domingo, 5 de janeiro de 2014

Episódio natalino de South Park traz lições sérias sobre o Espiritolicismo

QUEM DIRIA, SOUTH PARK MOSTRA OS VERDADEIROS OBSESSORES, ATRAVÉS DESSES BICHINHOS DE APARÊNCIA DÓCIL.

Às vezes, as maiores lições e os alertas mais urgentes partem de onde a gente nem imagina vir, alertas e ensinamentos que não dependem de grifes nem de totens "reconhecidos" e aparentemente amados por todos.

Tem-se muito preconceito com o seriado South Park, produzido pela MTV, por causa do uso constante de palavrões e da exposição de personagens em situações obscenas e vexaminosas. Mas, por incrível que pareça, South Park é um excelente seriado de denúncias de erros sociais, mostrando os aspectos sórdidos da humanidade.

Um dos episódios é o Natal dos Bichinhos (Woodland Citter Christimas), que traz duras lições que servem para seitas como o Espiritolicismo. A história natalina em questão, que na verdade parte da imaginação do desbocado Eric Cartman, numa redação escolar feita para humilhar o colega Stan Marsh, mostra o quanto o verniz de bondade pode trazer as piores armadilhas.

Para quem não sabe, os quatro principais personagens de South Park são o gorducho Eric Cartman, oportunista, desbocado e gozador, Stan Marsh, cujo pai, Randy, simboliza os vícios e imprudências da vida adulta, o judeu Kyle Broflovski e Kenny McCormick, o garoto humilde que durante boa parte da série é morto no final de cada episódio, mas reaparece vivo nos seguintes.

O episódio natalino, de 2004, é de uma fase em que os criadores de South Park já não matavam tanto o Kenny. E nele Kenny também não morria no final, sendo poupado sobretudo quando o foco de cada episódio era nos demais personagens do seriado.

O EPISÓDIO

Na história natalina, Stan conhece bichinhos de aparência graciosa e bonita. Ele conhece os diversos bichinhos que, com sua fala dócil e infantil, lhe informam que estão construindo um presépio de Natal e que um desses bichinhos, a Porca-Espinho, estava para gerar o Salvador, e por isso havia a necessidade de arrumar um presépio para receber o bebê. Eles pedem a Stan para preparar uma estrela natalina para a árvore de Natal.

Tudo parece como numa fábula, sobretudo pela aparente doçura dos animais. Certa vez, os bichinhos vão para a casa de Stan e lhe pedem para ele escalar uma montanha e deter uma leoa que lá vivia, porque ela em todo ano matava o filho da Porca-Espinho que iria nascer em todo Natal.

Ao subir, Stan viu a leoa saindo de uma caverna, feroz. Ela se preparava para o ataque e Stan a atraiu para o precipício, desviando para fazê-la cair e morrer. Embora a ação tenha sido bem sucedida, Stan logo se arrepende quando surgem três filhotes que, simpáticos e muito tristes, lhe dizem que a leoa era a mãe deles e que eles se tornaram órfãos.

Em seguida, Stan logo descobre que a leoa matava anualmente o filho da Porca-Espinho para evitar o nascimento do Anticristo. Ao descobrir isso, os bichinhos logo se revelam criaturas malignas, e o que eles chamavam de Salvador era, na verdade, o Anticristo. Usaram um coelho para um sacrifício para celebrar a nova criatura. O coelho era morto e devorado.

Stan tentou deter os animais, mas eles mostraram seus poderes satânicos. Então Stan decidiu voltar à montanha e pegar os três pequenos leões para levá-los para um hospital aprender técnicas de aborto, na esperança de impedir o nascimento do Anticristo.

Enquanto isso, os bichinhos, já assumidamente perversos, decidiram que uma pessoa seria escolhida para batizar o Anticristo. Vendo o amigo de Stan, Kyle, sentado na floresta, os bichinhos decidem sequestrá-lo para cumprir o objetivo.

Ao chegar à floresta, Stan e os leõezinhos veem que é tarde demais. O Anticristo, uma espécie de verme, havia nascido e os bichinhos detinham Kyle, que era judeu, num altar para celebrar o nascimento da maligna criatura. Kyle foi dominado pelos bichinhos e manifesta sua vontade de fazer a cerimônia.

Em dado momento, chega Papai Noel, que, armado de um rifle, decide matar todos os bichinhos. Mas Kyle, possuído pelas forças malignas, decide que irá engolir o Anticristo e assumir sua identidade, acreditando (equivocadamente) que isso trará algum benefício aos judeus.

A narração do episódio, feita na verdade por Eric Cartman na escola, durante a aula do Prof. Garrison, é interrompida quando Kyle reclama do desfecho, bastante ofensivo ao povo judeu, e pede para o colega mudar o final da narrativa, com o apoio dos colegas e do professor, que ordena Eric a aceitar o pedido. Eric, mesmo contrariado, decide mudar a narrativa.

Mudada a narrativa, Kyle, depois de engolir o Anticristo, admitiu que ele é maligno, o que é respondido por Stan: "O que você esperava? Ele é o filho do Demônio!!". Stan logo recorre aos leõezinhos, chamados para fazer o aborto em Kyle.

Os filhotes então removem o Anticristo, entregue ao Papai Noel que irá matar o maligno ser com um machado. Em seguida, Stan pede para o Papai Noel ressuscitar a leoa morta, que volta ao convívio de suas crias.

LIÇÕES ESPÍRITAS

A lição que isso traz em relação ao "espiritismo" brasileiro é que este equivale aos bichinhos da floresta, com suas "palavras de amor" que escondem práticas perversas de deturpação da doutrina originalmente codificada por Allan Kardec e indevidamente assimilada no Brasil pelos burocratas da Federação "Espírita" Brasileira.

Estes sempre tentaram colocar uma aparência de "bondade" na deturpação das lições de Kardec, corrompida por enxertos confusos de caráter místico-religioso e corrompendo a doutrina espírita através de um moralismo religioso retrógrado, dogmático e mistificador e com muitos procedimentos equivocados.

Os críticos dessa deturpação, como Angeli Torteroli, equivalem ao da leoa que só reagiu com energia por autodefesa. Assim como se reagem com certa energia às deturpações e absurdos causados pelo "espiritismo" brasileiro.

No entanto, os críticos dessa forma deturpada da Doutrina Espírita, o Espiritolicismo, permanecem mais serenos do que os espiritólicos, que com toda a sua ênfase no "amor" se espumam de tanto ódio quando são contrariados.

Por outro lado, quem questiona o Espiritolicismo, mesmo usando palavras severas, não tem outro compromisso senão o esclarecimento, daí a serenidade e a consciência leve de apenas cobrar a coerência e condenar erros que parecem benéficos, mas trazem prejuízos futuros diversos.

Daí que simples "palavras de amor" não bastam. Se a desonestidade, a cobiça, a fraude, a violação à ética, a mentira pura e simples, são encobertadas por um palavreado dócil e tranquilizador, isso se torna não um atenuante, mas uma GRAVIDADE, o que faz o "espiritismo" brasileiro pior até do que as mais baixas seitas supostamente dedicadas ao Evangelho, mas voltadas meramente ao dinheiro.

Não há palavra de amor que se sustente com a desonestidade e a fraude. Isso acaba dando em traição. Mas enquanto os espiritólicos adotarem a postura de cornos-mansos aceitando qualquer irregularidade "em nome do amor", toda natureza de erros é incentivada, estimulada e permitida de forma impune, enquanto Kardec é gratuitamente ultrajado pelos seus pretensos seguidores.

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