos de seus atos, a "caridade" é tida como a sua maior qualidade. No entanto, até ela pode ser uma farsa, se observarmos bem.
Sabe-se que a chamada "caridade espírita" consiste em mero Assistencialismo. Embora os "espíritas" definam sua aparente filantropia como "Assistência Social" (a caridade que provoca transformações sociais profundas e definitivas), o que se vê, todavia, na prática, é Assistencialismo, caridade paliativa, reduzida a aspectos pontuais e provisórios ou, se efetivos, bastante superficiais e medíocres, na qual o que mais está em jogo é o prestígio e a promoção pessoal do "benfeitor".
Mas, não bastasse essa "caridade" ser mero Assistencialismo, gerando mais holofotes para os "espíritas" do que transformações sociais para os mais necessitados, na verdade essa "caridade" não é praticada pelas instituições "espíritas", mas pelos fiéis, frequentadores das "casas espíritas".
Sim, isso mesmo, o que rende acaloradas discussões nas redes sociais, sobretudo sobre "médiuns" que vivem do culto à personalidade - apesar de se autoproclamarem "símbolos máximos da humildade humana" - , não passa de uma grande perda de tempo.
Além de deturparem o Espiritismo, difundindo, em nome de Allan Kardec, ideias contrárias a seus ensinamentos, os "médiuns" são famosos por uma caridade que não praticam. Eles apenas se promovem com a caridade dos outros: médicos, professores, cozinheiros, ou donativos enviados por terceiros.
Os "médiuns" apenas se ostentam, a exemplo dos donos de agências de publicidade que não criam as próprias campanhas, mas se consideram "autores" das campanhas que empregados e outros subordinados fazem, ficando sempre com os louros dos trabalhos dos outros.
Os "médiuns" e outros palestrantes "espíritas" fazem turnês por todo o país, em certos casos pelo mundo afora, acumulando tesouros terrenos como medalhas e condecorações, vendendo livrinhos marcados por um aparato de belas palavras repleto de devaneios igrejistas e moralistas, e muitos acreditam que esses palavreadores do "movimento espírita" são símbolos máximos de caridade. Falam até em "vidas totalmente dedicadas ao amor ao próximo", o que é uma grande falácia.
O que ocorre é que o cidadão em comum é que doa seus objetos e os voluntários aderem ao trabalho mal remunerado (isso quando há alguma remuneração), se doando para alimentar a vaidade pessoal do figurão "espírita", que quase sempre está no exterior fazendo discursos para ricos e poderosos, em troca de prêmios por uma suposta caridade e pelo balé de palavrinhas enfeitadas.
Isso é muito grave, porque os ídolos do "movimento espírita" produzem uma retórica na qual eles estão associados a uma imagem de "filantropos" que fascina muita gente e cria legiões de defensores fanáticos, capazes de se envolverem em bate-bocas nas redes sociais, na defesa desesperada de seus ídolos religiosos, pouco se importando se os mais necessitados estão sofrendo ou não ou se os mantimentos doados no mês passado já se esgotaram, voltando a miséria de antes.
A coisa chega ao nível deplorável, porque os "médiuns" causaram uma série de deturpações da Doutrina Espírita, consistindo numa grave traição ao trabalho árduo e penoso que Allan Kardec desenvolveu em seu tempo.
Os "médiuns", além da traição doutrinária (algo que não é acidental, pois feito durante anos, para um grande público e em grande projeção) rompem com sua função intermediária, atraindo para si o culto à personalidade. Viram "grifes" para supostas ações mediúnicas, em muitos casos bancando os "donos" de determinadas personalidades mortas.
Não bastasse isso, a tão festejada "caridade" que está tão associada a essas "criaturas tão puras" é, na verdade, uma ação de terceiros, em muitos casos não vindo de um centavo sequer dos bolsos dos "pensadores espíritas", que, pelo contrário, ainda são pagos por empresas e por parte do dinheiro da caridade para fazer turnês e ficar fazendo belas verborragias para ricos e poderosos em estabelecimentos nobres e hotéis de luxo no Brasil e no exterior.
Ver que essa "caridade" é o maior motivo desses deturpadores é preocupante. A reputação deles acaba se alimentando com essa farsa, fazendo com que os questionamentos fossem abafados em tudo. Até as "mediunidades" fake são aceitas porque seus "médiuns" são "caridosos", pouco importando se a suposta mensagem espiritual foge drasticamente do estilo pessoal do morto em questão.
Precisamos questionar até mesmo essa "caridade". As pessoas ainda pensam a "bondade" como se estivessem pensando a vida como se fosse um conto de fadas ou uma novela da Rede Globo. Ignoram o quanto há autopromoção e arrivismo entre os deturpadores da Doutrina Espírita, que usam de todos os artifícios para se tornarem unanimidade mesmo nas suas piores irregularidades. As pessoas levam gato por lebre e não percebem.
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