sábado, 9 de janeiro de 2016

Pai de família "espírita" se deixa cair em golpes financeiros


A deturpação da Doutrina Espírita pelo "espiritismo" brasileiro influi nas más energias, porque toda uma série de contradições desta doutrina marcada pela confusão permite que energias levianas se propaguem aqui e ali, mesmo sob o aparato das belas palavras e das mensagens fraternais.

Um exemplo disso é um pai de família de uma cidade do Grande Rio de Janeiro, que é um devoto do "espiritismo" e costumava ir, mesmo sozinho, a um "centro espírita" acompanhar palestras. Ele é também um regular pagador do carnê do "centro", que são mensalidades que ele acredita se destinarem à "caridade".

No entanto, alguns incidentes vitimaram o pobre homem. "Coincidindo" com tratamentos espirituais, ele havia sido vítima de desmaios inexplicáveis três vezes, mesmo quando ele, ainda que seja hipertenso, adotasse uma alimentação e uma dieta saudáveis.

Além disso, ele teve outros incidentes com perdas de grandes somas de dinheiro em épocas em que sua dedicação ao "espiritismo" se tornava intensa. Numa época em que a casa de sua família se esbaldava com CDs de Divaldo Franco berrando por toda a casa nos aparelhos de som, o pai de família, quando estava sacando dinheiro num serviço de caixa-rápido, perdeu R$ 300.

Num outro ano, ele foi assaltado, durante à tarde, numa rua de bom movimento, por um ladrão armado de uma faca. Anos depois, durante uma visita de parentes, o pai de família recebeu um telefonema de um golpista financeiro, que, usando o recurso da "leitura fria", se passou pelo marido de uma das sobrinhas da vítima e, com uma conversa "amistosa", disse que o carro estava enguiçado e que precisava de R$ 3.200 para conserto e liberação. O pai de família foi para o banco sacar o dinheiro e só depois se viu tapeado.

Meses depois deste último incidente, o pai de família, quando ia para um hospital fazer exames de rotina, resolveu sair durante a tarde. Foi para uma agência bancária de menor movimento, sacou o dinheiro e, sem perceber, estava sendo observado por um casal de idosos.

O casal seguiu o pobre senhor o tempo todo, até quando pegava o ônibus para o centro da cidade. De repente, o pai de família resolveu fazer um lanche e sentou-se a uma mesa próxima. O casal de idosos foi puxar uma conversa com ele e, com o papo, deixou o homem distraído, que, ao se virar, deixou que o casal pusesse um remédio suspeito no refresco que o homem tomava, e este, terminando a bebida, sentiu-se chapado depois.

Com isso, o casal fez com que o homem, consciente mas sem muito discernimento das coisas, afinal estava dopado pelo remédio, foi levado para uma outra agência bancária e resolveu retirar um depósito de cerca de R$ 24.500 e deu para o casal. Quando voltou para casa, já recuperado do transe, contou para a esposa que não se lembrava de muita coisa no incidente.

Ironicamente, o mesmo pai de família havia advertido aos filhos, muitos anos atrás, para não caírem em golpes deste tipo. Em longas conversas, o pai contava às crianças do perigo que é se distrair e deixar que pessoas colocassem dopante na bebida, e depois roubassem a vítima de uma forma ou de outra.

O que se observa é que o homem é um "espírita" devotado. Por que a religião das "boas energias" permitiu ciladas desse tipo? Por que a religião que promete proteger as pessoas das más energias deixa que seus devotos caiam em tantas armadilhas? Que energias são essas que não ajudam sequer a pessoa a se prevenir contra armadilhas diversas?

Isso só pode ser explicado pela natureza confusa e contraditória da doutrina brasileira, com seu engodo de valores moralistas, misticismo exagerado e mediunidade muitas vezes fingida, que tantos e tão graves erros causaram entre os "espíritas". É por isso que, diante de tantas confusões e contradições, o "espiritismo" brasileiro acaba dando azar, mesmo.



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