sexta-feira, 28 de março de 2014
Críticos do Espiritolicismo deveriam tomar cuidado com a Veja
Os críticos do Espiritolicismo, entre outros que fazem críticas não só a esta doutrina, como a outros problemas da nossa sociedade, deveriam adotar uma postura bastante cautelosa com a revista Veja, publicação da qual vários de seus indivíduos depositam ainda total confiança.
A revista Veja é uma publicação marcada pelo seu reacionarismo extremo. Sua linha editorial é hostil aos movimentos sociais, às populações indígenas e a outros projetos sociais que defendam os interesses das classes populares, dos trabalhadores e da classe média consciente.
Vista equivocadamente pelos críticos do "espiritismo" brasileiro como uma revista de "jornalismo investigativo", Veja já esteve envolvida em escândalos que demonstraram fraudes diversas na produção de reportagens, muitas vezes mentirosas, caluniosas, sensacionalistas e imorais.
Entre seus colunistas, está o reacionário Reinaldo Azevedo, tão perigoso para a sociedade brasileira quanto Emmanuel para o mundo espiritual e para a Doutrina Espírita. Reinaldo é chamado de "pit-bull da Veja", porque escreve de maneira grotesca, é autoritário, zombeteiro e demasiado irônico em suas opiniões, e defende pontos de vista que só agradam as pessoas mais ricas do nosso país.
Veja prefere defender o capitalismo selvagem, a opressão no mercado de trabalho, a sobrecarga de atribuições dos trabalhadores, o processo opressivo e caríssimo de reciclagem no aprendizado profissional e a redução salarial proporcionalmente inversa à carga horária de trabalho. E, de vez em quando, Veja endeusa os milionários, como se ter dinheiro fosse por si só bom para o espírito.
MATERIALISMO - Veja endeusa os donos do poder, as pessoas mais ricas, o capital privado. Quer que a cidadania e a democracia, com todos os seus ideais, se reduzam a mercadoria a ser comprada, a um reles produto de consumo.
Como é que as pessoas que se preocupam em defender a essência da Doutrina Espírita podem dar alguma confiança a uma revista como essa, que defende neuroticamente um sistema econômico responsável pela miséria e pelas desigualdades sociais em todo o mundo?
É como se trocasse o seis pela meia-dúzia. Trocar a FEB pela Veja. Por enquanto, Veja parece alegrar muitos que exageram na dose da oposição ao PT porque, para essas pessoas tomadas de forte emoção, para não dizer um ódio gratuito que nada tem a ver com a oposição sadia, a Veja parece dizer "umas verdades" que à primeira vista empolgam.
Mas esse discurso só ocorre porque Veja está na oposição. Se vira "situação", a máscara cai e aquelas pessoas que liam felizes as maravilhas de desempregados gastarem a fortuna que não tem para aprender novas habilidades profissionais, ou de como a desnacionalização da economia é benéfica (?!) para o Brasil, se sentirão traídas com a complacência de Veja à corrupção de seus "heróis".
E Veja sofre do mesmo cafajestismo ideológico da Federação "Espírita" Brasileira. São páginas tão sujas quanto qualquer revista espiritólica. Veja é tão autoritária quanto Emmanuel, tão materialista quanto o Espiritolicismo, tão moralista e socialmente excludente quanto as pregações "espíritas" que preferem acreditar no sofrimento dos outros como um "ajuste de contas" e deixá-los para lá.
Daí a incoerência de criticar o Espiritolicismo, se confia em Veja, uma vez que a revista pratica os mesmos erros da FEB e não é uma fonte confiável para quem busca uma verdadeira espiritualidade. Daí o cuidado que se recomenda tomar com uma publicação como esta.
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