domingo, 10 de agosto de 2014
Chico Xavier participou de fraudes de materialização
Há uma foto de Chico Xavier, sem óculos, olhando de frente, que é assustadora. Nota-se nele um semblante pesado, algo de arrogante, até por ser "protegido" do traiçoeiro Emmanuel. Um sorriso aparentemente normal, mas que traz uma energia estranha, por demais "carregada".
Evidentemente essa energia não é percebida por aqueles que, docilmente, colocam frases do anti-médium mineiro nas mídias sociais. O "homem chamado amor", mas que acusa inocentes vítimas da tragédia de um circo niteroiense de terem sido "romanos sanguinários", ainda seduz muita gente com suas frases bonitinhas.
Desde 1950 e até 1979, ocorreram supostos fenômenos de materializações. E Chico Xavier, desde cedo, apoiou tais manifestações. Ao longo desse blogue, mostraremos fotos que indicam fraudes de materialização, e nelas Chico aparece e ele mesmo assinou atestados "autenticando" tais embustes.
Aqui vamos apenas mencionar alguns detalhes desse processo, verdadeira armação para alimentar o sensacionalismo do "espiritismo" brasileiro, que sofreu toda sorte de deturpações, mentiras e mistificações, agravadas pelo poder centralizador, prepotente e ainda mais corrupto de Antônio Wantuil de Freitas, durante muitos anos presidente da FEB.
Nota-se, nessas supostas materializações, a presença de pessoas usando longos pijamas brancos e capuzes da mesma cor. Neles, colava-se fotografias que haviam sido fotocopiadas - por mimeografia, já que as máquinas de fotocópia, que conhecemos como "xerox" devido à sua marca conhecida, eram muito recentes - de personalidades que haviam sido falecidas.
Em outros casos, há pequenos objetos nos quais identificamos prováveis travesseiros forrados com lã e cujas fotos mimeografadas eram coladas e "afundadas" para serem fixadas no objeto. A exemplo das risíveis fotos que eram coladas em pessoas encapuzadas vestidas de branco.
Já no suposto processo de ectoplasma, colares ou fios de gaze nos quais eram colados pedaços de algodão. Ou seja, o material de pronto-socorro, usado para atender pessoas doentes e cicatrizar feridas, usado nessa verdadeira "pegadinha" que chegou a deslumbrar muita gente. Usar material hospitalar para esse verdadeiro trote é espantoso.
Nem o antigo ditador russo Josef Stalin, que havia falecido no decorrer de 1953 - quando Chico Xavier já participava desses trotes - e que era famoso por ordenar adulterações fotográficas excluindo desafetos que haviam sido assassinados sob sua ordem, seria capaz de tamanha fraude.
Mas esta fraude não era necessariamente fotográfica, como na edição de fotos já registradas em que se "apaga" ou "modifica" algum detalhe como a tecnologia, hoje, permite através do Photoshop. As fraudes, neste caso, são feitas na ação mesmo, com pessoas se disfarçando como "fantasminhas" de teatro infantil.
São esses "fantasminhas" grotescos que aparecem com lençol e capuz brancos, com a diferença que sobre eles se colava uma foto mimeografada de algum falecido, dessas retiradas de revistas ou de álbuns de famílias - de jornais, não, porque a impressão da maioria deles era de péssima qualidade - e em volta dessa fotocópia colocava-se lã ou algodão para "fixá-las".
Até mesmo travesseiros ou almofadas eram usados para isso e eles eram forrados com algodão ou lã e neles colados fios de gaze com algodão que forjavam supostos "braços" dos falsos espíritos materializados.
Depois, voluntários, geralmente "médiuns" dos "centros" envolvidos, eram chamados para tais processos, fazendo poses "dramáticas" seja deitados, em posição de "prostrados" ou de dorminhocos, seja sentados ou em pé abrindo a boca para nela passarem os tais algodões com gaze.
OFENSA A ESPÍRITOS FALECIDOS
É evidente que os espíritos do além não vão sair assombrando aqueles que usurpam suas imagens ou legados. Mas, como toda pessoa que recebe alguma manifestação de desrespeito ou gozação, eles naturalmente se sentirão ofendidos, muitos deles se entristecendo diante de tais armações.
Pior é para os falecidos que gostariam de mandar mensagens ou estabelecer contatos com os entes que deixaram. Eles se sentem horrorizados quando observam tantas fraudes, que vão além de uns simples oportunistas se passando por esses amigos do além.
Esses espíritos se afastam, e mantém total distância de nomes que, aqui na Terra, são prestigiados e encarados com maior confiabilidade, seja Chico Xavier, Divaldo Franco ou José Medrado, por exemplo. No mundo espiritual, porém, a imagem deles está associada à fraude, como verdadeiros estelionatários da espiritualidade e da caridade humana.
Por isso eles nem chegam perto. Eles se afastam, constrangidos ou mesmo sem necessidade de estar por perto. "Outra pessoa vai se passar por mim", dirá, sem ter o menor esforço de aparecer em espírito para dar o seu recado. "Tenho pena dos parentes que vão acreditar nessas mensagens, por causa das palavras de amor", comentará muito provavelmente.
No caso dessas fraudes grotescas, então, o espetáculo é constrangedor. Os espíritos se afastam envergonhados, e só mesmo os ingênuos a acreditar que Chico Xavier continuaria a receber espíritos de personalidades ilustres e respeitáveis. Nem sonhando.
Alguém acharia que Marilyn Monroe, por exemplo, a sofrida, talentosa e esforçada atriz que, com todas suas falhas, nada tinha da ingênua que muitos pensam dela, iria assim de graça dar algum depoimento a Chico Xavier, ainda mais depois dessas fraudes que poderiam ser segredo para a gente da Terra, mas que a espiritualidade do além já conhecia com todos seus detalhes?
Não. Se Chico Xavier pudesse atrair alguém com isso, seriam os espíritos de bandidos, falsificadores, estelionatários, mafiosos, falsários, tiranos, assassinos e artistas canastrões que adoram essa bagunça toda. O tal "coração do mundo" abre espaço para os degredados do além-túmulo.
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