quarta-feira, 16 de abril de 2014
Como o Espiritolicismo usa a Internet para reagir aos críticos
Escrevemos, na postagem passada, que o "espiritismo" da FEB tenta reagir às críticas que se multiplicam na Internet, através das mídias sociais e da chamada blogosfera, de forma bastante similar ao que fazem os chamados "urubus da mídia" ou "urubólogos", como são conhecidos os jornalistas que adotam postura ideológica mais reacionária.
Se tanto "urubólogos" quanto "espíritas" ficam condenando a Internet, os primeiros descrevendo-a como um reduto de "mentiras" e os segundos como um antro de "obsessores", não significa que eles tenham que boicotar a rede mundial de computadores para reagir da sua forma.
Os "urubólogos" também têm blogues, a grande mídia tem seus espaços na Internet, onde visões reacionárias são expressas para tentar conquistar os internautas "neutros". O Espiritolicismo também tem seus espaços digitais, na medida que, tal como os "urubólogos", precisa acompanhar as novas tecnologias e evitar que elas virem redutos de internautas mais questionadores.
Evidentemente, os reacionários espalham, nos seus meios mais "rudimentares", toda a pregação negativa da blogosfera. Seja nas colunas "urubólogas" nos chamados "jornalões" - os conhecidíssimos grandes jornais que circulam no país - , sejam nas doutrinárias "espíritas". Mas precisam também usar a Internet como forma de enfrentar o "outro lado", não o do além-túmulo, mas o do anti-espiritolicismo.
Por isso eles vêm com blogues "carinhosos" supostamente dedicados à Doutrina Espírita. E agora lançaram um novo sobre Chico Xavier, "Cartas de Chico Xavier", na tentativa de recuperar o mito do anti-médium mineiro, um dos mais duramente criticados pelos anti-espiritólicos.
A princípio muitos desses blogues são "indiferentes" às tais críticas, procurando transmitir o máximo de "palavras de amor" para confortar aqueles que continuam iludidos com o "espiritismo" da FEB ou com doutrinas similares e dissidentes, como a Conscienciologia de Waldo Vieira, ex-parceiro de Chico Xavier.
Tudo misturando moralismo, misticismo e pseudo-ciência, para tranquilizar os "fiéis" do Espiritolicismo, assustados com as críticas pesadas e as revelações nada agradáveis que são publicadas constantemente na Internet, e que expressam apenas o começo de uma série de denúncias.
Com isso, o "espiritismo" brasileiro tenta manter-se de pé. Mas, no fundo, não parece ter forças para reagir de forma convincente. Ou fica indiferente, ou parte para ataques caluniosos. A FEB e seus dissidentes-semelhantes não conseguem explicar o porquê de suas convicções, enquanto são questionados por seus opositores da forma mais abrangente e sofisticada.
Por isso, a reação do Espiritolicismo continua firme, embora seus membros e adeptos não tenham força suficiente para rebater críticas de forma convincente. Da mesma forma que os "urubólogos" dificilmente conseguem convencer que seus pontos de vista antipopulares são mais coerentes do que a realidade vivida pelos cidadãos comuns.
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