terça-feira, 17 de dezembro de 2013
A "doce" revolta dos espiritólicos quando contrariados
Quando geralmente se questiona o "espiritismo" brasileiro, principalmente apontando os erros de seus astros - principalmente Chico Xavier - , volta e meia aparecem reações nervosas de seus fanáticos, que se sentem desconfortáveis com tamanhas críticas.
Geralmente são reações irônicas, dadas num tom de falsa benevolência, às vezes forjando alguma aparente calma e posando de suposta superioridade espiritual, mas que claramente apontam algum nervosismo, alguma irritação e revolta. Alguns comentários são bastante típicos:
"Irmão, você está sendo obsediado, ao fazer esse comentário sobre nossa amada figura espírita".
"Você está alterado, irmão, ao atacar verdadeiros exemplos de amor e caridade".
"Reflita o que está dizendo, amigo, e reveja suas ideias em favor daqueles que cultivam lições de amor por toda a humanidade".
"Nossa doutrina é tão linda. Tem certeza realmente do que você está dizendo?"
"Oh, Senhor Jesus!! Iluminai nosso humilde irmãozinho, que se encontra perturbado ouvindo as vozes trevosas que lhe envenenam o coração!"
"Que mal nosso líder espírita causou em você, meu amado amigo, para que volte suas palavras contra essa pessoa que é só bondade e só amor?"
Esses são os principais exemplos. Sempre comentários simulando alguma mansidão, mas claramente apresentando algum incômodo. E incômodo, neste caso, gera nervosismo. A revolta mal disfarçada por palavras "fraternais" não significa que sejam reações equilibradas.
Pelo contrário. As reações tornam-se desesperadas, até mesmo desequilibradas, embora haja uma tentativa de controle dos nervos e até da maneira de dizer ou escrever respostas. São réplicas que mostram uma intolerância em relação à crítica expressa por alguém contra o Espiritolicismo.
O que se pergunta, diante de reações assim, é o seguinte: se o Espiritolicismo é uma doutrina que, em tese, se destina a elevar o espírito, a promover a tolerância, a paz, a alegria e os sentimentos mais edificantes, por que existem reações assim tão desesperadas?
A doutrina apresentou falhas sérias, desde os primórdios da FEB - a roustanguista Federação "Espírita" Brasileira - , ainda em 1884, quando as lições precisas de Allan Kardec foram trocadas pelos delírios extravagantes de Jean-Baptiste Roustaing, até os dias atuais, sobretudo através da licensiosidade doutrinária que teve o apoio ou a conivência de Chico Xavier.
O véu de "amor" e "compaixão" que os fanáticos espiritólicos fazem aos erros de sua doutrina, no entanto, podem fazê-los perder a cabeça em momentos que tomam conhecimento de denúncias diversas a respeito desses mesmos erros.
Aí os fanáticos do Espiritolicismo chegam mesmo a duvidar de fontes, mesmo fidedignas, por mais que as denúncias tenham fundamento, sejam apresentadas por documentos, tenham provas irrefutáveis. Chegam mesmo a perguntar se essas provas foram inventadas por alguém.
Esses fanáticos preferem aceitar os inúmeros erros, equívocos e deslizes cometidos pelo seu "espiritismo", porque só lhes interessa as tais "lições de amor e caridade". Podem ser relatos delirantes, surreais, fantasiosos, sobre seus ídolos, eles preferem a mentira bondosa, comovente e confortante do que a verdade que corta feito uma faca bastante afiada.
Mas isso só faz piorar as coisas. Afinal, essas reações só mostram a fé cega à qual os espiritólicos estão envolvidos, que só camufla as péssimas energias das mentes teimosas quando são contrariadas numa retórica pouco convincente de "amor e fraternidade". O que revela uma grande insegurança moral e uma ausência da paz de espírito que esses fanáticos supõem manter.
Por isso, as energias dessas pessoas que assim reagem não podem ser as mais positivas. Até porque é claro seu desequilíbrio mental diante da contrariedade às suas crenças pétreas, porém surreais e inverídicas. Não será chamando o discordante de "meu irmão" e "amado amigo" que irão fazê-los mais tranquilos, pois suas consciências estão suficientemente pesadas e inseguras.
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