tag:blogger.com,1999:blog-74351086431912342902024-03-05T03:43:47.774-03:00Dossiê EspíritaInvestigando as irregularidades no "espiritismo" brasileiroEquipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.comBlogger1218125tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-70585514680005561352018-02-28T07:00:00.000-03:002018-02-28T07:00:17.668-03:00Chico Xavier e Divaldo Franco, os inimigos internos do Espiritismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9p0m0-myhw50vKk1osUEdmS1ii9kXJV3mR9srGofVbyoB4hPFLee_SjEqfAaDIVPMBxVRN0Mj5L2brrv-P7TJ6CmG9FFl-CJJgLJRpgsCa7Sdu0igt6vMAaSeu9AXhiDbyetMfTcqIzc/s1600/chico-xavier-e-divaldo-franco-sao-inimigos-internos-do-espiritismo-porque-trairam-os-ensinamentos-de-allan-kardec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9p0m0-myhw50vKk1osUEdmS1ii9kXJV3mR9srGofVbyoB4hPFLee_SjEqfAaDIVPMBxVRN0Mj5L2brrv-P7TJ6CmG9FFl-CJJgLJRpgsCa7Sdu0igt6vMAaSeu9AXhiDbyetMfTcqIzc/s320/chico-xavier-e-divaldo-franco-sao-inimigos-internos-do-espiritismo-porque-trairam-os-ensinamentos-de-allan-kardec.jpg" width="320" /></a></div>
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A constatação trazida por este texto é chocante para muitas pessoas, devido à imagem glamourizada que Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco possuem na opinião pública. Mas a ideia de que os dois são considerados inimigos internos da Doutrina Espírita não se baseia em calúnias, mas na própria literatura espírita original.<br />
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Quem leu com muita atenção os livros doutrinários de Allan Kardec, saberá que isso é verdade. Chocante, mas é verdade. A própria recomendação do espírito Erasto em <i>O Livro dos Médiuns</i>, de que é preferível recusar dez verdades do que aceitar uma única mentira, condiz com isso: infelizmente, o Brasil aceitou uma única mentira, a ilusão dos "médiuns espíritas", deturpadores mas dublês de filantropos, mistificadores mas divulgadores de palavras açucaradas.<br />
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O Brasil vive ainda na infância de sua percepção da realidade, e ainda é apegado, de maneira bastante doentia, a muitas convicções. Muitos acreditam em tolices como uma ditadura supostamente resolver uma crise político-econômica ou a venda das nossas riquezas para estrangeiros irá promover o crescimento da nossa Economia.<br />
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A crença fanática (embora tida como "sem fanatismo") dos "médiuns espíritas" é também um reflexo dessa infância perceptiva, dessa absoluta falta de discernimento das pessoas. Afinal, os "médiuns" deturparam e ampliaram a deturpação do Espiritismo, e isso se torna grave em si, porque os desvios doutrinários feitos em relação à Doutrina Espírita representam a avacalhação de um trabalho solitário, árduo e oneroso. Ninguém sabe o nível da gravidade com que os "médiuns" deturparam a doutrina.<br />
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Os dois "médiuns", Chico Xavier e Divaldo Franco, personificam o misto de vendilhões do templo com os sacerdotes fariseus que Jesus reprovou em seu tempo. A aparente gratuidade de suas atividades é apenas um aparato, pois há outros meios de lucratividade que não atenuam as imagens desses religiosos. Documentários, seminários, premiações são alguns dos tesouros pomposos que os "médiuns espíritas" costumam receber, dados pelo apoio entusiasmado de ricos e poderosos.<br />
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Os "médiuns" apenas se dizem "humildes" por jogo de cena. Vivem do culto à personalidade e do estrelato e a simples fama lhes vale como uma fortuna, equiparando-os aos aristocratas, se não pela aparente posse do dinheiro, mas pela fama conquistada, a níveis hollywoodianos. E ainda recebem mordomias, como viagens em aviões de primeira classe, fazem turismo pelo planeta e recebem hospedagem em hotéis cinco estrelas, além de fazer palestras para as elites em troca de prêmios.<br />
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TRAJETÓRIA DIFÍCIL<br />
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Para quem não sabe, a trajetória do pedagogo francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, o Allan Kardec, foi muitíssimo difícil. Apesar do reconhecimento como estudioso da Educação e professor discípulo do suíço Johann Heinrich Pestalozzi, Kardec, ao decidir estudar os fenômenos espirituais, encontrou grande repúdio da sociedade.<br />
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O pedagogo de Lyon só tinha como seu apoio estável a esposa, Amèlie Gabrielle Boudet, pois ele tinha que pagar as viagens com seu próprio dinheiro, tinha que manter sozinho a Revista Espírita e procurava explicar pacientemente suas ideias e conhecimentos, baseados em pesquisas solitárias e análises muito criteriosas.<br />
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O que os brasileiros não sabem é que os "médiuns espíritas" têm todo o conforto, os holofotes e as mordomias em suas mãos. Tanto Chico Xavier e Divaldo Franco não se tornaram humildes nem simbolizam a imagem de "gente simples" que virou pretenso consenso entre os brasileiros, mas são sustentados pelas elites que lhes financiaram viagens confortáveis, hospedagens generosas e uma blindagem midiática, jurídica e empresarial de dar inveja.<br />
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Os dois, além de desfigurarem o legado kardeciano original, inserindo nele ideias que Kardec reprovou de maneira explícita, por serem místicas e fora da lógica e do bom senso, se tornaram beneficiados de uma idolatria religiosa que envergonharia até Moisés, que veria, chocado, nos "médiuns espíritas", a idolatria que se deu ao velocino de ouro.<br />
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Não há como comparar as viagens patrocinadas de Divaldo Franco pelo mundo afora, para fazer palestras para ricos e poderosos em seminários de grande porte em hotéis cinco estrelas, com a peregrinação de Jesus de Nazaré ou as viagens de pesquisa feitas por Allan Kardec com o dinheiro do próprio bolso. E ainda assim para divulgar conceitos duplamente anti-doutrinários, tanto baseados no Cristianismo medieval (que deturpou o legado de Jesus) quanto na deturpação espírita.<br />
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SE O ELETRICISTA BOTA FOGO NA SUA CASA AO FAZER CURTO-CIRCUITO, VOCÊ ADMITIRIA SEU TRABALHO SÓ PORQUE ELE É BONZINHO?<br />
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A deturpação de Chico Xavier e Divaldo Franco em relação ao Espiritismo é um processo da mais extrema gravidade. Os dois não deturparam por "acidente", "sem querer" nem por "entusiasmo demais com suas origens católicas". Os dois fizeram com plena consciência de seus atos, monitorados pela FEB, e contribuíram, com gosto, para a desfiguração doutrinária que rebaixou o Espiritismo a um sub-Catolicismo de moldes jesuítas e medievais.<br />
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Mas as pessoas aceitam tudo isso a ponto de acreditar que, assim como quem aposta nas raposas para a reconstrução do galinheiro, Chico e Divaldo iriam recuperar as bases doutrinárias originais, tese absurda que foi sustentada pela blindagem de alguns amigos pessoais de Chico, anti-roustanguistas um tanto ingênuos, que se esqueceram do ditado "amigos, amigos, negócios à parte" e pensavam que o anti-médium mineiro era "uma figura simples e imaculada".<br />
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No entanto, Chico Xavier cometeu das suas. Há indícios de que ele teria se vingado de Humberto de Campos, devido a resenhas que o "médium" não gostou e, assim que o autor maranhense morreu, o mineiro se apropriou de seu nome para inventar obras inéditas. Chico já fez julgamentos de valor perversos contra vítimas de um incêndio num circo em Niterói e atribuiu o juízo a Humberto. O "médium" também defendeu abertamente a ditadura militar, na sua pior fase.<br />
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Infelizmente, usa-se a desculpa da "caridade" - um mero Assistencialismo que se proclama ser "assistência social" - para blindar os "médiuns espíritas" e minimizar os efeitos das contestações. Só que vamos fazer uma comparação.<br />
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Uma família contrata um eletricista. Pessoa muito simpática, religiosa etc. De repente, ele faz um péssimo trabalho, arrumando mal uma fiação elétrica. Isso faz com que, num dado momento, ocorra curto circuito e a casa pegue fogo, arrasando com tudo. O eletricista é processado e ele acaba perdendo ofertas de emprego pela má repercussão de seu desastre.<br />
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E olha que, digamos, ele havia feito, neste hipotético caso, o erro sem querer. Os "médiuns espíritas" erraram de propósito e são mantidos como representantes do Espiritismo e há quem os aproveite na ilusão de tê-los em alta diante da recuperação dos postulados kardecianos originais.<br />
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ASPECTOS SOMBRIOS<br />
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O grande problema é que os "médiuns espíritas" apresentam aspectos sombrios. Sua "medinuidade", diante do vício da falta de concentração dos brasileiros, em maioria incapazes de ler um livro "difícil" e músicas de qualidade, produz resultados quase sempre <i>fakes</i>. Suas ideias religiosas ocorrem à revelia dos ensinamentos espíritas, além da defesa de vários dogmas e práticas que contrariam frontalmente a Ciência Espírita e sua correspondente lógica.<br />
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Chico Xavier e Divaldo Franco tiveram origem arrivista, começaram com pastiches e plágios literários e defendem posições ideológicas bastante reacionárias. Chico Xavier mostrou indícios de valores machistas, racistas e até anti-semitistas em suas obras, além de defender abertamente que os sofredores devam suportar calados suas desgraças, sem reclamar para outras pessoas. E ainda defendeu a ditadura militar.<br />
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Divaldo Franco, por sua vez, andou defendendo posturas e procedimentos que acabaram derrubando sua fama de "sábio, pacifista, humanista e altruísta" de uma só vez, através de ocorrências e atividades recentes.<br />
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Primeiro, Divaldo derrubou a imagem de "sábio" ao difundir de maneira ainda mais confusa a já ridícula tese das "crianças-índigo", além de contrariar os ensinamentos espíritas tentando determinar datas para progressos profundos na humanidade. Sem falar que não é missão de um sábio autêntico a pretensão de ter respostas prontas para tudo, o que desqualifica a série Divaldo Responde. Um sábio geralmente tem mais questões do que respostas para temas específicos.<br />
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Divaldo derrubou a imagem de "pacifista" quando acusou de terem sido "tiranos colonizadores" os refugiados do Oriente Médio, juízo de valor dado numa entrevista à imprensa portuguesa após o fim de um "congresso espírita" na França, em dezembro de 2016. Isso porque os pobres dos refugiados estavam fugindo de países em guerra, com muita dificuldade, alguns morrendo no meio do caminho, e queriam viver em paz em algum país europeu, ainda que sob condições bastante modestas.<br />
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Divaldo derrubou a imagem de "humanista", quando ofereceu o Você e a Paz para homenagear uma figura desumana como João Dória Jr. - capaz de reprimir usuários de drogas com violência policial e de mandar jogar jatos de água para acordar moradores de rua, humilhando-os e causando risco de doenças devido ao choque térmico - e o permitiu lançar oficialmente a "farinata" ou "ração humana", que nutricionistas definiram como "ofensa à dignidade humana".<br />
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Divaldo derrubou a imagem de "altruísta", quando, em recente entrevista num "congresso espírita" em Goiânia, condenou a ideologia de gênero, definindo-a como uma "imoralidade ímpar" e defendeu o juiz Sérgio Moro, chamando-o de "presidente da República de Curitiba" por "desnudar a hipocrisia", agindo ao arrepio do Direito e da Constituição Federal, e investindo em práticas truculentas como a condução coercitiva para depoimentos na Polícia Federal.<br />
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Há muitos pontos sombrios a mais dos "médiuns espíritas" que dariam grossos volumes de livros. E nem a "caridade", desculpa usada para atenuar a culpa dos "médiuns", tem o mérito que atribuem: ela nunca trouxe efeitos sociais profundos nem definitivos, e a grandeza com que se atribuem os "médiuns" e seu poder de influência na sociedade sugere que o Brasil teria atingido níveis escandinavos de qualidade de vida, se essa "caridade" realmente funcionasse.<br />
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Com base nos alertas de Herculano Pires, a "caridade espírita" é só uma desculpa para os "médiuns" fazerem o que quiserem com o Espiritismo, blindados por esse pretexto. Mas essa "caridade" é aceita sem provas consistentes de seus resultados, que, em verdade, são ínfimos, porque o Brasil nunca saiu de sua situação subdesenvolvida e miserável de maneira definitiva.<br />
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Como deturpadores do Espiritismo, os "médiuns espíritas" têm mais que ser questionados, contestados e até repudiados, como traidores dos ensinamentos originais de Kardec. São traidores do Espiritismo não porque eram espíritas autênticos, mas porque estão associados a um compromisso que disseram assumir e nunca cumpriram de maneira honesta e coerente.<br />
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Nem a caridade pode ser usada para atenuar esses erros e abafar críticas. Pelo contrário, essa caridade fajuta dos "médiuns espíritas" serve mais para promoção pessoal, e isso se torna ainda mais deplorável, porque usar a caridade para esconder outros erros é ainda mais criminoso e mostra o cinismo com que agem os deturpadores do Espiritismo, que se apoiam em qualquer desculpa ou pretexto para continuar ao mesmo tempo traindo Kardec e se autoproclamando seus herdeiros. Isso é lamentável.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-66971532854900437292018-02-27T07:00:00.000-03:002018-02-27T07:00:18.851-03:00"Memória curta", jeitinho brasileiro e fábrica de consenso beneficiaram "médiuns espíritas"<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv9qbEGFcdHbCrY9NRJ0FWX3XLUXAEksGVhDzkl105DUpR3aBdvknhmqGAq0ggNcxOBi1SIejuYcRbU1iizBOgfeT-_17j3GpVQ969gGt475bDXv36UhNzXh0yNYuN_Li3_MnsiD1Pi_4/s1600/memoria-curta-tesoura-cortando-parte-do-cerebro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="828" data-original-width="928" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv9qbEGFcdHbCrY9NRJ0FWX3XLUXAEksGVhDzkl105DUpR3aBdvknhmqGAq0ggNcxOBi1SIejuYcRbU1iizBOgfeT-_17j3GpVQ969gGt475bDXv36UhNzXh0yNYuN_Li3_MnsiD1Pi_4/s400/memoria-curta-tesoura-cortando-parte-do-cerebro.jpg" width="400" /></a></div>
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É muito perigoso o ato de manipular o discurso, transformando pessoas traiçoeiras ou levianas em pretensas unanimidades, produzindo uma narrativa que é coerente na aparência e que só apaga os fatos originais sombrios da vida de alguém, promovendo sua imagem à semelhança de um mocinho de contos de fadas, forçando a unanimidade e o consenso popular.<br />
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A combinação de "memória curta", do jeitinho brasileiro e das técnicas de fabricação de consenso na opinião pública protegem os "médiuns espíritas", divulgadores de um suposto espiritismo deturpado e igrejeiro. A blindagem foi tanta que havia a esperança de recuperação doutrinária dos postulados espíritas originais sob a liderança dos próprios deturpadores, como a eterna esperança de que somente as raposas têm a missão de reconstruir o galinheiro que destruíram.<br />
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É muito perigoso isso, porque figuras bastante levianas podem se tornar, em questão de décadas, pretensas unanimidades contra as quais há muita dificuldade de se agir. A ampla aliança de diversos setores da sociedade garante a blindagem e a impunidade e mesmo os piores abusos podem ser justificados por atenuantes ou por outras desculpas, mesmo que seja sob o preço de sacrificar a ética, a lógica, o bom senso e a moral.<br />
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Isso fez com que o "espiritismo" brasileiro se transformasse num grande nó de marinheiro, difícil de ser desamarrado. Não foi por falta de empenho, pois, desde os primórdios do "movimento espírita" se combateu os germes do igrejismo roustanguista, que atualmente persiste sob o disfarce de "kardecismo autêntico", uma farsa que mais parece um confuso "roustanguismo com Kardec".<br />
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Desde as ações de Afonso Angeli Torteroli, há cem anos, se combateu o igrejismo no "movimento espírita". Infelizmente, o igrejismo prevaleceu, a ponto do contemporâneo de Torteroli, Adolfo Bezerra de Menezes, o "dr. Bezerra", ter hoje uma biografia adocicada, quase um conto de fadas.<br />
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Isso é lamentável, se considerarmos que mesmo figuras admiráveis que viveram na mesma época que Bezerra, como os escritores Machado de Assis, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, também têm aspectos sombrios em suas biografias. Bezerra, que teria sido temperamental, corrupto e demagogo, passou para a posteridade quase como se fosse a versão brasileira do Papai Noel (?!).<br />
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OS "MÉDIUNS ESPÍRITAS" E SUA BLINDAGEM<br />
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A maioria das pessoas se esqueceu que os "médiuns espíritas", tão alvos de adoração extrema, a níveis da fascinação obsessiva e da subjugação e movidas pelo perigoso apelo emocional do "bombardeio de amor", são severos deturpadores dos ensinamentos espíritas originais, que foram rebaixados a um mero receituário igrejista de um moralismo conservador e medieval.<br />
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Espécie de "sacerdotes medievais" à paisana, os "médiuns espíritas" são beneficiados por essa tripla estratégia, na qual se combina a memória curta, esquecendo os pontos sombrios que eles tiveram no início da carreira, criando o jeitinho brasileiro de desenvolver um aparato de caridade e amor ao próximo, com um forte tom persuasivo que conseguiu fabricar consenso e pegou muita gente desprevenida.<br />
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As pessoas foram vítimas de pegadinha. Passaram a acreditar em "médiuns espíritas" pela suposta caridade e pela pretensa superioridade moral, fazendo ampliar a deturpação do Espiritismo e levar à ruína o legado trabalhoso de Allan Kardec.<br />
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Essa pegadinha não é difícil de ser diagnosticada, porque os "médiuns espíritas", a partir de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, apresentam muitos pontos sombrios e, no começo da carreira, foram denunciados como oportunistas, usurpadores da Doutrina Espírita e plagiadores e escritores de obras de valor literário muito duvidoso, embora de apelo religioso bastante atraente para muitos.<br />
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Os dois arrivistas cresceram tanto através do jeitinho brasileiro da promoção publicitária da FEB, com a ajuda midiática da TV Tupi e, depois, da Rede Globo de Televisão. Criou-se nos dois deturpadores do Espiritismo uma imagem de pretensos filantropos, criando uma narrativa que chegou ao nível da pieguice e da promoção do culto à personalidade, e que mais parecia enredo de novela do que alguma realidade concreta e objetiva.<br />
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Foi uma publicidade tão engenhosa e tão sofisticada em suas técnicas que, durante anos, muita gente boa passou a acreditar que os "médiuns espíritas" eram pessoas realmente iluminadas e batalhadoras. Alguns, idiotizados, acreditavam que eles só deturparam o Espiritismo por acidente, "empolgados demais" com a origem católica, e que por isso creem tolamente que os próprios "médiuns" deturpadores podem recuperar as bases espíritas originais, o que é impossível.<br />
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Isso fez camuflar os dados sombrios originais. Chico Xavier, um plagiador e pastichador de obras literárias que atuava sob a colaboração de uma equipe de editores e consultores literários, sob a coordenação de Antônio Wantuil de Freitas. Divaldo Franco, um verborrágico mercador das palavras, um palestrante pavoneador a se exibir para ricos e poderosos e que começou as carreiras plagiando livros do já plagiador Chico Xavier.<br />
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A memória curta apagou isso e os dois venderam uma imagem pretensamente adocicada que acobertou esses dados sombrios, que continuaram acontecendo, como se observa em muitas obras e em muitas posições reacionárias que os "médiuns" transmitiam em suas entrevistas. Os dois defendiam ideias medievais que se baseavam na aceitação submissa e masoquista do sofrimento humano, sendo Chico mais explícito com isso, pois ele falava até em "sofrer calado, sem queixumes".<br />
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NEM A CARIDADE SALVA OS "MÉDIUNS ESPÍRITAS"<br />
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Do contrário do que se pensa, os "médiuns espíritas" não têm na caridade seu atenuante. Costuma-se dizer que eles "deturpam, sim, o Espiritismo" ou que "eles são realmente conservadores", mas se argumenta que "pelo menos temos que aceitá-los porque eles praticam a caridade". Só que esse mito de caridade, um dogma transmitido sem provas consistentes, como que uma versão invertida da "corrupção do ex-presidente Lula", não trouxe resultado algum para o Brasil nem para o mundo.<br />
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A "caridade espírita", embora denominada oficialmente Assistência Social, é mero Assistencialismo. A Assistência Social é a caridade que transforma a sociedade a ponto de ameaçar os privilégios abusivos dos mais ricos. Só que o "espiritismo" brasileiro nunca realizou essa transformação. O que o "espiritismo" fez foi Assistencialismo, a "caridade paliativa" que só trouxe efeitos pontuais, superficiais e medíocres, e isso se comprova com fatos que escapam da publicidade "espírita".<br />
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Se essa "caridade" que blinda os "médiuns espíritas" - mais blindados que os políticos do PSDB, denominados "tucanos" - realmente desse certo, o Brasil teria atingido elevados padrões de vida. Isso não tem como escapar.<br />
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Não adianta dizer que "caridade" não é obrigada a trazer qualidade de vida, como enrolam, em confusas desculpas, os seguidores dos "médiuns" que, sob o pretexto de desvincular política e religião, veem "progresso" na "caridade espírita" até quando o Brasil mostra piora nos quadros de pobreza e miséria.<br />
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Outro dado a considerar é que a "maior caridade" de Chico Xavier foi, na verdade, um ato de crueldade e leviandade. As "cartas mediúnicas", atribuídas aos parentes mortos de pessoas comuns, revelaram uma série de irregularidades: fraudes psicográficas, exploração leviana das tragédias familiares, estímulo ao sensacionalismo midiático, espetacularização da perda dos entes queridos, promoção pessoal do "médium", catarse emocional a níveis de morbidez e obsessão pelos mortos.<br />
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Os "médiuns espíritas" também estão associados a juízos de valor perversos contra pessoas humildes, um dado a ser levado em conta devido à imagem de pretensa humildade associada a esses ídolos religiosos.<br />
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Chico Xavier, em 1966, acusou as vítimas do incêndio no Gran Circo Norte-Americano, em Niterói, no final de 1961, de terem sido "gauleses sanguinários" no século II. Por acusação semelhante, em 2009, o médico e "médium" Woyne Figner Sacchetin, que acusou as vítimas do acidente com um avião da TAM em 2007 de terem sido "gauleses sanguinários" no século II, foi processado por danos morais e teve que retirar o livro que contém essa acusação das livrarias.<br />
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Em ambos os casos, os "médiuns" tentaram atribuir o dedo acusatório a espíritos desencarnados. No caso de Chico Xavier, através do livro <i>Cartas & Crônicas</i>, de 1966, atribuiu a sórdida acusação ao espírito de Irmão X, um pseudônimo que Chico arrumou para manter sua apropriação do nome do escritor maranhense Humberto de Campos. Woyne, no livro <i>O Voo da Esperança</i>, de 2009, fez a mesma atribuição com o nome do "pai da Aviação" Alberto Santos Dumont.<br />
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Divaldo Franco fez acusações igualmente severas contra refugiados do Oriente Médio. Numa entrevista dada a um veículo de imprensa português após o fim de um evento "espírita" na Espanha, acusou os refugiados de terem sido "colonizadores sanguinários", o que se subentende que Divaldo se sente horrorizado em ver pessoas saindo de países como a Síria e a Nigéria para viverem na Itália em busca de paz.<br />
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Divaldo, com isso, contradiz sua fama de "pacifista", como contradisse sua fama de "humanista" apoiando um estranho composto alimentar do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., justamente no evento Você e a Paz. O alimento foi considerado por várias entidades ligadas aos movimentos sociais (que envolvem gente humilde) uma "ofensa à dignidade humana". O composto, chamado de "farinata" ou "ração humana", foi descartado por Dória após repercussão negativa.<br />
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Com esses aspectos sombrios, não há como usar a "caridade" como atenuante para as irregularidades dos "médiuns espíritas", erros tão graves para serem compensados por filantropias tão frouxas e tão tendenciosas. Ainda mais se observarmos que os locais "protegidos" pelos "médiuns", como Uberaba e o bairro de Pau da Lima, em Salvador, são cenários de muita violência e miséria extrema. Chega de tanta carteirada blindando os "médiuns espíritas"!Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-7166382847493494002018-02-26T07:00:00.000-03:002018-02-26T07:00:02.933-03:00Caridade: o "Rouba Mas Faz" do "movimento espírita"?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpTZrOTyZFm1AM_VCtH0KTm2B5IvuC7dsx4y8F5JKrga5_afuAY5so59KqZOA8N5sSVX46DbKx0E-DbYOcmRW_Tsb1GkqAE24YHp04hfUv6HlEumsNRXZMKnLrKHnt-KfYoeRJGTtlRIs/s1600/palestrante-espirita-fazendo-carteirada-filantropica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="528" data-original-width="944" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpTZrOTyZFm1AM_VCtH0KTm2B5IvuC7dsx4y8F5JKrga5_afuAY5so59KqZOA8N5sSVX46DbKx0E-DbYOcmRW_Tsb1GkqAE24YHp04hfUv6HlEumsNRXZMKnLrKHnt-KfYoeRJGTtlRIs/s400/palestrante-espirita-fazendo-carteirada-filantropica.jpg" width="400" /></a></div>
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Virou clichê dizer que os "médiuns" do "movimento espírita" deturpam o legado de Allan Kardec com desvios doutrinários sérios, suas obras "mediúnicas" apresentam irregularidades nos aspectos pessoais atribuídos aos mortos e, além disso, há a defesa de ideais moralistas bem conservadores, mas há o tal atenuante da "caridade".<br />
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A "caridade" virou uma desculpa para relativizar os "médiuns espíritas" de qualquer coisa. Alegações de "bondade verdadeira" ou "caridade genuína" são ditas de maneira vaga, sem provas. E isso blinda Francisco Cândido Xavier, Divaldo Franco e similares, fazendo com que o "médium espírita" fosse mais blindado do que os tucanos, como são conhecidos os sortudos políticos do PSDB.<br />
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Esse é um problema do senso comum nos últimos anos. Assim como se fala que o ex-presidente Lula "roubou os brasileiros", assim de maneira vaga, sem base em provas e pela catarse emocional, fala-se que Chico Xavier e Divaldo Franco "praticam caridade", sem perceber se realmente essas ações trazem resultados profundos e definitivos.<br />
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Na verdade, ambas as alegações, nos dois casos sem provas consistentes e baseadas apenas nos impulsos emocionais, mostram o problema dos brasileiros, em julgar a realidade com o próprio umbigo sem perceber se os supostos fatos alegados são verídicos ou não. Ter verossimilhança, ou seja, parecer-se com a verdade, não significa que seja realmente a verdade.<br />
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MITO DE "CARIDADE" FOI "FABRICADO" PELA MÍDIA. CASO LUCIANO HUCK EXPLICA<br />
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Não há motivo para usar a "caridade" como suposto atenuante para os "médiuns espíritas", acusados de fraudes psicográficas, deturpação doutrinária e ter opiniões reacionárias sobre muitos aspectos da vida social e política do Brasil.<br />
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Primeiro, pela grandeza com que os "espíritas" atribuem aos ídolos Chico e Divaldo, era para essa suposta caridade apresentar resultados REALMENTE concretos, transformadores e definitivos. Desculpas como "eles não têm tantos recursos assim e fazem por onde" não procedem, porque eles são suficientemente adorados pelas elites o que, em tese, garantiria grandes investimentos e resultados até mesmo imediatos de progresso social amplo e surpreendente.<br />
<br />
Mas nada disso aconteceu. Pior. Lugares "protegidos" pelos "médiuns", como Uberaba, em Minas Gerais, Abadiânia, em Goiás e o bairro de Pau da Lima em Salvador, na Bahia, sofrem problemas de miséria e violência. Até pioraram nos últimos anos, e não foi desprezo aos "ensinamentos" dos "médiuns", muito pelo contrário. Eles são valorizados até o extremo dos extremos, e mesmo assim ocorrem crimes e miséria que fazem desses lugares verdadeiros umbrais terrenos.<br />
<br />
O mito de "caridade" dos "médiuns espíritas", para quem não sabe, foi plantado pela mídia. É um modelo conservador de ajuda ao próximo: uma sutil lógica de cativeiro de pobres e doentes, sem que haja uma ruptura no sistema de hierarquias sociais nem ameace os privilégios dos mais ricos.<br />
<br />
Muita gente faz ouvidos de mercador e quer endeusar os "médiuns espíritas" por uma suposta caridade que não traz efeitos sociais expressivos. A "ajuda a muita gente" é um mito transmitido de forma vaga, como um boato solto por aí. Não há provas, não há dados precisos nem consistentes, e há idiotas que, quando falam que "as provas estão aí", apontam para o "médium", deixando claro que setores da sociedade medem a "filantropia" não pelos resultados conquistados, mas pelo prestígio religioso do suposto benfeitor.<br />
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Recentemente, temos a Rede Globo desenvolvendo uma imagem pretensamente filantrópica do apresentador Luciano Huck, que originalmente havia sido um colunista televisivo de jovens ricos e um grande divulgador do "funk" no Brasil. Ultimamente se falou que Huck se tornaria candidato à Presidência da República, mas o apresentador do Caldeirão do Huck desistiu, há cerca de uma semana.<br />
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Pois o que a Globo faz com Luciano Huck ela havia complementado com Chico e Divaldo. Os mitos "filantrópicos" dos dois foram uma invenção conjunta da FEB com os Diários Associados, como meio para abafar acusações de fraudes mediúnicas. A ideia é criar um discurso, com uma insistência hipnótica (lembrando a frase do lamentável publicitário nazista, Joseph Goebbels, de que uma "mentira reproduzida mil vezes se torna verdade") que faça todo mundo acreditar na falácia exibida.<br />
<br />
Ações supostamente filantrópicas expressas em espetáculos comemorativos de instituições "espíritas" revelam isso. Pobres e doentes que, em geral, nunca são assistidos passam a comparecer, poucas vezes por ano, em festas "filantrópicas" bastante ostensivas, que ocorrem raras vezes ao ano e são feitas mais como propaganda dessas instituições e dos respectivos "médiuns".<br />
<br />
Atividades filantrópicas são poucas e medíocres e, em muitos casos, servem mais para captar dinheiro público para os "espíritas" - cujas instituições são registradas como "instituições filantrópicas", portanto, sendo livres de pagar impostos - , não raro havendo superfaturamento. E isso sem falar de que tais instituições exercem o culto à personalidade, com a propaganda exacerbada do respectivo "médium" e suposto benfeitor de cada instituição.<br />
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A "caridade" é trabalhada como enredo de novela. A "dedicação ao próximo" segue os clichês do paternalismo religioso e conservador. Essa "caridade" é espetacularizada, dotada de uma mistificação e mitificação piegas. Mais uma peça de <i>marketing</i> do que uma realidade. É uma ajuda ao próximo de baixíssimos resultados, não por falta de recursos, mas porque o "espiritismo" brasileiro, que prega a Teologia do Sofrimento, não se interessa mesmo em ir longe e fundo nas ações filantrópicas.<br />
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PROMOÇÃO PESSOAL DO "BENFEITOR"<br />
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O que se deve chamar a atenção é que a "caridade" acaba servindo não só para a promoção pessoal dos "médiuns", mas também como "carteirada religiosa". Daí as alegações de que os "médiuns" de fato "deturpam o Espiritismo, mas pelo menos praticam a verdadeira (sic) bondade". Isso permite deixar a deturpação como está, pois a "filantropia" acaba permitindo todo tipo de abuso.<br />
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Nos anos 1970, o jornalista José Herculano Pires, autoridade do Espiritismo autêntico no Brasil, declarou, em carta para um amigo, fez um comentário sobre Divaldo que chocaria muitos que estão acostumados com a imagem glamourizada do anti-médium baiano:<br />
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<i>"Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); CONDUTA CONDENÁVEL NO TERRENO DA CARIDADE, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita".</i><br />
<i><br /></i>
O trecho destacado por nós revela o motivo que devemos questionar a "caridade" dos "médiuns espíritas", porque ela é um artifício para os "médiuns" esconderem seus defeitos e suas irregularidades, não obstante muito graves. A "caridade" não deveria ser usada como "moeda" para calar a boca dos que questionam os desvios doutrinários e mediúnicos desses ídolos "espíritas". Mas, infelizmente, é usada e abusada.<br />
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ROUBA MAS FAZ E A "CARIDADE" COMO CRIME ELEITORAL<br />
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A analogia da complacência social com os "médiuns espíritas" com o mito do "Rouba Mas Faz" de certos políticos - o termo foi usado para favorecer governantes, no passado, como os paulistas Adhemar de Barros e Paulo Maluf e o baiano Antônio Carlos Magalhães - é certeira.<br />
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Esse mito se deu para garantir a mesma blindagem. Era um meio de dizer que, embora os políticos referentes fossem personalidades marcadas pela corrupção, eram aceitas por causa de realizações consideradas pomposas ou paliativas, como construção de viadutos, embelezamento de praças e programas paliativos de fornecimento de merenda escolar.<br />
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Recentemente, a Lei Eleitoral estabeleceu crime eleitoral a doação de cestas básicas ou outras vantagens em troca de votos. Isso significa que supostos atos de "caridade" feitos por motivos tendenciosos são considerados crimes, mas infelizmente são medidas similares que protegem os deturpadores do Espiritismo, que, protegidos pelo "escudo filantrópico", acabam abafando as críticas aos erros graves que eles cometem, como a traição ao legado original de Allan Kardec.<br />
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A "caridade espírita" tornou-se, então, o "Rouba Mas Faz" do "movimento espírita", porque protege até mesmo as psicografias <i>fake</i>, aquelas que nem de longe lembram as personalidades originais dos autores mortos alegados. Isso é terrível, e a complacência das pessoas acaba se tornando um consentimento muito criminoso.<br />
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É fácil um escrevinhador dotado de muita esperteza se passar por um morto, usar o nome de, digamos, da cantora irlandesa da banda Cranberries, Dolores O'Riordan, escrevendo em português bem brasileiro e supondo que o Brasil irá comandar o mundo na próxima década. Ou então um suposto médium que, usando o nome de Marisa Letícia Lula da Silva, apelar para quem for cristão evitar votar em Lula para prevenir de "muitos dessabores" para o país.<br />
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Basta ter uma casa e jogar uns pobres e doentes dentro, e criar um projeto assistencial medíocre, embora anunciado enganosamente como "transformador". Se até mesmo em casos como Chico Xavier e Divaldo Franco, vemos irregularidade em tudo, da mediunidade à filantropia, imagine então os mais recentes aventureiros dessa "pseudografia" que pegam os mortos da moda para inventarem mensagens igrejeiras supostamente "em nome do pão dos pobres".<br />
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Devemos questionar até mesmo a suposta caridade dos "médiuns espíritas". Sabe-se que as "cartas mediúnicas" de Chico Xavier não foram caridade, mas perversidade, num processo traiçoeiro que combinou fraudes psicográficas, exploração das tragédias familiares e promoção de sensacionalismo na grande mídia, além da própria promoção pessoal do "médium".<br />
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É hora de parar de usar a "caridade" para atenuar os erros dos "médiuns espíritas", que devem ser repudiados com muita firmeza, até porque eles se escondem no "véu da caridade" para evitar serem profundamente questionados e para manter o poder que eles têm como ídolos religiosos, que lhe garantem privilégios exorbitantes na sociedade, se não financeiros, mas, ao menos, de dominar as massas populares com um igrejismo medieval e ultraconservador.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-71801443657853801752018-02-25T07:00:00.000-03:002018-02-25T07:00:50.750-03:00Carlos Bacelli teria inventado que Chico Xavier foi examinado pela NASA<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEU4_Nj1oWEVmZy-2uQVbJmHMG-IfQNAH30n6RmlvjRQqDHW58xXEIWY3XCRERh97jqmE2b_qDALPMsAnlkoc7mcjNNAcaPcM1kdeFJ_bXBK4K3xN8115sSvVnl_tBlac6c8DOiT0LZKw/s1600/chico-xavier-francisco-candido-xavier-sob-paisagem-cosmica-montagem-com-base-em-imagem-do-programa-pinga-fogo-de-1971.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="600" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEU4_Nj1oWEVmZy-2uQVbJmHMG-IfQNAH30n6RmlvjRQqDHW58xXEIWY3XCRERh97jqmE2b_qDALPMsAnlkoc7mcjNNAcaPcM1kdeFJ_bXBK4K3xN8115sSvVnl_tBlac6c8DOiT0LZKw/s400/chico-xavier-francisco-candido-xavier-sob-paisagem-cosmica-montagem-com-base-em-imagem-do-programa-pinga-fogo-de-1971.jpg" width="400" /></a></div>
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Embora tão reacionário quando os "espíritas" igrejeiros, o analista Francisco Amado, espécie de "Olavo de Carvalho" da crítica espírita, publicou este texto questionando o rumor de que o "médium" Francisco Cândido Xavier teria sido examinado pela NASA, agência espacial dos EUA, com o objetivo de estudar a sua aura.<br />
<br />
O rumor foi divulgado vagamente, como um boato espalhado visando o carisma do "médium", e indícios mostram que teria sido o amigo Carlos Baccelli que teria plantado a notícia, falando de um suposto "Paul Hilde" que nunca teria existido.<br />
<br />
A tese é tão ridícula quanto atribuir como "comprovação" da "profecia" de Chico Xavier (atribuída a 1969), episódios ufológicos ocorridos em 1964 e 1967 em bases estadunidenses. Como uma profecia pode comprovar um fato ocorrido antes da mesma? Vamos ao texto abaixo:<br />
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<i>NASA ESTUDA A AURA DE CHICO XAVIER (LENDA URBANA)</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por Francisco Amado - Rede Amigo Espírita e República dos Espíritos</i><br />
<i><br /></i>
<i>Em uma pesquisa para saber que foi, quando foi, como foi e onde foi feito a pesquisa</i><br />
<i>sobre a aura de mais de 10 metros atribuída a Chico xavier.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Encontramos apenas um relato que diz que em um encontro anônimo, onde não é citado ano, nem mês muito menos dia.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Um dia um engenheiro da Nasa, usando de aparelhos sofisticados, examinou a aura de Chico Xavier e ficou impressionado, porque detectou irradiação num raio de 10 metros do corpo físico dele.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mais adiante encontramos uma data que não se sabe ,qual é origem e fonte.</i><br />
<i>Em experiências realizadas pela NASA, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil, em 1978, o Engenheiro Paul Hild constatou que a aura de Francisco Cândido Xavier era sentida num raio de dez metros, enquanto a de outros médiuns pesquisados se ficou por alguns centímetros?”</i><br />
<i><br /></i>
<i>O curioso é que um fato revelador deste, teve apenas uma pequena divulgação em jornais espíritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Agora outra questão que passa desapercebida e que J. Herculano Pires, jamais falou de tal assunto em seus livros, onde sempre citava pesquisas e pesquisadores da ciência.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Já Sheila Ostrander e Lynn Schroeder contam em seu livro “Experiências Psíquicas além da Cortina de Ferro”</i><br />
<i><br /></i>
<i>Que no fim do ano de 1939, uma comissão de cientistas russos convidou Francisco Cândido Xavier para ir à Rússia por 6 meses, para se submeter a vários testes relacionados com seus “poderes“.</i><br />
<i>Para isso, além da viagem, pagar-lhe-iam a quantia de trezentos contos de réis, soma que daria, na época, para pagar a construção de 50 casas populares!</i><br />
<i>Chico sentiu-se tentado. Estava quase aceitando quando Emmanuel apareceu e lhe disse: - Se queres ir podes, eu fico!</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bem fazendo uma pesquisa sobre Paul Hilde não encontramos absolutamente nada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Indo direto na fonte ou seja a NASA também lá nada consta sobre o misterioso Paul Hilde que veio no anonimato fazer tal pesquisa, que ficou em segredo e rodeada de mistérios.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Fico sem saber os materiais e os métodos usados, onde foi realizada a experiência, quais os fundamentos teóricos suportados pela ciência em que se baseia e muito seriamente, se este senhor existe sequer.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Sim por que a duvida sobre a existência de misterioso Paul Hilde?</i><br />
<i>Ao pesquisar "Engenheiro americano Paul Hilde" no Wikipedia inglês este é o resultado</i><br />
<i>.</i><br />
<i>There were no results matching the query.</i><br />
<i>Não houve resultados correspondentes a consulta.</i><br />
<i><br /></i>
<i>You may create the page "O Engenheiro americano Paul Hilde", but consider checking the search results below to see whether it is already covered.</i><br />
<i>Você pode criar a página "O Engenheiro americano Paul Hilde", mas considere verificar os resultados de pesquisa abaixo para ver se ele já está coberto.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ao pesquisar Paul Hilde no google a única coisa que aparece são resultados do facebook.</i><br />
<i>Paul Hilde é um fã de: TV Shows Programas de TV</i><br />
<i>Beavis & Butthead Beavis & Butthead</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mais uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos e que é conhecida como LENDA.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A questão que deveria ser tratada sem sentimentalismo por quem diz que é ESPIRITA e a seguinte.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O QUE ESTA POR TRÁS DESSAS INFORMAÇÕES.</i><br />
<i>1º Chico foi Kardec</i><br />
<i>.</i><br />
<i>2º Nasa pesquisou Chico</i><br />
<i>.</i><br />
<i>3º As duas informações duvidosa tem a mesma GÊNESE o ILUSTRÍSSIMO Sr Carlos Bacceli</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois de postar estes questionamentos em uma comunidade do Orkut o pessoal teve um piripak pois, a maioria não compreendeu que o objetivo da critica não era direcionado ao Chico Xavier.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O alvo da critica é a informação e o informante pois, não se encontra nem um dado da existência deste engenheiro Paul Hilde.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas, como no meio espírita é um sacrilégio duvidar de qualquer obra mediúnica se colocar o nome Francisco Candido Xavier então, é motivo para ser excomungado, com agravantes de perda de bônus-hora isto se não te transformarem em um ovóide.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-84313488215294188922018-02-24T07:00:00.000-03:002018-02-24T07:00:38.494-03:00Sônia Abraão é condenada pela Justiça por alegar que menina era um "espírito desencarnado"<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZtVMQq6prMWK-rkfUPjQXRLeIlWzsVXTPyAjSbJW4MRn9lRJTbFrVVwDRDLiUap93qnr8Q9l23cO0D48S9r5gG3A5f1DmrOb2pp8-q237ceAQn4b_aGVcPvBe78PgjYM6Ktv-lBYHJ1s/s1600/sonia-abrao-e-a-foto-da-menina-tida-como-fantasma.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="669" data-original-width="1004" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZtVMQq6prMWK-rkfUPjQXRLeIlWzsVXTPyAjSbJW4MRn9lRJTbFrVVwDRDLiUap93qnr8Q9l23cO0D48S9r5gG3A5f1DmrOb2pp8-q237ceAQn4b_aGVcPvBe78PgjYM6Ktv-lBYHJ1s/s400/sonia-abrao-e-a-foto-da-menina-tida-como-fantasma.png" width="400" /></a></div>
<br />
A apresentadora Sônia Abrão e a emissora Rede TV! foram condenadas a indenização, por danos morais, devido a um quadro veiculado no programa A Tarde é Sua, em 2013. No programa, Sônia recebia a suposta médium Márcia Fernandes, convidada para analisar fotos em que supostamente aparecem "fantasmas".<br />
<br />
Uma das fotos mostrava a menina, então com 13 anos, Luana da Conceição Sousa, junto a familiares. A imagem da menina aparece borrada e Márcia Fernandes alegou ser um "fantasma", fazendo comentários bastante agressivos atribuindo a imagem a um "fantasma assustador". As duas faziam comentários alegando que a imagem "era apavorante" e isso constrangeu a menina.<br />
<br />
Luana passou a receber gozações violentas na escola e ser humilhada por ser tida como "menina-fantasma". Chamaram ela de "bruxa", "espírito" e "encosto". Traumatizada, Luana foi levada pelos pais para tratamento psicológico, abalada pela situação vexatória e humilhante que sofreu. A veiculação da imagem em rede nacional aumentou ainda mais os efeitos do dano moral.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip4ryonOvTJzERBCCD2642InxCKOs7qAnYXIp5ugwc9SIjppT0ovjLMG0nRxf-H_q_ReEzU1gmtTbMHjHoJllW6beda2wFw4oe3BAm_7-hd5M5ejjEV18sGeFip5sfThAAyCPDVBEhQ1A/s1600/a-tarde-e-sua-suposta-medium-marcia-fernandes-cita-tabua-ouija.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip4ryonOvTJzERBCCD2642InxCKOs7qAnYXIp5ugwc9SIjppT0ovjLMG0nRxf-H_q_ReEzU1gmtTbMHjHoJllW6beda2wFw4oe3BAm_7-hd5M5ejjEV18sGeFip5sfThAAyCPDVBEhQ1A/s400/a-tarde-e-sua-suposta-medium-marcia-fernandes-cita-tabua-ouija.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
A juíza da 39ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Paula do Nascimento Barros Gonzalez Teles, acatou a ação judicial dos familiares de Luana e determinou que Sônia e a Rede TV! pagassem uma indenização de R$ 30 mil a Luana e R$ 15 mil a cada familiar responsável pela ação judicial. Sônia Abrão também foi intimada a fazer retratação, o que foi feito no programa de 19 de fevereiro de 2018, acessível pelo link trazido por mensagem no Twitter:<br />
<br />
<i>Sônia Abrão condenada a pagar processo por ter informado q uma imagem distorcida numa foto era um espírito (confirmado pela sensitiva Márcia Fernandes) e a menina está mais viva do q eu e vc q está lendo, com direito a pedido formal de desculpas no programa <a href="https://twitter.com/hashtag/ATarde%C3%89Sua?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw" target="_blank">#ATardeÉSua</a> <a href="http://pic.twitter.com/aCCKSDRtv2">pic.twitter.com/aCCKSDRtv2</a></i><br />
<i><br /></i>
<i>— Brun (@Paixaobrunosou) 19 de fevereiro de 2018</i><br />
<i><br /></i>
NEM TUDO É "IMPRESSÃO MEDIÚNICA"<br />
<br />
É muito comum os "espíritas" falarem que "todos somos médiuns" e que toda imagem que parece um espectro é necessariamente de um espírito. Nem tudo isso ocorre. Podemos sofrer truques visuais como imagens desfocadas de pessoas, por causa da qualidade da câmera fotográfica ou por problemas de foco no manejo da mesma.<br />
<br />
Da mesma maneira, há também a <i>pareidolia</i>, que é a vista de um objeto qualquer que apresenta ideias diferentes, como a combinação de sombras ou de formatos de objetos que podem sugerir, falsamente, uma aparição espiritual. Em muitos casos, a correria cotidiana faz as pessoas verem objetos que lembram aparições de espíritos, numa ligeira e falsa impressão.<br />
<br />
Infelizmente, as "casas espíritas" tentam alegar que essas aparições "de fato existem" e tentam interpretar as pareidolias desse tipo - quando a ilusão visual sugere falsos espectros - como se fossem "aparições espirituais autênticas", como se cada pareidolia fosse um indício de "presença espiritual" de alguém. Mas não é, pois, nesses casos, foi apenas uma ilusão de ótica.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-88592596274608064652018-02-23T07:00:00.000-03:002018-02-23T07:00:23.256-03:00Divaldo Franco manifestou posições reacionárias em "congresso espírita" de Goiânia<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnROTO4BTSbx9SRRzvlshy8juIP4lTS0KS4IamSXjrcLOdO7RHXLUdPogXZqrn8PmI2QsNuly7pFiP0aqYgBP012OFDNDNuO7Ys9pPQLuk78PNc4Y1fpzLZ9y0q1uB5X-a1dfDIzp72iw/s1600/divaldo-franco-divaldo-pereira-franco-terceiro-congresso-espirita-de-goiania-13-fevereiro-de-2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="848" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnROTO4BTSbx9SRRzvlshy8juIP4lTS0KS4IamSXjrcLOdO7RHXLUdPogXZqrn8PmI2QsNuly7pFiP0aqYgBP012OFDNDNuO7Ys9pPQLuk78PNc4Y1fpzLZ9y0q1uB5X-a1dfDIzp72iw/s400/divaldo-franco-divaldo-pereira-franco-terceiro-congresso-espirita-de-goiania-13-fevereiro-de-2018.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Reproduzimos o depoimento do "médium" Divaldo Pereira Franco, durante o 3º Congresso Espírita (sic) de Goiânia, no qual ele e o juiz e "palestrante espírita" Haroldo Dias Dutra - que trabalha no Tribunal de Justiça de Minas Gerais - foram os principais convidados.<br />
<br />
O depoimento é chocante, para aqueles que viam em Divaldo a figura melíflua e progressista que ele nunca foi, e comprovam os avisos, de quatro décadas atrás, do autêntico espírita Herculano Pires sobre a "carreira sombria" do anti-médium baiano, suposto líder pacifista que acha que um simples malabarismo de palavras rebuscadas fosse capaz de encerrar as guerras na Terra.<br />
<br />
O depoimento abaixo, comparável ao que o próprio Francisco Cândido Xavier deu ao programa Pinga Fogo - a propósito, o programa é citado, jocosamente, por uma pessoa no congresso de Goiânia - em 1971, é de uma sinceridade que não pode ser revertida pelo <i>wishful thinking</i> que muitos deslumbrados até pouco tempo mantinham.<br />
<br />
Vale lembrar que não se pode fazer "Fla X Flu" entre Chico Xavier e Divaldo Franco, porque ambos sempre foram figuras conservadoras e até reacionárias. Não há como dizer que um era reacionário e outro, progressista. Não há como uns dizerem "ah, mas Chico Xavier pelo menos não diria isso" ou, vendo o Pinga Fogo, "ah, mas pelo menos Divaldo, mais intelectual, seria progressista". Sem essa!<br />
<br />
Lembremos que Chico Xavier também havia sido homofóbico, pois em 1969 ele havia comentado sobre o homossexualismo e atribuiu a essa postura humana um estado de "confusão mental". Recentemente, o "Correio Espírita", de Niterói, também adotou uma postura homofóbica, alegando que Deus ofereceu as condições biológicas para determinada sexualidade.<br />
<br />
O depoimento está todo reproduzido abaixo, com um eventual deslize de concordância e pequenos equívocos de linguagem, e parêntesis indicando o momento em que Divaldo foi aplaudido por suas posturas. Ele adota posturas firmemente homofóbicas, reprova radicalmente o "aborto" e elogia o juiz Sérgio Moro, de práticas juridicamente duvidosas e feitas ao arrepio do Direito em geral e da Constituição em especial.<br />
<br />
Na ocasião, um jovem chamado Fernando, de 18 anos, perguntou a Divaldo Franco a respeito de ideologia de gênero. Depois da pergunta, alguém citou, rindo, a palavra "Pinga Fogo", talvez aludindo ao programa em que Chico Xavier expressava seu conservadorismo ideológico.<br />
<br />
É bom lembrar que os "espíritas" são muito mais explícitos no seu conservadorismo do que as seitas neopentecostais, embora ambos rejeitem com igual radicalismo o aborto e a ideologia de gênero. Divaldo encerra seu depoimento de maneira grosseiramente irônica, apelando para o francês "jamais" (pronunciado "jamé").<br />
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<i>DEPOIMENTO DE DIVALDO PEREIRA FRANCO SOBRE IDEOLOGIA DE GÊNERO E SÉRGIO MORO</i><br />
<i><br /></i>
<i>Congresso Espírita (sic) de Goiás, 13 de fevereiro de 2018, em Goiânia</i><br />
<i><br /></i>
<i>Fernando, 18 - O que dizer sobre a ideologia de gênero?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Eu diria em frase muito breve, que é um momento de alucinação psicológica da sociedade. (Aplausos) Em uma entrevista que recomendamos, Iraci Campos, do Centro Espírita (sic) Joana de Ângelis, na Barra da Tijuca, entrevistou um nosso aluno a esse respeito, e as respostas como as perguntas, muito bem elaboradas, propiciaram a Haroldo (Dutra Dias) a abordar a questão no ponto de vista legal, moral, espírita e social. Vale a pena, portanto, procurar na Internet, esse encontro de Iraci Campos com Haroldo Dutra. Haroldo disse em síntese, eu peço licença a ele, que se trata de um momento muito grave da cultura social da Terra, e que é naturalmente algo que deveremos examinar em profundidade, mesmo porque nós vamos olhar a criança, graças à sua anatomia, como sendo o tipo ideal. E a criança, nesse período, não tem discernimento sobre o sexo. A tese é profundamente comunista. E ela foi lançada por Marx sob outras condições, que a melhor maneira de submeter um povo não é escravizá-lo economicamente, era escravizá-lo moralmente. Como nós vemos, através de vários recursos que vêm sido aplicado no Brasil nos últimos nove anos, dez, em que o poder central tem feito todo o esforço para tornar-se o padrão de uma sociedade em plena miséria, econômica e moral, porque os exemplos de algumas dessas personalidades são tão aviltante e tão agressivo (sic) que se constítuíram legais, e, porém, nunca morais. Todas essas manifestações que estamos vendo graças à República de Curitiba, cujo presidente é o dr. Moro (aplausos), e deve ser o desnudar da hipocrisia e da criminalidade. Aliás, o Evangelho recomenda que não deveremos provocar escândalo, e o nosso venerando juiz não provocou escândalo, atendeu a uma denúncia muito singela e no entanto levantou o véu que ocultava crimes hediondos, profundos, desvio de dinheiro que poderia acabar no Brasil com a tuberculose, com as enfermidades que vêm atacando recentemente, poderia educar toda a população e dar-lhe o que nossa Constituição exige, trabalho, repouso, dignidade, cidadania. Mas determinados comportamentos de alguns do passado muito próximo estabeleceram o marxismo disfarçado e a corrupção sob qualquer aspecto como princípio ético. A teoria de gênero é para criar, na criança, no futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral. Uma criança não sabe discernir, somente tem curiosidade. No mesmo banheiro, um menino e uma menina irão olhar-se biologicamente, sorrir e perguntar o de que se tratava aquele aparelho genésico, que é desconhecido. Então nós defendemos repudiar de imediato e apelar para aqueles em quem nós votamos e somos responsáveis e gritar para eles que somos contra, totalmente contra, essa imoralidade ímpar. (aplausos) Vão me perdoar uma blasfêmia, agora, para adultos. Os espíritas somos muito omissos. No nome falso e na capa da humildade, achamos que tudo está bem, mas nem tudo está bem. É necessário que nós tenhamos vós. O apóstolo Paulo jamais silenciou ante o crime e a imoralidade, e Jesus, muito menos. Ele deu a César o que era de César, mas não deixou de dar a Deus o que é de Deus. Muitas aberrações nós silenciamos. Afinal, disfarçadamente, vivemos numa república democrática, e os nossos representantes lá chegaram pelo nosso voto. Já está na hora de acabar de votar por uma alpercata japonesa, já está na hora de deixar de votar por causa do emprego que vai dar ao nosso filho, pensarmos na comunidade, numa comunidade justa não faltará emprego para todos, uma sociedade justa, de homens de bem, de mulheres dignas, naturalmente estabelecerá as leis de justiça e de equidade, então nós evitaremos essas aberrações, o aborto provocado, esse crime hediondo, que está sendo tentado tornar-se legal, por mais que seja legal, nunca será moral. Nós somos contra quem aborta por essa ou aquela razão, falamos, em tese, matar é crime, seja qual for a aparente justificativa. E agora, com a tese de gênero, estamos indiferentes e, de momento para outro pela madrugada, os nossos dignos representantes adotam. Falávamos ontem a respeito de cartilhas do Ministério da Educação, depravadas, para corromper as crianças, e que as escolas estão demovendo ao Ministério. Que Ministério da Educação é esse, que estabelece fatos (aplausos) de uma indignidade muito grande. Os pais devem vigiar os livros dos seus filhos, e naturalmente recusarem. Nós temos o direito de recusar. Nós temos o dever de recusar. Vítor Hugo hoje, já nos falava há mais de 150 anos, "o grande pecado é a omissão". E Kardec nos falou que não era nobre apenas o fazer o mal, porque não fazer o bem é um crime muito grande. Então precisamos ser mais audaciosos, espíritas, definidos, termos opinião. A Doutrina nos ensina e, para os jovens, eu direi que há uma ética: liberdade. O sexo é livre. Livre-se (?). Mas ele não tem a liberdade de indignificar a sociedade. Poderemos, sim, exercer o sexo, é uma função do corpo e também da alma, mas com respeito e com a presença do amor. Portanto, à teoria de gênero, 'jamais'".</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-53337440362983492642018-02-22T07:00:00.001-03:002018-02-22T07:00:40.149-03:00Desinformação, cegueira e idolatria no movimento espírita<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcsuEU9HtYhphreWPCbTvQNYgFE9ej5PgB5Spq_mbu5teMOr1zpOodOf_bLqfUj1F4Nl18TUYtp9n82FUlJSJ1ceqECjk3Kf15jeqNSLGGlOeAuM8vlMBaNj3m3YiiBBORMPv85LqrXDU/s1600/divaldo-franco-reacionario-e-cego.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="640" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcsuEU9HtYhphreWPCbTvQNYgFE9ej5PgB5Spq_mbu5teMOr1zpOodOf_bLqfUj1F4Nl18TUYtp9n82FUlJSJ1ceqECjk3Kf15jeqNSLGGlOeAuM8vlMBaNj3m3YiiBBORMPv85LqrXDU/s400/divaldo-franco-reacionario-e-cego.jpg" width="400" /></a></div>
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Felizmente, a mídia de esquerda acordou e as circunstâncias permitem isso. Afinal, tantas pessoas que vestiram a capa de "progressistas" passaram a defender o golpismo político de 2016, de setores do antigo PMDB e partidos satélites, como PP, PR e PTB, ao "movimento espírita", o que cria uma série de desilusões.<br />
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Na boa-fé, as forças progressistas veem seus pretensos aliados se transformarem, gradualmente, em traidores, como o próprio vice-presidente Michel Temer diante do segundo governo Dilma Rousseff. Em 2010, até as esquerdas mais empenhadas acreditavam que Temer seria uma espécie de Juscelino Kubitschek do Século XXI e sua jovem (e bota jovem nisso) esposa Marcela Temer seria símbolo de empoderamento feminino, antes de revelar-se a "bela, recatada e do lar".<br />
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Não há como esconder os fatos e houve muito <i>wishful thinking</i> entre as esquerdas. Por muita boa-fé. No "funk" e no "popular demais", ainda há muita complacência desse tipo, mesmo quando a pretensa "guevariana" Jojo Toddynho decide conhecer Sílvio Santos, empresário e apresentador que, a exemplo de Divaldo Franco, está se revelando cada vez mais reacionário e apoiando aberta e escancaradamente as reformas excludentes do governo Temer.<br />
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Mas até alguém flagrar o DJ Rômulo Costa, da Furacão 2000 - que viveu seus quinze minutos de "amigo da presidenta Dilma" - conversando animadamente com Luciano Huck, os funkeiros serão ainda considerados como uma pretensa "força bolivariana" e a estranha manifestação de 17 de Abril de 2016, o "ápice dos movimentos sociais progressistas no Brasil". Será preciso Rômulo Costa apertar a mão de João Roberto Marinho, um dos donos da Globo, para a realidade vir à tona?<br />
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Pelo menos, a questão do "espiritismo" brasileiro está sendo acolhida pelas esquerdas. Não há como aceitar que a religião difunda conceitos conservadores e fingir que isso é progressismo. Como uma religião que apela para os sofredores aguentarem tudo calados vai dialogar com ideologias que falam em favor da denúncia e do repúdio à opressão humana?<br />
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Segue o texto da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, alertando sobre as posturas reacionárias de Divaldo Franco. Só se deve tomar cuidado para evitar o Fla X Flu de Divaldo e Francisco Cândido Xavier. Afinal, Chico Xavier também foi historicamente um sujeito reacionário, e não é por estar morto que ele possa ser moldado pelo pensamento desejoso de seus seguidores e ser transformado num esquerdista que o "médium" (um misto de Aécio Neves com Luciano Huck no seu tempo) mineiro nunca foi. Vamos ao texto:<br />
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<i>Desinformação, cegueira e idolatria no movimento espírita</i><br />
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<i>Publicado no site da ABPE, Associação Brasileira de Pedagogia Espírita</i><br />
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<i>Em 2007, a Associação Brasileira de Pedagogia Espírita lançou um número isolado do Jornal Mensagem, invocando a herança de Herculano Pires, para fazer uma crítica ao modismo então injetado no movimento espírita sobre as ditas crianças índigo e cristal. Demonstramos então que se tratava de um empreendimento comercial, de uma seita New Age, norte-americana, sem nenhuma base científica e que criava uma discriminação absurda entre as crianças, ao classificar algumas de índigo, outras de cristal e outras que seriam apenas normais.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nessa ocasião, Divaldo Franco [professor, médium, auto intitulado “apóstolo do Espiritismo”] estava lançando um livro sobre o tema – apoiando a moda. Nessa publicação, não mencionamos o nome de Divaldo e nem o seu livro sobre o assunto. Mas sofremos retaliações por causa do jornal, embora ninguém tenha apresentado um único argumento contra os vários que enumeramos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Agora, nesses últimos dias, recebemos na ABPE inúmeras mensagens, pedindo um posicionamento nosso a respeito da entrevista coletiva dada por Divaldo Franco e Haroldo Dutra [juiz de direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, palestrante e youtuber] num congresso em Goiás.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Participamos então de um texto coletivo a respeito e aprofundamos o assunto aqui no blog. Buscamos entretanto exercitar o espírito crítico com respeito humano e o discernimento equilibrado das coisas. Assim, antes de mais nada, temos de declarar que quando discordamos de uma pessoa ou fazemos uma crítica a posições ou ideias ditas por ela, isso não significa desrespeito ao ser humano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A primeira coisa que devemos lamentar e fazer uma objeção firme é em relação à crescente partidarização que Divaldo tem assumido em suas declarações. Na citada entrevista, refere-se à república de Curitiba, comandada pelo “presidente Moro” (sic), “venerando juiz”… No mínimo, ele poderia se questionar como alguém pode ser venerando, se há inúmeras críticas de juristas internacionais e brasileiros quanto à evidente parcialidade e seletividade da “justiça” de Moro e de grande parte do judiciário no Brasil atual.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Como pode uma liderança espírita desconsiderar tudo isso e assumir o discurso da massa de manobra? Lembramos ainda a recente homenagem de Divaldo a João Dória em São Paulo, causando enorme constrangimento a todas as pessoas esclarecidas politicamente, que na ocasião estavam indignadas com a ração humana, que o prefeito estava querendo dar aos moradores de rua.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Sabemos que o país está polarizado. Por isso mesmo, nossas palavras requerem prudência, argumentação e compromisso ético. Ora, em nossa opinião, Divaldo está exercendo sua imensa influência no movimento espírita para fortalecer posições retrógradas, anti-humanitárias e o faz sem qualquer argumentação, sem qualquer aprofundamento nas questões políticas e sociais, mas de maneira superficial, mística e leviana, como fez com a ideia das crianças índigo anos atrás.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Recentemente também saiu um desenho animado calcado numa palestra de Divaldo, em que ele conta uma história absurda em que supostos espíritos judeus e muçulmanos estariam promovendo cruéis obsessões em centros espíritas, semeando a discórdia entre nós, cristãos tão bondosos! Uma ideia discriminatória e falsa. Promove a intolerância religiosa e simplesmente não tem nada a ver. Por que judeus e muçulmanos estariam preocupados conosco? Em suma, uma fantasia de mau gosto.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Outra questão que nos espanta é a maneira como Divaldo, quanto fala sobre a chamada “ideologia de gênero”. E aqui vamos nos deter um pouco mais no assunto, porque não se trata apenas de uma questão política, mas também acadêmica.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Não existe “ideologia de gênero” – este é um termo criado por setores conservadores da Igreja Católica e depois adotado pelas Igrejas Evangélicas, para colocar várias coisas num mesmo saco e torná-las todas abomináveis e ameaçadoras.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Existe sim uma área de pesquisa no mundo que se chama “Estudos de Gênero” – que teve influência de Michel Foucault, Simone de Beauvoir e Judith Buttler, que esteve recentemente no Brasil (e não tinha vindo falar sobre gênero) e quase foi linchada por fanáticos, que certamente jamais leram um livro dela.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pois bem, os “Estudos de Gênero” se dedicam a procurar entender como se constitui a feminilidade e a masculinidade do ponto de vista social, se debruçam sobre questões de orientação sexual, hetero, homo, transsexualidade – ou seja, todos fenômenos humanos, que estão diariamente diante de nossos olhos. Podemos concordar com algumas dessas conclusões, discordar de outras, deixar em suspenso outras tantas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esse olhar é muito recente na história e ainda estamos apalpando questões profundas e complexas – e em nosso ponto de vista espírita, não é possível ter plena compreensão delas sem a chave da reencarnação. Uma abordagem puramente materialista jamais vai dar conta do pleno entendimento do psiquismo humano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas estamos muito longe de ter gente reencarnacionista competente, fazendo pesquisa séria, para dialogar com pesquisadores com abordagens meramente sociológicas ou psicológicas. Então, nós espíritas, não temos ainda melhores respostas que os outros.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas dentro desse universo de questões ligadas a gênero e sexualidade há pontas de um lado e de outro.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por exemplo, uma vantagem trazida por esse discurso contemporâneo é a busca de igualdade de direitos entre homens e mulheres (os Estudos de Gênero nascem com o feminismo e ainda estamos muito distantes de uma igualdade nesse sentido, basta ver os dados em relação à violência contra a mulher no Brasil), o chamado ao respeito à diversidade, ao respeito à dignidade de todos, incluindo os da comunidade LGBT, o entendimento de que todo ser humano tem o direito de exercitar sua sexualidade como bem entender, desde que não violente outro ser humano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Então, de um lado, temos o Papa Francisco que diz “quem sou eu para julgar?” e, do outro, temos líderes espíritas que jamais se referem às violências praticadas contra homossexuais e travestis, contra mulheres e crianças, contra negros e pobres. Ao contrário, adotam discursos em tudo semelhantes às lideranças mais retrógradas de outras religiões: discursos que lembram Malafaias e Felicianos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas ao nos alinharmos entre aqueles que defendem os direitos humanos de todos e todas, não significa, por outro lado, adotar uma teoria e prática extremista como a proposta por exemplo por alguns na Suécia, de que quando nasce uma criança, nem se dar o nome nem se vestir de menino ou menina, deixando que mais tarde ele-ela decida…</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ou ainda como se faz hoje nos Estados Unidos de realizar cirurgia de inversão de sexo, com crianças de 10, 12 anos. Obviamente que esses extremos são absurdos, embora raros, e jamais foram propostos aqui no Brasil, pois que desrespeitam a maturação psíquica da criança ainda em desenvolvimento. E são coisas de países capitalistas e não comunistas, como Divaldo anunciou na entrevista.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esses temas são muito complexos, mobilizam paixões de um lado e de outro e esperam ainda delicados e dedicados estudos para compreendermos melhor como se dá essa integração entre heranças reencarnatórias, influências do meio social, constituição familiar, fatores genéticos… Portanto, um comedimento nas análises é muito bem vindo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas o que é preciso frisar sempre é o respeito a todos e todas, o combate a qualquer forma de discriminação e violência contra quem quer que seja e seria muito bom que seguíssemos Jesus, se nos dizemos cristãos – ele não condenou os corruptos, os ladrões e os que na sua época eram considerados sexualmente desviados – as únicas pessoas com as quais ele foi duro foi justamente com os religiosos hipócritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O que mais aborrece a espíritas conscientes é o fato de tantos outros espíritas comprarem cegamente o que líderes assim falam. Esse é o problema da idolatria, da falta de critério e de estudo e, sobretudo, da falta das diretrizes racionais que Kardec imprimiu ao espiritismo.</i><br />
<i><br /></i>
<i></i><br />
<i>Se não mudarmos o rumo, já já seremos uma nova seita.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-58533849158764351132018-02-22T07:00:00.000-03:002018-02-22T07:00:37.372-03:00Excesso de sofrimento torna as pessoas rancorosas e vingativas<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9EW0jIGvvvJkraidFzOPnqLFS9kpI1SRTnmz5Ggs99NMYwUXpk5m-a-TQGzcU1L53ptl9jaJW0v2LkpVtJRH16b2leTCKw0LMdLE8lHp1HroKUC307Lns3OvGjlCO_1bS806-3Rn1_44/s1600/angry-kitty-gatinho-zangado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="202" data-original-width="250" height="323" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9EW0jIGvvvJkraidFzOPnqLFS9kpI1SRTnmz5Ggs99NMYwUXpk5m-a-TQGzcU1L53ptl9jaJW0v2LkpVtJRH16b2leTCKw0LMdLE8lHp1HroKUC307Lns3OvGjlCO_1bS806-3Rn1_44/s400/angry-kitty-gatinho-zangado.jpg" width="400" /></a></div>
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Há um gravíssimo erro da Teologia do Sofrimento, a corrente medieval do Catolicismo que se tornou, mais do que o próprio pensamento de Allan Kardec, a base do "espiritismo" brasileiro. Esse erro consiste em dizer que o sofrimento extremo faz as pessoas se tornarem mais evoluídas, felizes, prósperas e abençoadas.<br />
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Isso é um gigantesco engano. Em primeiro lugar, não é o sofrimento que enobrece e dignifica as pessoas, mas a forma da pessoa buscar superar ou romper com o motivo desse sofrimento. Sabemos que os pregadores da Teologia do Sofrimento são pessoas de conversa mole, malabaristas das palavras que nunca tiveram um pingo do sofrimento que recomendam a outros. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.<br />
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Em segundo lugar, quando o sofrimento é extremo e o sofredor se sente acuado e impotente até nos seus mais extremos esforços e na sua mais perseverante fé para sair de uma limitação extrema, a pessoa passa a sentir ódio e esboçar planos de vingança e outros crimes.<br />
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É engano que o "espiritismo" brasileiro acredita, a tese de que o sofredor extremo só sofre a desgraça que tem condições de suportar. Se, para a Teologia do Sofrimento, a desgraça é um "remédio" para a pessoa, ele é dado em doses excessivas, como que numa overdose. E aí chegam os efeitos colaterais: a irritação, a depressão, o ódio, o rancor, a vingança, o mau humor.<br />
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Isso é um instinto não só animal, mas também presente na espécie humana. Os cães se tornam mais raivosos quando presos no cativeiro das casas. Gatos considerados fofos podem se tornar raivosos quando acuados. Ratinhos simpáticos podem significar um perigo quando acuados e podem reagir mordendo alguém que estiver à sua frente.<br />
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Na espécie humana, o sofrimento extremo não produz necessariamente gênios, altruístas, artistas e pessoas admiráveis. Produz tiranos, corruptos, assaltantes, estupradores, pessoas vingativas ou corruptas em geral. Em muitos casos, produz estelionatários e pessoas capazes de furtar qualquer coisa que estiver em sua frente.<br />
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DÍVIDAS MORAIS DE QUEM PREGA O SOFRIMENTO ALHEIO<br />
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Além disso, pregar o sofrimento do outro a níveis extremos faz do pregador dessa causa infeliz uma pessoa desumana e insensível. É completamente perverso alguém viver de livros fazendo apologia ao sofrimento humano, ainda que se sirva de todo um malabarismo das palavras para dar a falsa impressão de que se preocupa com o bem das pessoas.<br />
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No "espiritismo" brasileiro, é famoso o apelo de Francisco Cândido Xavier para as pessoas sofrerem caladas. Isso é muito cruel. Com isso, Chico Xavier estava se preocupando mais com o sossego dos remediados do que com a angústia dos sofredores e queria, com isso, criar um clima de felicidade forçada, como se um simulacro de felicidade fosse trazer a felicidade verdadeira. E não traz.<br />
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Para piorar, os "espíritas" que seguem essa linha de pensamento contraem muitas dívidas morais. Afinal, quem prega aos outros a aceitação do sofrimento extremo é porque nunca sofreu. É muito fácil dizer que sofrer é ótimo, que a pessoa deveria amar o sofrimento como se fosse alguém muito querido, que o sofrimento dignifica e que, quando a angústia atinge e ultrapassa os limites do insuportável, é porque a pessoa se prepara para receber as bênçãos divinas.<br />
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Quem pensa assim vive no maior conforto. O próprio Chico Xavier não tocava em dinheiro e era tratado como um rei. Os palestrantes da Teologia do Sofrimento viajam de avião primeira classe, se hospedam em hotéis confortáveis, alguns até de cinco estrelas e se tornam celebridades com seus livros. Conseguem a fortuna, os tesouros e os aplausos da Terra, e ainda têm o descaramento de se passar por "humildes, espiritualizados e modestos".<br />
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Ah, quanto são desgraçados os que lucram com o sofrimento alheio! Mil vezes desgraçados, porque vivem de recompensas, enquanto outros sofrem. Pode até ser que os sofredores possam superar suas desgraças, mas, uma vez superadas, isso faz com que os sofredores fossem mais dignos do que aqueles que lhes pedem para aceitar desgraças.<br />
<br />
Mesmo quando um sofredor supera uma desgraça extrema, o pregador da aceitação do sofrimento nem por isso ganha a razão. Pelo contrário, a propaganda do sofrimento alheio alimenta a vaidade do pregador, que acaba se vangloriando com isso, como se o sofredor, ao superar uma desgraça, estivesse doando um troféu ao pregador do sofrimento.<br />
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O pregador, sim, acaba contraindo dívidas morais intensas e, além disso, não costuma ser honesto sequer com suas ideias. Nos primeiros livros, ele é firme e inflexível na defesa da aceitação do sofrimento por outrem. Depois, ele tenta desmentir a si mesmo, tentando dar a impressão de que ele "não fazia apologia alguma ao sofrimento" e tenta uma acrobacia de argumentos para dizer que o que ele estava pregando era a busca da felicidade.<br />
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Isso se torna deplorável, e faz o pregador da Teologia do Sofrimento ser desmascarado, quando seus primeiros livros têm o sabor amargo da postura taxativa, que vai diminuindo com o decorrer das obras. Isso não é sabedoria, porque sabemos que as posturas só mudam conforme as circunstâncias, como a má repercussão das primeiras ideias.<br />
<br />
O que se conclui, portanto, é que pregadores assim nem de longe podem ser considerados sábios, vide o moralismo severo e impiedoso e as dissimulações que são feitas ao longo das obras para disfarçar aquilo que, em outros momentos, era explícito em suas ideias: a defesa do sofrimento do outro.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-54430533071307275172018-02-21T07:00:00.000-03:002018-02-21T07:00:20.085-03:00"A caridade espírita é pouca porque há poucos recursos". Será mesmo?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhill8oByPPRZZsK1YldIyIlsX-dTMn0HBBLBK1IOXFvulSTk6D5KKyWhXEeNxOHFCLIPs6QdyKp0h-WV9XWy0x8CGQybL18k3PbwQPkLs8tJMWE4IOrR6mV1dFMXYZuvZnzWeip0xfQEw/s1600/migalhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="320" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhill8oByPPRZZsK1YldIyIlsX-dTMn0HBBLBK1IOXFvulSTk6D5KKyWhXEeNxOHFCLIPs6QdyKp0h-WV9XWy0x8CGQybL18k3PbwQPkLs8tJMWE4IOrR6mV1dFMXYZuvZnzWeip0xfQEw/s400/migalhas.jpg" width="400" /></a></div>
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O diferencial do "espiritismo" brasileiro é que ele sempre tem uma desculpa pronta para qualquer coisa. No caminho da deturpação do Espiritismo que foi longe demais, até situações complicadas são resolvidas não pela coerência ou pelo acordo, mas pela forma persuasiva das desculpas usadas.<br />
<br />
Por exemplo. Se um tarefeiro de um "centro espírita" for acusado de estuprar ou ao menos assediar uma adolescente, um ato que se sabe de grave desrespeito à integridade física humana, o tarefeiro, mesmo assim, tende a ser inocentado, pela alegação de que a culpa "seria" da adolescente, que ofereceu as "energias tentadoras do sensualismo" que desviaram do caminho um "servidor do bem".<br />
<br />
No que se diz à "caridade espírita", que, com base no comentário contundente do autêntico espírita José Herculano Pires sobre o verborrágico deturpador Divaldo Franco - "conduta condenável no terreno da caridade", declarou o jornalista numa carta - , serve mais para promover os "médiuns espíritas", há uma desculpa pronta para quem comprovar que os resultados dessa "caridade" são baixíssimos e bastante inexpressivos.<br />
<br />
Essa desculpa consiste na falsa pobreza, em um discurso que convence a muitos: "Nossa caridade traz menos resultados porque recebemos poucos recursos, os colaboradores são escassos e os donativos se escasseiam". Tudo isso seria verdadeiro se não fossem os seguintes problemas:<br />
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1) OS "BENFEITORES" SÃO PESSOAS MUITO PRESTIGIADAS<br />
<br />
Os "filantropos" do "espiritismo" brasileiro são pessoas muito prestigiadas e muito badaladas. Aparecem em fotos ao lado de pessoas da alta sociedade. Fazem palestras para ricos. Recebem medalhas. Os "médiuns espíritas" se julgam "cidadãos do mundo" e detentores de uma grandeza que, aparentemente, é reconhecida no mundo inteiro.<br />
<br />
Com esses atributos, evidentemente que se espera que eles recebam as mais generosas doações financeiras e suas "casas de caridade" se transformariam em oásis de prosperidade humana. Mas as "casas de caridade" sustentadas pelos "médiuns" não trazem uma realidade excepcional, tendo uma rotina sem muita prosperidade, embora sem grave pobreza.<br />
<br />
Portanto, a sensação de grandeza dos "médiuns espíritas" desmente seriamente a hipótese de "falta de recursos", porque a altíssima reputação, construída pela campanha midiática e faz os "médiuns" serem considerados oficialmente "unanimidade", sugere que a sociedade está disposta a jogar rios de dinheiro e de donativos para as instituições "espíritas", tamanha a solidariedade que se dá aos "médiuns".<br />
<br />
2) "BENFEITORES" NÃO AJUDAM. A AJUDA VÊM DOS "MÉDIUNS". VÊM DOS FREQUENTADORES<br />
<br />
O dado chocante que a propaganda "espírita" esconde é que os recursos não vêm de iniciativa dos "médiuns" nem dos membros das "casas espíritas". Eles constroem seus prestígios pela ajuda dos outros. São os frequentadores que fazem compras, gastam seu dinheiro para adquirir mantimentos e outros donativos (como cremes dentais e roupas) para as instituições "espíritas". Ou seja, os "filantropos" se reduzem a ser meros distribuidores da caridade dos outros.<br />
<br />
Isso faz com que a "caridade" se torne limitada. Os "espíritas" não querem abrir mão de seu conforto. Há "médiuns" que vivem em lugar ignorado, um bom apartamento ou uma casinha de classe média. No seu tempo, Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, apenas não tocava em dinheiro sujo, mas era sustentado e tratado sempre de maneira confortável.<br />
<br />
A sua pobreza foi uma realidade que morreu em 1932. Chico Xavier teve vida aristocrática nos padrões "modestos" de um ídolo religioso. Não houve denúncias de abandono ou de Chico jogado no chão sujo e molhado de um hospital público. O "médium" mineiro, portanto, não morreu pobre, ele apenas não tocava em dinheiro, até o "filho" Eurípedes Higino foi administrador de Chico no fim de carreira, quase no mesmo papel que Antônio Wantuil de Freitas teve com o "médium" antes.<br />
<br />
Quanto à "filantropia", Chico Xavier fazia um espetáculo de pura ostentação, as "caravanas do Amor", exibidas com muito alarde e festas, mas quando se observa as coisas com atenção, todo esse estardalhaço é feito com a caridade dos outros, porque os donativos e mantimentos foram trazidos por terceiros, mas acabam servindo para a promoção pessoal do "médium", como falaremos depois.<br />
<br />
3) A "CARIDADE" É FEITA PARA ATRAIR MAIS DINHEIRO PÚBLICO<br />
<br />
Como instituições registradas por lei como filantrópicas, as "casas espíritas" estão isentas de pagamento de impostos. Além disso, como várias instituições religiosas, é bem fácil pedir um monte de dinheiro do qual apenas uma menor parte é destinada realmente para ações ditas filantrópicas. O resto vai para o conforto de seus membros ou mesmo dos "médiuns espíritas", que na prática são aristocratas da fé religiosa, que acumulam prêmios volumosos na vida terrena.<br />
<br />
É fácil uma instituição "espírita", que precisa de R$ 100 mil para sustentar seus trabalhos e serviços, pedir um valor dez ou vinte vezes menor. Chegam mesmo a carregar no apelo publicitário das imagens de crianças pobres, para forçar a comoção pública dos homens do Estado e assim serem concedidas verbas públicas que, em boa parte, "permitirão", pelo "mérito de luz", que "médiuns" comprem bons carrões, bons apartamentos e viajem para fazer turismo na Europa, a pretexto de "divulgar a boa palavra cristã".<br />
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4) A CARIDADE SERVE PARA A PROMOÇÃO PESSOAL DOS "MÉDIUNS"<br />
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A "filantropia" tem poucos resultados porque não é o propósito do "espiritismo" brasileiro, que faz apologia do sofrimento humano, pedindo para os sofredores aceitarem as desgraças com resignação e sem queixumes, trazer profundas transformações sociais.<br />
<br />
As ações de "caridade" servem mais como um gancho para os "médiuns espíritas" obterem prestígio social, se valendo de uma suposta ação generosa, feita mais para abafar as críticas feitas a eles - que incluem desde obras "mediúnicas" <i>fake</i> até desvios doutrinários em relação aos ensinamentos espíritas originais - do que para realizar uma transformação social na vida das pessoas pobres.<br />
<br />
Nota-se, aliás, que, pela grandeza com que se autoproclamam os "médiuns espíritas", seria certo que eles recebessem muitos recursos e, com sua "caridade", o Brasil inteiro atingisse níveis escandinavos de vida, com profundo desenvolvimento social que faria com que os lugares protegidos tivessem baixíssimos índices de criminalidade e pobreza.<br />
<br />
A realidade, porém, mostra o contrário, e locais onde se situam "casas espíritas" diversas são os que mais veem crescer e piorar a violência, seja o Jacarezinho (próximo de onde fica o Centro Tupyara) e Bento Ribeiro (onde fica o Leon Denis) no Rio de Janeiro, o Fonseca (onde fica o Centro Dr. March), em Niterói e Nordeste de Amaralina (perto de onde fica o Centro Paulo e Estêvão), em Salvador.<br />
<br />
Locais como Uberaba e o bairro de Pau da Lima, também em Salvador, também são os que sofrem grande decadência social e onde a violência cresce de maneira descontrolada, havendo ocorrências até mesmo durante a luz do dia. Isso revela o fracasso que é a "caridade espírita", pois nem nos redutos de Chico Xavier e Divaldo Franco a melhoria veio para as populações pobres. Isso mostra o fracasso da suposta filantropia de uma doutrina deturpada que é o "espiritismo" brasileiro.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-60437011383586269752018-02-20T07:00:00.000-03:002018-02-20T07:00:02.201-03:00Guia do Estudante ensina mal o Espiritismo para leigos<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBo3gKjVH8tB_XnkhYRvW61qSRMMyYT_g3_ucY3y3AzoQ2mq8hdZ1u76D8aKMWn9ZhhRiVL1hOLMjs7ldmgEhkM_-7QBSXyBHd2SCe2iORpzvTokaG0OT5pbpnUpdIbVWv1KNGm7rmiXM/s1600/guia-do-estudante-editora-abril-historia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="378" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBo3gKjVH8tB_XnkhYRvW61qSRMMyYT_g3_ucY3y3AzoQ2mq8hdZ1u76D8aKMWn9ZhhRiVL1hOLMjs7ldmgEhkM_-7QBSXyBHd2SCe2iORpzvTokaG0OT5pbpnUpdIbVWv1KNGm7rmiXM/s400/guia-do-estudante-editora-abril-historia.jpg" width="400" /></a></div>
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A mídia hegemônica ensina mal o Espiritismo. A narrativa é simplória e rasteira, como se fosse um conto de fadas, quando um pedagogo francês que estudava fenômenos espirituais fundou uma doutrina, que os brasileiros temperaram com religiosidade e tudo ficou às mil maravilhas.<br />
<br />
Engano. O "espiritismo" brasileiro, que revela suas irregularidades vergonhosas, paga o preço caro de suas más escolhas, quando a supremacia dos "místicos" que permitiu a deturpação doutrinária, criou seus efeitos danosos que hoje se voltam contra a própria doutrina brasileira, que faz de tudo para manter a deturpação em pé, mesmo sob o risco de cometer mil contradições.<br />
<br />
Reproduzimos este texto para dar noção de como é ridícula e simplória a abordagem da grande mídia em relação ao que é o Espiritismo. Convidamos a mídia alternativa a romper com essa narrativa e evitar corroborar com esse ponto de vista, aqui trazido pela Editora Abril através do Guia do Estudante (a Abril edita a reacionária revista Veja), mas também compartilhado pela Globo, Folha, Band, Isto É e afins.<br />
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O texto mistura alhos com bugalhos, informações corretas com outras nem tanto, de forma a dar a falsa impressão de que a deturpação igrejeira feita no Brasil é uma postura de "equilíbrio entre místicos e científicos", coisa que não se vê na prática, quando ultimamente o igrejismo comprova se tornar cada vez mais forte. Sem falar que o "espiritismo" brasileiro, assim como a Abril, Globo, Folha e o resto da grande mídia, se mostra ultraconservadora ao apoiar o golpe político de 2016.<br />
<br />
A mídia alternativa precisa denunciar a deturpação doutrinária do Espiritismo e investigar como e de que forma os brasileiros arruinam, com igrejismo de raiz roustanguista, o legado de Allan Kardec e como se mascara essa deturpação com o falso aparato de "fidelidade doutrinária".<br />
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<i>Allan Kardec e o espiritismo, uma religião bem brasileira</i><br />
<i><br /></i>
<i>Do Guia do Estudante - Editora Abril</i><br />
<i><br /></i>
<i>Às 22h30 de 17 de setembro de 1865, apenas oito anos depois da fundação oficial do espiritismo na França, foi realizada em Salvador a primeira sessão da doutrina no Brasil, liderada por um jornalista, Luís Olímpio Teles de Menezes. No mesmo ano, surgiu o primeiro centro do país. Em pouco tempo, a visão científica, filosófica e religiosa de Allan Kardec se transformaria em uma religião tipicamente brasileira, divulgada por intelectuais nas nossas maiores cidades. Anos antes de ganhar as massas com Chico Xavier, os seguidores de Kardec já tinham uma nova capital, nos trópicos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Atualmente, o trabalho iniciado por Kardec tem 13 milhões de seguidores no mundo. A maioria, 3,8 milhões, está no Brasil. Nossos espíritas têm os melhores indicadores socioeducacionais dentre os fiéis de todas as religiões praticadas no país – 31,5% deles têm nível superior completo, segundo o IBGE. Entre 2000 e 2010, eles saltaram de 1,3% da população para 2%. O sucesso nos cinemas é resultado da boa imagem da religião: em 2010, Chico Xavier, a biografia do médium mais famoso do século 20, alcançou 3,4 milhões de espectadores e Nosso Lar, no mesmo ano, chegou a 4 milhões.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas o que explica essa adesão massiva a uma doutrina que se equilibra entre a religião e a ciência no maior país católico do mundo? “O Brasil tem uma tradição de religiosidade popular muito aberta ao contato com a vida após a morte e a comunicação com espíritos. As classes média e alta não podiam contar com as religiões de origem africana ou indígena como expressões formais de sua fé. O kadercismo, com seu berço francês, satisfez essa necessidade”, afirma John Monroe, historiador e professor da Universidade de Iowa.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mesas que rodam</i><br />
<i><br /></i>
<i>Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em Lyon em 3 de outubro de 1804 e encontrou sua vocação na Suíça. O pai, o juiz católico Jean-Baptiste-Antoine Rivail, e a mãe, a dona de casa Jeanne Duhamel, enviaram o menino Hippolyte, de apenas 10 anos, para estudar no Instituto de Yverdon, no castelo de Zahringenem, fundado e mantido pelo pedagogo Johan Heinrich Pestalozzi. Na volta, instalou-se em Paris em 1820 e, quatro anos depois, começou a dar aulas. Lecionava matemática, física, química, astronomia, anatomia e francês.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O professor convivia com problemas financeiros recorrentes. A partir da década de 1830, passou a reforçar a renda escrevendo gramáticas e aritméticas – e até mesmo uma peça, chamada Uma Paixão de Salão, levada aos palcos em 1843. Também começou a usar os conhecimentos de matemática para administrar a contabilidade de pequenas companhias, como o teatro Les Folies Marigny, nos Champs-Élysées. Ali eram realizados espetáculos muito em voga em meados do século 19 – com uma mistura de magnetismo e experiências elétricas e mecânicas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Rivail assistia a alguns desses shows com prazer. Ele acompanhava com euforia a evolução das ciências, que pareciam prontas para explicar definitivamente o funcionamento do mundo, da vida e do além. Em 1834, em um de seus artigos defendendo as aulas de ciências para crianças, ele registrou: “Aquele que houver estudado as ciências rirá, então, da credulidade supersticiosa dos ignorantes. Não mais crerá em espectros e fantasmas. Não mais aceitará fogos- fátuos por espíritos”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Quando as mesas rodantes ficaram famosas na França, na década de 1850, o pedagogo tinha uma explicação pronta para o fenômeno. Curioso sobre os mistérios da hipnose, do sonambulismo, do magnetismo e da eletricidade, ele dizia que os corpos reunidos geravam uma força eletromagnética extraordinariamente forte, capaz de movimentar objetos. Quando conheceu o fenômeno pessoalmente, em uma terçafeira de maio de 1855, percebeu que a explicação não era tão simples.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Foi na casa da senhora Plainemaison, na Rue Grange Batelière, número 18. Ali o professor ficou impressionado. As mensagens tinham linguagem diferente da que os médiuns usavam no dia a dia e com um grau de conhecimento da vida privada dos visitantes que não tinham como possuir. O pesquisador então elencou uma nova hipótese: a de que a realidade visível não é a única que existe. E que espíritos são tão reais quanto o mundo microscópico e as forças físicas invisíveis, como a lei da gravidade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Leis dos espíritos</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por serem reais, apesar de invisíveis, os espíritos seguem leis, da mesma forma que os seres de carne e osso. “Entrevi naquelas aparentes futilidades qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim investigar a fundo”, ele relataria anos depois, para concluir que a força que movia aqueles móveis apresentava perguntas que mereciam resposta. “Há ou não uma força inteligente? Eis a questão. Se essa força existe, o que é? Qual será sua natureza e sua origem? Está além da humanidade?”</i><br />
<i><br /></i>
<i>Durante 20 meses, o professor dedicou as horas vagas a entrevistar dez diferentes espíritos, principalmente por intermédio de três garotas, Ruth Japhet, de 20 anos (que havia enchido 50 cadernos com mensagens dos espíritos), e as irmãs Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos. Fazia a elas perguntas como “Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?” e “O que é espírito?” Na casa dos Boudin, na Rue Rochechouart, ele se apresentava todas as terças-feiras, com novas perguntas, ou as mesmas, para cruzar e checar as respostas. Ele não tinha mediunidade – aliás, foi o professor quem cunhou o termo “médium” para definir os intermediários entre os espíritos os seres humanos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>MÉTODO CIENTÍFICO</i><br />
<i>As principais explicações de Kardec para os fenômenos psíquicos e mediúnicos</i><br />
<i>Fraude: O pesquisador acreditava que os casos de truques deveriam ser sempre denunciados: “O espiritismo só terá a ganhar com o desmascaramento</i><br />
<i>dos impostores”,escreveu. Kardec dizia que médiuns que realizam espetáculos públicos pagos deveriam ser observados com suspeita redobrada.</i><br />
<i>Alucinação: O pedagogo estabelecia critérios para diferenciar alucinações e problemas mentais em geral de contatos legítimos com espíritos. Por exemplo: se uma pessoa escreve mensagens em línguas que não conhece, ou se o fenômeno físico (por exemplo, uma mesa se mexendo) foi visto por várias pessoas</i><br />
<i>Influência externa: Kardec reconhecia a possibilidade da existência de dois fenômenos psíquicos: a telepatia, que ele chamava de “reflexo do pensamento”, e a clarividência, a percepção extrassensorial de objetos à distância. Para ele, nenhuma das duas era resultado de contatos com o mundo espiritual.</i><br />
<i>Comunicação: O contato com almas desencarnadas só pode ser considerado quando as hipóteses de fraude, alucinação e influência de outras pessoas tiverem sido descartadas. As mensagens do além só poderiam ser consideradas confiáveis se fossem espontâneas e confirmadas por médiuns que não se conhecessem entre si.</i><br />
<i>Rivail alega que teve a oportunidade de entrevistar os espíritos do filósofo Sócrates, do apóstolo de Jesus João Evangelista, do sacerdote Vicente de Paulo e do cientista e político Benjamin Franklin. Um dos interlocutores mais recorrentes era o espírito que se apresentava com o nome Zéfiro. Foi ele quem disse ao professor que o conhecia de outras encarnações, quando Rivail era um sacerdote druida chamado Allan Kardec e morador da Gália na época do imperador Júlio César, entre 58 e 44 a.C. Rivail não queria assumir a autoria da coleção de respostas – preferia se apresentar apenas como codificador e editor.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E também queria diferenciar seu trabalho pedagógico com essa nova vertente de pesquisa. Daí Rivail ter adotado o pseudônimo que se lê na capa da primeira edição de O Livro dos Espíritos: “Princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e coordenados por Allan Kardec”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Os primeiros exemplares do livro deixaram a Tipografia de Beau, na cidade de Saint-Germain-en-Laye, em 18 de abril de 1857 – a data oficial do nascimento do espiritismo, nome criado por Kardec, apresentado da seguinte maneira: “A crença espírita, ou o espiritismo, consiste em acreditar nas relações entre o mundo físico e os seres do mundo invisível, ou espíritos”. Rapidamente, Kardec suplantaria Rivail em fama e reconhecimento: a primeira edição da obra inaugural do espiritismo, vendida a 3 francos a unidade, foi esgotada em dois meses.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Em 1º de abril de 1858, reuniu as dezenas de seguidores que havia arregimentado com a publicação do livro e fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Enquanto recebia visitas de médiuns, mais ou menos sérios, cartas pedindo ajuda e textos psicografados, novas traduções e edições eram publicadas. Na Espanha, o bispo de Barcelona, Antônio Palau y Termens, mandou confiscar todos os exemplares de O Livro dos Espíritos e organizou um auto de fé: as obras foram empilhadas e queimadas em praça pública. Em 1864, a Igreja Católica inseriu a obra no Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros proibidos para seus fiéis.</i><br />
<i><br /></i>
<i>BIBLIOTECA BÁSICA</i><br />
<i>Os cinco livros fundamentais para entender o espiritismo</i><br />
<i>1. O Livro dos Espíritos, 1857</i><br />
<i>Reúne as respostas de espíritos para 501 perguntas (na segunda edição, elas seriam ampliadas para 1 019 dúvidas).</i><br />
<i>2. O Livro dos Médiuns, 1861</i><br />
<i>Enquanto a obra anterior era conceitual, esta é um guia prático a todas as pessoas interessadas em desenvolver a mediunidade.</i><br />
<i>3. O Evangelho Segundo o Espiritismo, 1864</i><br />
<i>Como o nome indica, revê as lições dos Evangelhos da Bíblia cristã com base nos conceitos espíritas.</i><br />
<i>4. O Céu e o Inferno, 1865</i><br />
<i>Explica a passagem da alma para outros planos, detalha o destino dos suicidas e explica os parâmetros da justiça divina.</i><br />
<i>5. A Gênese, 1868</i><br />
<i>Aborda questões filosóficas e científicas, como a origem do Universo e os milagres de Jesus, buscando respondê-las de acordo com os preceitos espíritas.</i><br />
<i>Kardec melhorou sua situação financeira com a venda de seus livros e trocou de casa diversas vezes. A última mudança seria para um terreno que ele havia comprado na Avenida Ségur para construir seis pequenas casas para seu sucessor e seguidores espíritas de poucos recursos. A residência da família ficou pronta rapidamente, mas ele não chegou a morar lá.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois de publicar uma segunda edição de O Livro dos Espíritos, bastante ampliada, e outros quatro livros, Kardec faleceu, aos 64 anos, por volta das 11h de 31 de março de 1869, quando um aneurisma se rompeu, um dia antes da mudança definitiva para a Avenida Ségur. Na época, ele trabalhava numa obras sobre as relações entre o magnetismo e o espiritismo. Os restos de Kardec estão no Cemitério Père-Lachaise. Na lápide, ficou gravado seu novo nome, e não Rivail, e seu lema: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar. Esta é a lei.”</i><br />
<i><br /></i>
<i>Místicos x cientistas</i><br />
<i><br /></i>
<i>O fundador não deixou um sucessor definido – ele previa que o espiritismo fosse conduzido por um grupo com comandantes seguindo mandatos curtos. Sua morte acabou por lançar o espiritismo num debate ferrenho: ciência ou religião?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Na Europa, venceram os partidários da tese de que os estudos do professor tinham caráter científico. Eles tinham bons motivos para isso. “Kardec foi um dos pioneiros a propor uma investigação científica, racional e baseada em fatos observáveis, das experiências espirituais. Desenvolveu todo um programa de investigação dessas experiências, ao qual deu o nome de Espiritismo”, afirma Alexander Moreira-Almeida, professor da Escola de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF. “A proposta mais ousada de Kardec foi a de naturalizar a dimensão espiritual, tornando-a, assim, passível de investigação científica.</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Hoje, entre os europeus, o kardecismo é visto como pseudorreligião. Na virada do século 20, fazia todo o sentido acreditar que os conceitos dele seriam incorporados às pesquisas do meio acadêmico”, afirma o historiador John Monroe, professor da Universidade de Iowa.</i><br />
<br />
<i>O Brasil viu a mesma divisão, e, num primeiro momento, parecia que o mesmo lado seria vencedor. Um dos mais importantes líderes do espiritismo do Brasil, o jornalista e professor italiano Afonso Angeli Torteroli, liderava os científicos e organizou o 1º Congresso Espírita Brasileiro, em 1881, no Rio de Janeiro. Foi lá que intelectuais defenderam a nova linha de pensamento – pessoas respeitáveis a ponto de terem sido recebidas pelo imperador dom Pedro II em 28 de agosto de 1881. Mas, bem de acordo com o pensamento progressista da época, os espíritas eram, em geral, republicanos e abolicionistas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas foi o aspecto religioso do espiritismo que venceu. E por dois motivos. Em primeiro lugar, o lado religioso funcionava melhor para uma população ligada a um cristianismo que, em geral, convivia tranquilamente com curandeiros, benzedeiros e cartomantes. “A preocupação científica e filosófica não tem o mesmo appeal para nós como tem o lado religioso-ritualístico: tomar um passe, livrando-se das energias ruins se apresentaria como mais conveniente do que adotar uma doutrina complexas e cheia de princípios”, afirma o professor de sociologia da Universidade de Brasília Paulo César da Conceição Fernandes, em uma tese de mestrado sobre as origens da religião no Brasil.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Em segundo lugar, o mais importante líder entre os espíritas depois de Allan Kardec e antes de Chico Xavier, o ex-deputado Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, concordava com os místicos. Mas teve</i><br />
<i>também o talento de não dispensar os científicos. A Federação Espírita do Brasil, criada em 1884 pelo fotógrafo português Augusto Elias da Silva, seria presidida duas vezes pelo doutor Bezerra e estimulou a publicação de livros e textos de cunho acadêmico. “O espiritismo oferece uma orientação para a prática da mediunidade, recomendando que ela seja praticada quando contribuir para o bem e para a educação espiritual do homem”, afirma Antonio Cesar Perri de Carvalho, presidente da Federação Espírita Brasileira.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nomes famosos da literatura nacional aderiram rápido. Os poetas Castro Alves e Augusto dos Anjos, de um lado, se aproximaram da nova religião. Já José de Alencar e Machado de Assis a atacavam – mas só depois de se darem ao trabalho de conhecê-la. Augusto dos Anjos foi o mais empolgado: em sua cidade, Engenho do Pau D’Arco, Paraíba, ele conduzia sessões, recebia espíritos e psicografava. Quando Chico Xavier nasceu, em 1910, o hábito de receber romances do além já era disseminado e se tornaria uma das marcas da nova religião, que, para muitos, já tinha muito pouco a ver com o que Kardec havia imaginado.</i><br />
<i><br /></i>
<i>OITO PIONEIROS</i><br />
<i>Personagens importantes para o nascimento do espiritismo brasileiro</i><br />
<i>Luís Olímpio Teles de Menezes:</i><br />
<i>Jornalista, professor primário e funcionário da Biblioteca Pública da Bahia, organizou em Salvador a primeira sessão espírita do país, em Salvador. Também fundou o primeiro centro espírita brasileiro, o Grupo Familiar do Espiritismo.</i><br />
<i>Casimir Lieutaud: </i><br />
<i>Poeta e educador francês, conheceu o espiritismo juntamente com outros intelectuais que liam e debatiam as notícias vindas da França, incluindo o jornalista e escritor Machado de Assis. Em 1860, publicou um livro de tom espírita, Les Temps Sont Arrivés.</i><br />
<i>Antônio da Silva Neto:</i><br />
<i>Liderança espírita no Rio de Janeiro, o médico foi redator e diretor da Revista Espírita, o segundo periódico de divulgação da religião no Brasil (o primeiro, Écho d’Alêm-Tumulo, foi fundado em 1869, em Salvador, por Luís Olímpio).</i><br />
<i>Joaquim Carlos Travassos:</i><br />
<i>Ao lado do advogado e poeta Francisco Bittencourt Sampaio, o médico e político carioca participou da fundação, em 1873, da Sociedade de Estudos Espiríticos – Grupo Confúcio, o primeiro centro espírita da capital, que existiu até 1879.</i><br />
<i>Augusto Elias da Silva: </i><br />
<i>Nascido em Portugal e morando no Rio de Janeiro, o fotógrafo fundou a Federação Espírita do Brasil, em 1º de janeiro de 1884. Também fundou, um ano antes, uma publicação de divulgação da nova fé, chamada Reformador.</i><br />
<i>Antônio Luiz Sayão: </i><br />
<i>Advogado de São Paulo, aderiu ao espiritismo em 1878, quando sua esposa esteve à beira da morte. Líder da Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade, defendeu a abolição da escravatura e publicou um livro de referência, Estudos Evangélicos.</i><br />
<i>Afonso Angeli Torteroli:</i><br />
<i>O jornalista e professor italiano organizou o 1º Congresso Espírita Brasileiro, em 1881, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, criou o Centro da União Espírita do Brasil, uma primeira tentativa de organizar uma federação. Traduziu várias obras de Kardec.</i><br />
<i>Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti:</i><br />
<i>Cearense com carreira política bem-sucedida como vereador e deputado, o médico, militar e escritor impediu que a Federação Espírita do Brasil entrasse em colapso, em 1895, ao assumir a presidência pela segunda vez.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Livros</i><br />
<i><br /></i>
<i>Kardec: A Biografia, Marcel Souto Maior, Record, 2013</i><br />
<i><br /></i>
<i>História do Espiritismo, Arthur Conan Doyle, Pensamento, 2004</i><br />
<i><br /></i>
<i>ABC do Espiritismo, Victor Ribas Carneiro, Federação Espírita do Paraná, 1996</i><br />
<i><br /></i>
<i>Para Entender Allan Kardec, Dora Incontri, Lachâtre, 2004</i><br />
<br />Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-71657439907944975552018-02-19T07:00:00.000-03:002018-02-19T07:00:46.619-03:00Mais um texto igrejeiro de Divaldo Franco<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPH1ocnOTYOGesJHPbSi5HaGrj1m2N9OvolN5K8vo7M7pxud5pfFRvhBTRDua_HZTiYju0G4R6A672MQHnFJIA1P_pheMQehW0d4EBlcsQPh9QzSt-_cdbfwUVwz6Q4Z1hms7Khv4TgZc/s1600/divaldo-franco-abrindo-os-bracos-antes-de-sua-verborragia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="455" data-original-width="800" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPH1ocnOTYOGesJHPbSi5HaGrj1m2N9OvolN5K8vo7M7pxud5pfFRvhBTRDua_HZTiYju0G4R6A672MQHnFJIA1P_pheMQehW0d4EBlcsQPh9QzSt-_cdbfwUVwz6Q4Z1hms7Khv4TgZc/s400/divaldo-franco-abrindo-os-bracos-antes-de-sua-verborragia.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Não se teoriza a paz. Ela é um tema abstrato, e, além do mais, desperdiçar livros falando de paz simplesmente não surtem o efeito desejado de pacificar as pessoas. O que pacifica é o acordo e o equilíbrio de interesses, não é a paz que pacifica, mas a resolução de conflitos humanos.<br />
<br />
Somos tão tolos a ponto de deixar que deturpadores do Espiritismo, como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, prevaleçam com suas mistificações e, mesmo traindo severamente os ensinamentos espíritas originais, se passem por seus mais fiéis discípulos, com todo o cinismo a que se acharam com direito.<br />
<br />
Ficamos reféns da mística "espírita" brasileira, dessa religião deturpada, medieval e moralista, cujos "médiuns" e palestrantes fazem turismo às custas do sofrimento alheio, pregando a aceitação das desgraças usando de falácias e verborragias cujo mel das palavras não traz o dom da sabedoria, antes trazendo o da mistificação, da persuasão e da incitação à crendice.<br />
<br />
O "espiritismo" brasileiro é tão dissimulado que nega práticas que, de fato, realiza: o culto à personalidade dos "médiuns", as paixões religiosas dos seus seguidores, as traições, gravíssimas, aos ensinamentos espíritas originais, a mistificação igrejeira, as mensagens <i>fake</i> creditadas aos mortos.<br />
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Ver que no caso de Chico Xavier, que tanto falava em "defender o Conhecimento", no entanto condenava severamente sua maior ferramenta, a consciência crítica e o questionamento, é chocante. Mais chocante ainda é ver a total complacência dos brasileiros diante dessa deturpação do Espiritismo, a ponto de haver relativismos até nos piores erros cometidos.<br />
<br />
Reproduzimos abaixo uma mensagem de Divaldo Franco, atribuída ao espírito Joana de Ângelis, mas vinda da própria mente do "médium" - embora "Joana" tenha sido da parte intuitiva do obsessor, Máscara de Ferro, que estaria pautando as "mensagens espirituais" ao seu "protegido" - , pois o seu estilo é claro e único nas mensagens que ele publica mesmo em nome de "terceiros do além".<br />
<br />
Recomendamos que as pessoas leiam o texto com muito cuidado, para não serem seduzidas pelos apelos emotivos da mensagem, caindo nas tentações das paixões religiosas, tão traiçoeiras quanto as paixões do dinheiro, do sexo e das drogas. Leiam, mas mantendo o pé no chão e a consciência crítica, levando em conta que se trata de uma obra de um deturpador da Doutrina Espírita<br />
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<i>Paz em Ti</i><br />
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<i>Divaldo Franco - atribuído ao espírito Joana de Ângelis</i><br />
<i><br /></i>
<i>É muito importante a paz.</i><br />
<i>Governos a estabelecem fomentando guerras,gerando pressões,</i><br />
<i>submetendo as vidas que se estiolam sob jugos implacáveis.</i><br />
<i>A paz é imposta,desta forma,pelas armas,</i><br />
<i>mediante a coação e depois negociada em gabinetes.</i><br />
<i>Vem de fora e aflige,porque é aparente.</i><br />
<i>faz-se de legal, mas nem sempre é moralizada.</i><br />
<i>Tem aparência das águas pantanosas,tranquilas na superfície,mias-</i><br />
<i>máticas e mortíferas da parte submersa.</i><br />
<i>assim se apresenta a paz do mundo: transitória, enganosa.</i><br />
<i>a paz legítima emerge coração feliz e da mente que compreenda,age,e confia.</i><br />
<i>É realizada em clima de prece e de amor, porque, da consciência que se ilumina ante os impositivos das divinas leis,surge a harmonia que</i><br />
<i>fomenta a dinâmica da vida realizadora.</i><br />
<i>Essa paz não se turba, é permanente.</i><br />
<i>Não se permite constrangimentos,nem se faz imposta.</i><br />
<i>Cada homem a adquire a esforço pessoal,</i><br />
<i>como coroamento da ação bem dirigida,objetivando ideias.</i><br />
<i>Não basta, no entanto, programar e falar da paz,</i><br />
<i>mas,visualizando-a, pensar em paz e agir pacificação,</i><br />
<i>exteriorizando-a de tal forma que ela estabeleça onde estejas e com quem te encontres.</i><br />
<i>Seja a paz,na Terra o seu anseio, em oração constante,</i><br />
<i>que se transforme em realização,operante como resposta de DEUS.</i><br />
<i>Orando pela paz, esse sentimento te invade e o amor que de DEUS se</i><br />
<i>irradia, anula todo e qualquer conflito que te domine momentaneamente.</i><br />
<i>A paz em ti ajudará produzir a paz do mundo,”</i><br />
<i><br /></i>
<i>****—****</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-90822797588613370452018-02-18T07:00:00.000-03:002018-02-18T07:00:11.892-03:00Robson Pinheiro e seu texto equivocado sobre Allan Kardec<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1x3dDKPVh5XuJ34iwLQKrJlkf4_LDqds75ezkG1SmVBHDlyzCzBnEFJvN8yWxs0Xn-ZKCP7ybmaGBHlmRdPD31w7Kmv11vPNe1k3e0AMe5sP3C7GqunE51HLz194PZrgqt583L6IFxt8/s1600/robson-pinheiro-reacionario-escritor-espirita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="726" data-original-width="551" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1x3dDKPVh5XuJ34iwLQKrJlkf4_LDqds75ezkG1SmVBHDlyzCzBnEFJvN8yWxs0Xn-ZKCP7ybmaGBHlmRdPD31w7Kmv11vPNe1k3e0AMe5sP3C7GqunE51HLz194PZrgqt583L6IFxt8/s400/robson-pinheiro-reacionario-escritor-espirita.jpg" width="302" /></a></div>
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Com um texto aparentemente "correto" mas bastante cansativo, o escritor "espírita" Robson Pinheiro, conhecido pelos seus livros reacionários e pela apropriação de nomes como Cazuza (apenas pela citação do suposto espírito Ângelo Inácio), Getúlio Vargas e Jules Verne (conhecido no Brasil como Júlio Verne), dá uma longa divagação sobre Allan Kardec, como se o autor de <i>A Quadrilha: Foro de São Paulo</i> fosse uma "autoridade do Espiritismo".<br />
<br />
Com argumentos verossímeis, ele tenta interpretar Allan Kardec como ao mesmo tempo um pacifista e um mercenário, e até parece, até certo ponto, correto quando se fala que instituições precisam sobreviver financeiramente. Mas o longo texto mostra, todavia, que Robson se contradiz em vários pontos.<br />
<br />
Robson é um deturpador do Espiritismo e serve ao igrejismo à sua maneira, independente da linha da FEB consagrada pelos "médiuns espíritas" mais badalados. Mas diz criticar o igrejismo "espírita" como efeito exacerbado da "tradição judaico-cristã", um igrejismo que o próprio Robson pratica em suas instituições.<br />
<br />
Ele declara que investe em cursos gratuitos e instituições que oferecem serviços gratuitos mas enfatiza a necessidade de "comercializar livros", sobretudo as obras reacionárias que acusam o ex-presidente Lula e seus pares de estarem "sob influência de espíritos inferiores". É claro que esse reacionarismo se encontra de uma forma ou de outra até em Divaldo Franco - apesar da complacência das esquerdas em relação a esse "médium", mas em Robson ele vai às últimas consequências.<br />
<br />
Reproduzimos então o longo texto de Robson, que parece coerente mas não é, até porque, sendo um "médium" como se existe no Brasil, produzindo obras <i>fake</i> que atingem o grande público e se tornam sucesso de maneira impune, não se espera coerência de alguém desse perfil. Ele é um mistificador que pensa estar estimulando o conhecimento e o debate, e um reacionário que pensa estar agindo em favor dos brasileiros.<br />
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<i>O DINHEIRO, O MOVIMENTO ESPÍRITA E O IGREGISMO ESPÍRITA</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por Robson Pinheiro - Extraído de sua página pessoal</i><br />
<i><br /></i>
<i> </i><i>Quero fazer uma abordagem aqui neste artigo e depois que você o ler totalmente, até o final, quero que faça uma reflexão com sinceridade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Você conhece realmente a obra de Kardec? No Brasil, se faz realmente o Espiritismo como Kardec pretendia? Como lidar com o dinheiro e ao mesmo tempo ser fiel aos princípios do codificador?</i><br />
<i>E a grande pergunta final: porque o espiritismo não deu certo na Europa e caminha a passos lentos no resto do mundo?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Topa fazer uma análise comigo? Será que você tem coragem de mergulhar um pouco na história do espiritismo? Vamos lá!</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ao estudarmos as obras de Allan Kardec, notamos o quanto ele fez muito bem o seu papel de codificador e além de tudo, de divulgador da causa e da doutrina Espírita. Isto se pode chegar a claras conclusões após a leitura de a “Revista Espírita” de Alan Kardec, o livro “Viagens Espíritas” e o livro Obras Póstumas, estes quase desconhecidos do movimento espírita e dos pseudos-sábios e espiritualizados.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O Codificador elaborou uma revista mensal com textos muito bem escritos, e com uma linguagem clara e acessível, tanto quanto com qualidade impecável para a sua época. Nesta revista ele relatava suas experiências como divulgador e propagador das ideias espíritas, da doutrina em si e dava respostas os seus críticos, e o que muita gente não sabe, ele não media palavras para responder a pessoas levianas, e mal intencionados que o afrontavam acusando-o de diversas coisas, inclusive de viver com dinheiro da doutrina espírita.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por muitos anos a Revista Espírita cresceu, se propagou e se transformou num meio de comunicação entre o Codificador e os diversos núcleos Espíritas que se iam formando na França e fora dela. Foi um sucesso tal que chegou mesmo a ter assinantes em outros países do mundo, o que denotava a capacidade de Kardec de elaborar bem as questões apresentadas, de sua competência na divulgação e defesa dos postulados espíritas, embora os obstáculos que ele enfrentava em sua época, de transporte e entrega da “Revista Espírita” a quem as assinava. E teve uma tal repercussão que o próprio Kardec teve a iniciativa de ele próprio sair vendendo a Revista Espírita por onde ele andava divulgando a Doutrina e fazia exposições ou palestras, além de vender os livros espíritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>(Ele os vendia e não dava de graça). Inclusive chegou a defender a ideia de que os livros espíritas não deveriam ser vendidos mais baratos que os demais. Sim, leia a “Revista Espírita” e “Viagens Espíritas”. Kardec próprio fala disso nos livros acima citados. Quando viajava para divulgação, Kardec inclusive descobriu que podia encomendar retratos de si e vende-los para manter a obra e assim o fez, várias vezes, para arrecadar dinheiro para as viagens de divulgação e para a própria manutenção, inclusive vendendo o Livro dos Espiritos e mantendo-se com o dinheiro do mesmo. Embora isso os espíritas em geral, desconheçam ou não queriam ler.</i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<i>Ao estudarmos o livro de Kardec intitulado “Viagens Espíritas, ficamos sabendo dos detalhes e dos resultados do que Kardec fazia. Caso você não tenha este livro, adquira-o imediatamente e leia o seu conteúdo. Pois é o que vamos analisar aqui neste artigo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A pergunta que se impõe é a seguinte: Se fôssemos fazer um cálculo matemático, uma projeção lógica, qual seria a consequência mais razoável do resultado de uma divulgação da forma como Kardec fazia?</i><br />
<i><br /></i>
<i>A resposta é lógica e inequívoca: a doutrina Espírita alcançaria resultados mundiais, ou seja, se alastraria pelos países do mundo de maneira atingir os objetivos do Espírito Verdade que seria levar aos quatro cantos da Terra a palavra dos imortais. Como ocorria naqueles primeiros momentos na França, ela poderia ter se espalhado em diversos outros países do mundo e logo veríamos a terra toda se encher das verdades espíritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas isso nunca aconteceu! Pelo menos até agora.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas porque nunca ocorreu isso? Diante de ideias tão claras, de uma doutrina tão maravilhosa e de argumentos tão lógicos como os empregados por Kardec porque o espiritismo minguou e foi cada vez mais ficando difícil sua divulgação?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Caso tivesse se alastrado, como previra e queria o Codificador, a Doutrina Espírita teria mudado radicalmente a história da humanidade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas isso realmente não ocorreu, nada disso se realizou. E porquê? Será que você conhece a realidade da história do Espiritismo?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Porque diante de um avanço tão marcante, da receptividade tão espontânea da população perante a mensagem Espírita, pelo menos enquanto Kardec estava encarnado, de repente a mensagem Espírita murchou da forma como ocorreu assim que Kardec desencarnou? Porque o retrocesso na divulgação do Espiritismo, e no alcance da sua mensagem consoladora?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Minha pergunta a quem quer que seja, é: você conhece a resposta desse retrocesso ao avanço do Espiritismo no mundo?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Será que após contextualizar a história do espiritismo, você seria capaz de entender, de responder o porque o Espiritismo não deu certo na Europa e em outros continentes?</i><br />
<i><br /></i>
<i>A resposta é: a palhaçada promovida por muitos espíritas não é coisa que venha de hoje minha gente. É algo antigo, desde a época de Allan Kardec.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A atitude dos Espíritas perante a divulgação da Doutrina que dizem abraçar e defender, foi a maior causa do obstáculo que Allan Kardece enfrentou e se enfrenta até os dias de hoje. Kardec foi o primeiro alvo da maldade de diversos Espíritas; ele foi a primeira vítima e o Espiritismo, como Doutrina, a segunda vítima.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Allan Kardec fazia viagens Espíritas pela Europa (vide o livro Viagens Espíritas) custeadas todas com o dinheiro do próprio bolso, quando ele vendia livros impressos às suas custas, ele mesmo fazia as palestras e, nas suas viagens, a divulgação fazia um enorme sucesso.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Em todos os lugares por onde ele andava, para onde ele viajava, a doutrina crescia, avançava, e era conhecida pelo seu ardor, pela forma brilhante como ele expunha a mensagem espírita, pela convicção com que ele divulgava e falava da doutrina dos Imortais.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Na primeira viagem eram 30 pessoas assistindo; quando ele retornava ano seguinte, eram muito mais de 200 pessoas e isso crescia substancialmente a cada vez que ele viajava para divulgar a doutrina. Impressionante os resultados obtidos por Kardec.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E novamente uma pergunta: sera que o codificador agradava aos espíritas parisienses de sua época? Com tamanho dinamismo, será que ele agradou os seguidores da doutrina dentro da França?</i><br />
<i><br /></i>
<i>E sabem qual é a resposta? É claro que não! Ele desagradou e muito aos espíritas de sua época e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, principalmente, Instituição fundada por ele próprio.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O resultado do trabalho de Kardec inspirou muita raiva por parte dos espíritas de Paris, vários comentários levianos, pretenso excesso de religiosismo e o desconhecimento total dos projetos dos Espíritos, fizeram com que os espíritas daquela época metessem a língua em Kardec acusando-o de todas as maneiras possíveis; a maledicência rolou solta contra o codificador contra o qual os próprios espíritas falavam e divulgavam que Kardec estava ficando rico à custa da doutrina; que ganhava dinheiro com a venda dos livros e ainda nos dias de hoje, este DNA da acusação e do desconhecimento da proposta dos Espíritos faz com que sobreviva em muita gente, inclusive gente boa e em muitos seguidores da doutrina a mesma situação da época de Kardec. Ou seja, a maledicência e as acusações sérias, de conteúdo complexo, sobre quem faz o trabalho de divulgação ou mesmo sobre qualquer pessoa que esteja fazendo sucesso em sua obra ou trabalho espiritual.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Enfim, nos dias atuais a situação é a mesma entre muitos que dizem defender a pureza doutrinária, que continuam no mesmo comportamento dos espíritas da época de Kardec. Este comportamento começou em Paris nos dias do Codificador, a reação dos espíritas se incomodarem com pessoas que fazem sucesso na divulgação das ideias espíritas, mas não é somente isso. Vejamos a seguir.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Será que a sociedade francesa e parisiense daquela época não estavam de olho no comportamento dos espíritas? Na conivência dos espíritas com o Codificador e com eles próprios para ver se valeria a pena aceitarem a doutrina que diziam os espíritas, veio para renovar o mundo? Será que os franceses e o restante da Europa não ficavam de olho para verem se o comportamento dos espíritas era reflexo da mensagem que divulgavam? Que suas atitudes eram realmente condizentes com os ensinamentos que o Codificador espalhava pela Europa?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ou seja, a prática do espiritismo entre eles próprios, os espíritas, que pregavam a teoria espírita, era condizente com a amabilidade da doutrina pregada por Kardec? Que tais atitudes dos espíritas perante o Codificador, refletiam a fraternidade, a tolerância, a humildade, a compreensão e indulgencia tanto falada no Evangelho pregado pelos espíritas da época eram realmente vivenciados por eles? Enfim, será que os espíritas praticavam a doutrina que diziam abraçar?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bem, acredito sinceramente que neste ponto das reflexões já deu para você leitor, ter uma reposta por si mesmo sobre o porque o espiritismo não deu certo na Europa. Os espíritas foram os maiores inimigos da doutrina que julgavam defender. O religiosismo exacerbado herdado do sistema judaico católico, transferiu-se junto com os espíritos reencarnados, para dentro do próprio movimento.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Diante das injúrias, dos ataques dos espíritas ao próprio Codificador, e de tudo o mais que falavam contra ele, Kardec escreveu em “A revista Espírita”, a qual está editada por diversas editoras espíritas no Brasil e infelizmente quase nenhum espírita ou defensor da pureza doutrinária sabe o conteúdo. Mas faço aqui a transcrição exata das palavras do Codificador diante da situação enfrentada por ele no movimento espírita da sua época, ou diante das acusações feitas a ele:</i><br />
<i><br /></i>
<i>Revista Espírita, de Allan Kardec, traduzida pelo Dr. Julio Abreu Filho e publicada pela Livraria Allan Kardec Editora (LAKE), de São Paulo. O volume de 1862 ele escreve:</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Não tenho que dar satisfação de meus negócios a ninguém”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Em todo caso, e para que não se ficasse pensando que ele realmente ganhara dinheiro com os seus trabalhos, Kardec esclareceu:</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Entretanto, para contentar um pouco os curiosos, que se deveriam se meter apenas com o que é da sua conta, direi que, se tivesse vendido meus manuscritos, apenas teria usado do direito que todo trabalhador tem de vender o produto de seu trabalho…”</i><br />
<i><br /></i>
<i>E vejam que ele, Kardec, não respondia com palavras suaves e nem passava a mão na cabeça de ninguém.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Dinheiro e a postura de Kardec</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ainda na“Revista Espírita”, vol. De 1862, pág. 179, mais um trecho interessante e judicioso onde Kardec se expressa quase desabafando, ante as acusações dos espíritas. Disse Allan Kardec:</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Quanto ao lucro, que me pode vir da venda de minhas obras, não tenho que dar conta de seu montante, nem do emprego que lhe faço.”</i><br />
<i><br /></i>
<i>E você sabe que Allan Kardec nunca teve nenhum constrangimento em cobrar para os médiuns participarem da sociedade parisiense de estudos Espíritas? Sim! Isso mesmo. Ele tinha despesas, inclusive com o aluguel do imóvel onde funcionava a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e cobrava para os médiuns participarem das seções, dos estudos ali realizados. Não era de graça. Então dá para se ter uma ideia do porque o espiritismo não vingou naquela época. Os espíritas foram o maior empecilho para a divulgação das ideias espíritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Agora, dando um salto no tempo, aos dias atuais, a pergunta é a mesma daquela época de Kardec, embora a resposta tenha se ampliado ainda mais:</i><br />
<i><br /></i>
<i>Porque cobrar? E, como fazer divulgação espírita nos dias atuais sem dinheiro?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bem, não sei quanto aos diletos “irmãos” que trabalham na divulgação da doutrina Espírita, mas quanto a nós do Instituto Robson Pinheiro, e da Casa dos Espíritos, darei a resposta conforme a realidade nossa atual:</i><br />
<i><br /></i>
<i>Temos nossas obras sociais nas quais atendemos mais de 2000 pessoas gratuitamente e semanalmente, na sociedade Espírita Everilda Batista.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Contudo, descobrimos depois de mais de 22 anos de atividades ininterruptas, que dinheiro para manter estas obras, não caem do céu e nem se materializam em reuniões mediúnicas, como também não se materializavam na época de Kardec.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mantemos uma escola de Espiritismo onde os cursos presenciais são totalmente gratuitos o ano todo, com mais de 300 alunos estudando, sem pagar nada pelas aulas, cursos e tratamentos a que se submetem.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas alguém tem de pagar as contas de manutenção, de água, luz, telefone, funcionários – isso mesmo, funcionários e não voluntários espíritas espiritualizados e santificados.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Uma editora que para sobreviver tem de enfrentar os mesmos dilemas de qualquer outra empresa no mundo, inclusive a inflação que, se você não sabia, não foi inventada por nós da Casa dos Espíritos – sabiam disso? Que não somos nós que colocamos preço no papel para imprimir os livros e nem colocamos preço na mão de obra cobrada pelas gráficas? E nem somos nós que estimulamos a inflação? Pois é, disso ninguém pode nos acusar.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Temos mais de 12 funcionários trabalhando na editora diretamente e mais outros indiretamente, além de contratarmos uma empresa que presta serviços para a divulgação, fazendo os as capas dos livros, a diagramação, a correção gramatical a qual é feita por uma profissional que trabalha de maneira remunerada para a editora e que também pagamos impostos e transporte para os livros, além de um monte de outros tributos que não fomos nós que inventamos e nem criamos; mas como toda empresa está sujeita a eles e a Casa dos Espíritos não é diferente e nem nenhuma empresa que faz a divulgação da mensagem espírita está isenta desses gastos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E quanto à internet? As transmissões de programas, cursos e outras coisas do gênero? Acham que é de graça?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Talvez alguns não tenham notado nos eventos que promovemos o tanto de problemas que tivemos na transmissão de mensagens, palestras e lançamento de livros. Mas… bem, aqui vai algumas coisas necessárias para que possamos manter as transmissões via internet em dia:</i><br />
<i><br /></i>
<i>Compra de Softwares, necessários para manter uma boa transmissão e qualidade da mesma. E olhem que ainda estamos longe disso, dessa qualidade toda… Licenciamento de softwares, isso mesmo, não pirateamos softwares, nós compramos licenças de uso e pagamos caro por isso.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Exclusivamente para mantermos as transmissões, gravarmos, fazer edição dos videos, atualmente, por não termos condições financeiras para algo mais arrojado, temos apenas 3 profissionais, com um valor de folha de pagamento aproximado de 15 mil reais, o mínimo necessário para levar ao ar estas imagens, cursos, estudos e tudo o mais que estamos providenciando para o público. E são profissionais de imagem e edição, pessoas que não dedicam e nem podem dedicar de graça o seu tempo, pois o trabalham quase 24 horas e precisam comer, pagar suas contas e pagar outros cursos que fazem para se capacitarem a realizar o trabalho minimamente aceitável e com qualidade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E estúdio, ah! Isso é complexo. Mutas vezes tivemos de improvisar nos fundos de minha casa para as gravações, mas o improviso mostrou-se complicado na hora da edição dos videos e do som, então, partimos para o aluguel do estúdio e agora, investindo na possibilidade de construir um estúdio próprio na Clínica Holística Joseph Gleber, para transmitir os programas que estamos elaborando e os demais cursos, gratuito e pagos, para quem quiser. E olhe que após conseguirmos o projeto arquitetônico e o trabalho do engenheiro gratuito, ainda assim, as despesas somam até agora o valor aproximado de 80 mil reais, e isto sem os equipamentos finais do estúdio. Somente a construção em si. Inflação? Nada disso! Bem vindo ao planeta terra, ao mundo dos escarnados…</i><br />
<i><br /></i>
<i>Compra de equipamentos é outro fator que merece ser relatado a vocês. Não há como gravar, fazer edição de imagem e som, sem iluminação apropriada, sem computadores preparados exclusivamente para isso, com seus programas, softwares e muito mais, inclusive cursos que nos ensinem a fazer tudo isso e que propiciem aos profissionais envolvidos – profissionais e não voluntários -, recursos pára trabalharem com esses equipamentos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Atualmente adquirimos equipamentos apenas para o início das atividades na internet, como monitores, computadores, pagamento de servidores para aguentar a demanda de pessoas acessando tudo (Amazon e outros servidores) e o que direi mais?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bem, e se algo render todo este trabalho, pretendemos investir no término da construção da Clínica Holística Joseph Gleber e na Aruanda de Pai João, instituições que realizam “de graça” atendimentos na área social, mediúnica, de saúde entre outras atividades, as quais estão localizadas juntamente com a Sociedade Espírita Everilda Batista, respectivamente, nas cidades de Sabará e Contagem, em Minas Gerais.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E com tudo isso, aí sim, após estes investimentos todos que fazemos em geral com curso pagos, podemos manter gratuitos, os cursos presenciais os quais exigem algum investimento em material, capacitação dos nossos professores.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ou seja, os mesmos cursos presenciais que se podem fazer gratuitamente, só são possíveis graças aos cursos que ministramos, pagos. Mas caso as pessoas não queiram pagar, poderão se matricular nos presenciais que são de graça, diretamente na Casa de Everilda Batista, mas sabendo o seguinte: aquilo que para alguns é de graça, tem alguém que arca com as despesas. Isso posto, esclarecemos: “dai de graça o que de graça recebestes”, não se aplica ao nosso caso e a nenhuma outra instituição, empresa ou trabalho via internet ou presencial. Pelo menos para nós, o de graça nunca ocorreu. Sempre tivemos de pagar as despesas pela construcão e manutenção de nossas obras sociais.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Porque cobrar?</i><br />
<i><br /></i>
<i> Primeira questão: manutenção de tudo isso de que falei anteriormente. Depois, como consequencia, a cobrança de cursos, tanto quanto a gratuidade de outros, faz com que ocorra a natural seleção entre os realmente necessitados, os fofoqueiros, os caluniadores, e os formadores de opinião. Isto é algo natural do processo seletivo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois, o fato de cobrar pelos cursos, além de podermos manter a divulgação e investirmos na qualidade e manutenção dos mesmos, forma a cultura de investir na cultura, seja espiritual ou de forma geral. Sem cobrar seria imposível o Robson Pinheiro e qualquer outro divulgador da mensagem espírita, manter todas estas obras de graça para quem realmente necessita.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ainda assim, caso sobre dinheiro, o que até agora não vimos ocorrer, – ao contrário -, podemos investir na divulgação espírita em outros países.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Sabiam que quando viajamos para outros países, os centros espíritas que nos convidam nunca pagaram passagens, hospedagem, nem alimentação?</i><br />
<i><br /></i>
<i>E que nunca conseguimos contar sequer com ajuda de custos das viagens?</i><br />
<i><br /></i>
<i>E que pagamos alto preço por excesso de bagagens, ao levarmos livros, o medicamento água viva para distribuir gratuitamente nos centros da Europa e em outros continentes?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Para se ter uma idéia, na última viagem que fizemos pagamos mais de 2000 dólares de excesso de peso por levarmos os livros espíritas, os quais foram vendidos com desconto, embora o prejuízo, e amargamos um sério prejuízo; Sabiam também que as pessoas que viajam comigo pagam do próprio bolso as passagens, hospedagens e alimentação? Sabia disso? Que nenhum centro espírita paga estas despesas para os oradores? Mesmo porque são caríssimas e os investidores das companhias aéreas não são espíritas e nem caridosos a ponto de isentar-nos das taxas, das passagens e nem da hospedagem?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pois bem amigos, pensem um pouco nisso e façam as contas com suas calculadoras… de preferência antes de xingarem, brigarem ou tentarem difamar qualquer orador espírita que faz uma tarefa de divulgação. Lembremo-nos de Kardec em sua época e entenderemos porque o codificador morreu angustiado com os espíritas e com a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que diziam que ele estava enriquecendo com o dinheiro da venda dos livros espíritas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Outra questão que se impõe e eu a descobri com a experiência em meu trabalho professional. Quando eu atendia como terapeuta holístico, em geral eu tirava um dia na semana para atender de graça as pessoas que não podiam pagar, ou diziam não poder. Nenhuma delas, absolutamente nenhuma, chegou a termo, ou levou o tratamento a sério. Nenhuma mesmo. Todas abandonaram o tratamento, exatamente porque não investiram um centavo nele.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E foi aí que descobri que temos três públicos. O primeiro que realmente não pode pagar, mas falta vontade de melhorar e em geral é o mais exigente de todos. O segundo, os que dizem não poder pagar tratamento, cursos, especialização e cobram de tudo e todos, do governo, das pessoas dos médiuns, que tudo seja gratuito – os vampiros energéticos que vivem como sanguessugas espirituais. Estes não podem pagar cursos, nem tratamento e nem nada, a não ser as cervejas, a tv por assinatura, a televisão de última geração, a manutenção do carro, o apartamento, algumas festinhas, mas investir em si mesmo, nada. E disso eu falo em meu curso de autodefesa.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E finalmente os formadores de opinião, os livre pensadores. Estes sabem o que querem, investem no auto conhecimento e incentivam outros a formarem opinião e se auto transformarem. Para os dois primeiros, temos as atividades gratuitas da Casa Espírita -, digo gratuitas para eles, pois nós pagamos as despesas. Hoje, para nossa casa abrir, somente a Casa de Everilda Batista, sem contar as outras instituições, temos um gasto fixo de 7.000,00 sete mil reais mensais. Isto para as pessoas receberem de graça os passes, as orientações mediúnicas, o magnetismo, a bioenergia, as psicografias de cartas consoladoras as cirurgias espirituais, estas sim, dependentes dos espíritos e por isso de graça. Inclusive, de graça, os cursos ministrads pela UniSpiritus, Universidade do Espírito de Minas Gerais, absolutamente gratuitos. Ufa! Falei demais… mas ainda não acabou.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bem, e é bom entender que na internet, nós não estamos fundando um centro espírita virtual. Isto aqui não é casa Espírita, portanto, a parte que podemos disponibiizar de graça, como os módulos do curso de auto defesa e outros tantos que já tenho na manga para compartilhar gratuitamente, inclusive livros digitais, precisam ser sustentados, ter suas despesas pagas e mantidas por alguém, isto sem falar no trabalho de divulgação espírita dentro e fora do Brasil.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Portanto, aqui nunca pretendi fazer um Centro Espírita On Line, e portanto, não se aplica a nós os argumentos tão caridosos e sensíveis dos espíritas que herdaram o DNA diretamente da França do século XIX, da época de Kardec.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nossa proposta não é sustentar a ignorância humana, mas formar livres pensadores e para isto, precisamos investir e ensinar a cultura de investir na cultura.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Embora tenhamos em mente e estejamos em andamento com os projetos de palestras gratuitas, como já temos em nosso site, em mantermos uma rede de pessoas bem informadas e com estudos perfeitamente acessíveis ao público, também de graça, mas enfim, se tudo for de graça, já estaríamos falidos, pois nossas despesas já neste mês ultrapassam em muito o meu salário de profissional da area de terapias holísticas. Quero deixar bem claro que a internet não é Centro Espírita e os provedores, os profissionais que trabalham com imagem, som, enventos interativos, transmissão, manutenção, computadores, edição, e estudio, não são médiuns espíritas, nem religiosos e graças a Deus, a maioria absurda não são espíritas, porque se fosse, com certeza estaríamos transmitindo ainda com sinais de fumaça ou por fax, quando muito.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E finalmente, decodificando o perfil psicológico de quem quer tudo de graça, em geral são pessoas insatisfeitas com suas vidas, com o sistema, com a religião, com os mediuns, com Deus, com o universo. Em geral, mas nem sempre, são pessoas que não fazem nada de ostensivo e significativo para a formação de livres pensadores ou para a humanidade, que não construíram uma obra social e nem a mantêm, que nunca entraram em contato com outras culturas e experimentaram os desafios de se manterem e manter a divulgação das ideias espirituais com os recursos próprios.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Enfim, em geral, mas nem sempre, felizmente, são vampiros energéticos que querem tudo de graça, mas não exitam em comprar carros caros, televisões, diversões, cervejas, lazer e outras coisas. São vampiros exigentes. Exigem sempre, mas nunca dão nada para a humanidade. Porque isto custa. Doar custa caro e o de graça em geral, é muito caro para quem o faz.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E aí, para finalizar, dá para ter uma ideia do porque o Espiritismo não vingou na Europa na época de Kardec, embora na Europa, atualmente, se veja o trabalho de verdadeiros missionários para divulgar o pensamento espírita, viajando e enfrentando dificuldades mil, para sustentar a tarefa. Embora eu não seja missionário, quero lançar um desafio aqui: tentem, os detratores e caluniadores de plantão, sustentartem uma obra por mais de 20 anos, atendendo gratuitamente pelo menos 2 mil pessoas semanais; minstrando cursos presenciais semanais, durante o ano inteiro, sem cobrar nada em troca; manter atendimento a crianças carentes e famílias marginalizadas; manter a divulgação de livros com a manutenção dessa divulgação num país em que se paga cada dia mais tributos e cuja inflação e preço final do produto não depende de você, mas dentre outros fatores, do controle ou descontrole do governo. Tente fazer isso por pelo menos 20 anos ininterruptos e você terá uma pálida visão do que enfrentou Kardec nos dias dele e que enfrentamos nos dias nossos. E depois de ver, viver e vivenciar tudo isso, parafraseando Jesus e o apóstolo Thiago: “atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”. E “Mostra-me a sua fé sem as obras e lhe mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-15896701908586411162018-02-17T07:00:00.000-02:002018-02-17T07:00:36.143-02:00Os erros de suposta psicografia de Irmão X que cita Marilyn Monroe<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkkG9bZ3a1Nslpe1sHqCv_Y_3RfUDn6S_C6Rw2ADCeWjcKBgsBvXmMRMJ342wMYtu40YZnk1-o6rV2JrTAtAM_7YclLinyTMXoyym9SyQr_Hw9V98ziDrlUZYr7zO5K9rWQuEd6UkJ2_4/s1600/humberto-de-campos-e-marilyn-monroe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="850" data-original-width="1356" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkkG9bZ3a1Nslpe1sHqCv_Y_3RfUDn6S_C6Rw2ADCeWjcKBgsBvXmMRMJ342wMYtu40YZnk1-o6rV2JrTAtAM_7YclLinyTMXoyym9SyQr_Hw9V98ziDrlUZYr7zO5K9rWQuEd6UkJ2_4/s400/humberto-de-campos-e-marilyn-monroe.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Sensacionalismo é isso aí, e o arrivismo de Francisco Cândido Xavier não teve limites. No livro <i>Estante da Vida</i>, de 1969, atribuído a Humberto de Campos por meio do pseudônimo Irmão X, Chico Xavier cria uma história fictícia, atribuída ao "mundo espiritual", na qual Humberto teria viajado para os EUA para visitar o túmulo da atriz Marilyn Monroe, falecida sete anos antes.<br />
<br />
Há muitas irregularidades no texto, não bastasse lembrar a linguagem pessoal de Chico Xavier. Primeiro, mostra a inconcebível hipótese de Marilyn ficar prisioneira do seu próprio túmulo, pois sabemos que, conhecendo a personalidade da atriz estadunidense, ela teria se afastado do lugar de sua tragédia ou de qualquer lugar relacionado, como o cemitério onde seu corpo foi enterrado.<br />
<br />
Simulando uma "reportagem", Chico ainda põe na conta da atriz teorias "espíritas" que são próprias da pessoa do "médium" e essa irresponsável atitude de criar uma narrativa fictícia e atribui-la à realidade do mundo espiritual pode também ser observada pelo fato de que não há uma mensagem em inglês, idioma pelo qual Marilyn se comunicaria. Marilyn era rebaixada a uma mera propagandista do "espiritismo" brasileiro e igrejista, vejam que absurdo!!<br />
<br />
Marilyn "fala em português" e "pensa como Chico Xavier", o que faz os idiotas "espíritas" devotos do "médium" bastante extasiados, porque, tão idiotas que são, acreditam que é maravilhoso qualquer um "pensar como Chico Xavier", o festejado ídolo deles.<br />
<br />
Publicamos este texto para ver o absurdo da narrativa, feita para alimentar o duplo sensacionalismo da apropriação de Humberto, ainda que disfarçado pelo nome "Irmão X", e pelo apelo publicitário de envolver uma atriz estrangeira muitíssimo popular, até os dias de hoje. Foi um gancho feito para vender livros e enriquecer a FEB, uma finalidade que Chico fingiu desconhecer e até se passou por "decepcionado e triste" quando se denunciou essa barbaridade.<br />
<br />
Mas Chico, sabemos, só foi pobre até 1932, tendo daí até o fim da vida recebendo tratamento de aristocrata, apenas não mexendo em moedas sujas. E ele sabia muito bem, pois combinou com seu tutor Antônio Wantuil de Freitas, presidente da FEB, que este ficaria com a fortuna dos livros vendidos. Há muita coisa sombria nos bastidores do "espiritismo" brasileiro, que cheira a umbral.<br />
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<i>Suposta entrevista com Marilyn Monroe por Irmão X (suposto Humberto de Campos)</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por Francisco Cândido Xavier - Livro Estante da Vida, FEB, 1969</i><br />
<i><br /></i>
<i>Caminhávamos, alguns amigos, admirando a paisagem do Wilshire Boulevard, em Hollywood, quando fizemos parada, ante a serenidade do “Memoriam Park Cemetery”, entre o nosso caminho e os jardins de Glendon Avenue.</i><br />
<i>A formosa mansão dos mortos mostrava grande movimentação de Espíritos libertos da experiência física, e entramos.</i><br />
<i>Tudo, no interior, tranqüilidade e alegria.Os túmulos simples pareciam monumentos erguidos à paz, induzindo à oração. Entre as árvores que a primavera pintara de verde novo, numerosas entidades iam e vinham, muitas delas escoradas umas nas outras, à feição de convalescentes, sustentadas por enfermeiros em pátio de hospital agradável e extenso.</i><br />
<i>Numa esquina que se alteava com o terreno, duas laranjeiras ornamentais guardavam o acesso para o interior de pequena construção que hospeda as cinzas de muitas personalidades que demandaram o Além, sob o apreço do mundo. A um canto, li a inscrição: “Marilyn Monroe – 1926-1962.” Surpreendido, perguntei a Clinton, um dos amigos que nos acompanhavam:</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Estão aqui os restos de Marilyn, a estrela do cinema, cuja história chegou até mesmo ao conhecimento de nós outros, os desencarnados de longo tempo no Mundo Espiritual?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Sim – respondeu ele, e acentuou com expressão significativa: – não se detenha, porém, a tatear-lhe a legenda mortuária…Ela está viva e você pode encontrá-la, aqui e agora…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Como?</i><br />
<i><br /></i>
<i>O amigo indicou frondoso olmo chinês, cuja galharia compõe esmeraldino refúgio no largo recinto, e falou:</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Ei-la que descansa, decerto em visita de reconforto e reminiscência…</i><br />
<i><br /></i>
<i>A poucos passos de nós, uma jovem desencarnada, mas ainda evidentemente enferma, repousava a cabeça loura no colo de simpática senhora que a tutelava. Marilyn Monroe, pois era ela, exibia a face desfigurada e os olhos tristes. Informados de que nos seria lícito aborda-la, para alguns momentos de conversa, aproximamo-nos, respeitosos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Clinton fez a apresentação e aduzi:</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Sou um amigo do Brasil que deseja ouvi-la.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Um brasileiro a procurar-me, depois da morte?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Sim, e porque não? – acrescentei – a sua experiência pessoal interessa a milhões de pessoas no mundo inteiro…</i><br />
<i><br /></i>
<i>E o diálogo prosseguiu:</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Uma experiência fracassada…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Uma lição talvez.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Em que lhe poderia ser útil?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– A sua vida influenciou muitas vidas e estimaríamos receber ainda que fosse um pequeno recado de sua parte para aqueles que lhe admiram os filmes e que lhe recordam no mundo a presença marcante …</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Quem gostaria de acolher um grito de dor?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– A dor instrui…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Fui mulher como tantas outras e não tive tempo e nem disposição para cogitar de filosofia.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Mas fale mesmo assim…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Bem, diga então às mulheres que não se iludam a respeito de beleza e fortuna, emancipação e sucesso…Isso dá popularidade e a popularidade é um trapézio no qual raras criaturas conseguem dar espetáculos de grandeza moral, incessantemente, no circo do cotidiano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Admite, desse modo, que a mulher deve permanecer no lar, de maneira exclusiva?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Não tanto. O lar é uma instituição que pertence à responsabilidade tanto da mulher quanto do homem. Quero dizer que a mulher lutou durante séculos para obter a liberdade… Agora que a possui nas nações progressistas, é necessário aprender a controla-la. A liberdade é um bem que reclama senso de administração, como acontece ao poder, ao dinheiro, à inteligência…</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pensei alguns momentos na fama daquela jovem que se apresentara à Terra inteira, dali mesmo, em Hollywood, e ajuntei:</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Miss Monroe, quando se refere à liberdade da mulher, você quer mencionar a liberdade do sexo?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Especialmente.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Porquê?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Concorrendo sem qualquer obstáculo ao trabalho do homem, a mulher, de modo geral, se julga com direito a qualquer tipo de experiência e, com isso, na maioria das vezes, compromete as bases da vida. Agora que regressei à Espiritualidade, compreendo que a reencarnação é uma escola com muita dificuldade de funcionar para o bem; toda vez que a mulher foge à obrigação de amar, nos filhos, a edificação moral a que é chamada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Deseja dizer que o sexo…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Pode ser comparado à porta da vida terrestre, canal de renascimento e renovação, capaz de ser guiado para a luz ou para as trevas, conforme o rumo que se lhe dê.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Ser-lhe-ia possível clarear um pouco mais este assunto?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Não tenho expressões para falar sobre isso com o esclarecimento necessário; no entanto, proponho-me a afirmar que o sexo é uma espécie de caminho sublime para a manifestação do amor criativo, no campo das formas físicas e na esfera das obras espirituais, e, se não for respeitado por uma sensata administração dos valores de que se constitui, vem a ser naturalmente tumultuado pelas inteligências animalizadas que ainda se encontram nos níveis mais baixos da evolução.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Miss Monroe – considerei, encantado, em lhe ouvir os conceitos -, devo asseverar-lhe, não sem profunda estima por sua pessoa, que o suicídio não lhe alterou a lucidez.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– A tese do suicídio não é verdadeira como foi comentada – acentuou ela sorrindo. – Os vivos falam acerca dos mortos o que lhes vem à cabeça, sem que os mortos lhes possam dar a resposta devida, ignorando que eles mesmos, os vivos, se encontrarão, mais tarde, diante desse mesmo problema… A desencarnação me alcançou através de tremendo processo obsessivo. Em verdade, na época, me achava sob profunda depressão. Desde menina, sofri altos e baixos, em matéria de sentimento, por não saber governar a minha liberdade…Depois de noites horríveis, nas quais me sentia desvairar, por falta de orientação e de fé, ingeri, quase semi-inconsciente, os elementos mortíferos que me expulsaram do corpo, na suposição de que tomava uma simples dose de pílulas mensageiras do sono…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Conseguiu dormir na grande transição?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– De modo algum. Quando minha governanta bateu à porta do quarto, inquieta ao ver a luz acesa, acordei às súbitas da sonolência a que me confiara, sentindo-me duas pessoas a um só tempo… Gritei apavorada, sem saber, de imediato, identificar-me, porque lograva mover-me e falar, ao lado daquela outra forma, a vestimenta carnal que eu largara… Infelizmente para mim, o aposento abrigava alguns malfeitores desencarnados que, mais tarde, vim a saber, me dilapidavam as energias. Acompanhei, com indescritível angústia, o que se seguiu com o meu corpo inerme; entretanto, isso faz parte de um capítulo do meu sofrimento que lhe peço permissão para não relembrar…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Ser-lhe-á possível explicar-nos porque terá experimentado essa agudeza de percepção, justamente no instante em que a morte, de modo comum, traz anestesia e repouso?</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Efetivamente, não tive a intenção de fugir da existência, mas, no fundo, estava incursa no suicídio indireto. Malbaratara minhas forças, em nome da arte, entregara-me a excessos que me arrasaram as oportunidades de elevação… Ultimamente fui informada por amigos daqui de que não me foi possível descansar, após a desencarnação, enquanto não me desvencilhei da influência perniciosa de Espíritos vampirizadores a cujos propósitos eu aderira, por falta de discernimento quanto às leis que regem o equilíbrio da alma.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Compreendo que dispõe agora de valiosos conhecimentos, em torno da obsessão…</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Sim, creio hoje que a obsessão, entre as criaturas humanas, é um flagelo muito pior que o câncer. Peçamos a Deus que a ciência do mundo se decida a estudar-lhe os problemas e resolve-los…</i><br />
<i><br /></i>
<i>A entrevistada mostrava sinais de fadiga e, pelos olhos da enfermeira que lhe guardava a cabeça no regaço amigo, percebi que não me cabia avançar.</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Miss Monroe – conclui -, foi um prazer para mim este encontro em Hollywood. Podemos, acaso, saber quais são, na atualidade, os seus planos para o futuro?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ela emitiu novo sorriso, em que se misturavam a tristeza e a esperança, manteve silêncio por alguns instantes e afirmou;</i><br />
<i><br /></i>
<i>– Na condição de doente, primeiro, quero melhorar-me… Em seguida, como aluna no educandário da vida, preciso repetir as lições e provas em que fali…Por agora, não devo e nem posso ter outro objetivo que não seja reencarnar, lutar, sofrer e reaprender.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pronunciei algumas frases curtas de agradecimento e despedida e ela agitou a pequenina mão num gesto de adeus. Logo após, alinhavei estas notas, à guisa de reportagem, a fim de pensar nas bênçãos do Espiritismo Evangélico e na necessidade da sua divulgação.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-35959964670161071342018-02-16T07:00:00.000-02:002018-02-16T07:00:00.318-02:00Chico Xavier e a Ufologia - Prova de desvio grave contra os ensinamentos espíritas<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNFNWJ1auQNSoL-LxoudZfNvKsPXCi66DfGmvGx-B8U2r03Kz8mBLPeHbHpHt6QXWIUleNVMov-6QxFCf0bjD7pSox8s1fvSC5hV5F2zYy4plVDFD3Uww1vZnXZiFnnFvupJh_h1oH10/s1600/geraldo-lemos-neto-e-chico-xavier.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="742" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNFNWJ1auQNSoL-LxoudZfNvKsPXCi66DfGmvGx-B8U2r03Kz8mBLPeHbHpHt6QXWIUleNVMov-6QxFCf0bjD7pSox8s1fvSC5hV5F2zYy4plVDFD3Uww1vZnXZiFnnFvupJh_h1oH10/s400/geraldo-lemos-neto-e-chico-xavier.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Francisco Cândido Xavier causou tantas confusões que nem mesmo a tese da "data-limite" é unanimidade entre seus seguidores. É risível que, numa doutrina que se diz "unificadora" - desde que seja pela deturpação igrejista, e não pelas bases originais do Espiritismo - , chiquistas briguem por causa da validade ou não da tese.<br />
<br />
Há até mesmo seguidores de Chico Xavier em conflito. Geraldo Lemos Neto é divulgador da tese da "data-limite", e afirma ter conversado com o "médium". Ariston Teles, "médium" baiano radicado em Brasília, contraria isso e disse ter recebido mensagem em voz de Chico negando a tese. Divaldo Franco, discípulo de Chico, defende a "data-limite". Eurípedes Higino, "filho" e "herdeiro" de Chico, renega a tese.<br />
<br />
Não dá mesmo para entender, e é isso que arruína o que se conhece como "espiritismo" no Brasil. Uma doutrina marcada pela confusão, pela deturpação, pela mistificação, pela dissimulação, pelas obras <i>fake</i> atribuídas a autores mortos, pelo igrejismo roustanguista nunca assumido.<br />
<br />
Portanto, não é a inveja, nem a calúnia, nem a intolerância religiosa que fazem o "espiritismo" brasileiro ser duramente criticado. São seus maus atos, suas más decisões, movidas pelas paixões religiosas e por tantos e tantos interesses sensacionalistas, arrivistas, mistificadores e manipuladores da opinião pública que foram feitos durante décadas.<br />
<br />
Um dos absurdos que se observa se refere à questão da Ufologia, uma área atribuída ao conhecimento humano que, no entanto, tem valor cientificamente duvidoso, marcado por sensacionalismo, especulações e mistificações.<br />
<br />
Um artigo de Pedro de Campos que aqui reproduzimos, com o autor favorável ao assunto abordado, que é a suposta relação de Chico Xavier com os alienígenas, comprova a que ponto se chegou a deturpação do Espiritismo no Brasil, rebaixado a uma interminável coleção de mistificações que mancham de profunda vergonha o legado deixado por Allan Kardec.<br />
<br />
O próprio Pedro de Campos está a serviço da mistificação, fazendo "análises" sobre um documento <i>fake</i> da Idade Média, renegado até pelos sacerdotes católicos medievais, chamado "Epístola Lentuli", da qual Chico teria se inspirado para supor a "encarnação" de Emmanuel como um suposto Públio Lentulus que nunca existiu, embora homônimo a outros já existentes e de diferentes posições de poder no Império Romano. Risivelmente, o "Públio Lentulus" de Emmanuel era um romano que nunca falava latim, mas um português bem brasileiro, "há dois mil anos".<br />
<br />
Vejamos o texto:<br />
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==========<br />
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<i>Caso Chico Xavier - Aliens de 3 metros e corpo esquelético</i><br />
<i><br /></i>
<i>Por Pedro de Campos</i><br />
<i><br /></i>
<i>Dentre as pessoas que temos a honra de conhecer está Geraldo Lemos Neto. Desde o lançamento de Lentulus, encarnações de Emmanuel – Inquirição histórica, tivemos a satisfação de ver o nosso livro no prestigioso site da editora Vinha de Luz. Depois, por ocasião dos nossos trabalhos sobre a Epístola Lentuli - Parte 1, Parte 2 e Parte 3 - publicados na Espiritismo & Ciência a partir de junho de 2011 (números 87, 89 e 91), Geraldo repercutiu na internet as pesquisas históricas para todos os interessados. Geraldinho, como era chamado carinhosamente pelo nosso saudoso Francisco Cândido Xavier, após a desencarnação do conhecido médium fundou em Pedro Leopoldo, estado de Minas Gerais, um museu com as coisas do Chico. A Casa de Chico Xavier é hoje uma referência turística obrigatória para quem vai àquela região de Minas Gerais. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Geraldinho se lembrou de uma frase dos tempos de Cristo: “Se vos falo das coisas terrestres e não me credes, como crereis se vos falar das coisas dos céus?” Jo 3,12. A frase parecia se encaixar aos dias atuais, porque quando Chico lhe contou sobre a questão alienígena também foi difícil acreditar – se engana quem pensa que Chico não teve contato com os UFOs. Quanto a nós, quando pedimos permissão a Geraldinho para publicar aqui o seu testemunho, ele nos disse com tranquilidade: “Fique totalmente à vontade Pedro, caso queira divulgar essa experiência, porque creio que os tempos são chegados e precisamos amadurecer mais com as informações de Chico Xavier”. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Contou-nos que há muito desejava relatar este caso. Ficara sabendo da ocorrência quando de suas conversas com o prestigioso médium e não vira ninguém contá-la até então. Aproveitou para fazer isso neste 2 de Abril de 2012, data em que Chico, caso estivesse entre nós, estaria completando mais um aniversário. Na casa de Chico, em Uberaba, por ocasião de suas conversas com o médium, as quais se prolongavam às vezes até a madrugada, Geraldinho gostava de perguntar sobre as coisas do universo, das galáxias e suas nebulosas, das estrelas e planetas que se movimentam ao derredor. Chico lhe falava com muita vivacidade sobre esses assuntos, inclusive sobre a existência de humanidades muito mais avançadas que a nossa, espalhadas por esses Multiversos sem fim. Certa feita, de modo surpreendente, Chico contou a ele que já havia estado com visitantes de outros orbes, mas quando Geraldinho disse que sua vontade era um dia também conhecê-los, o médium foi enfático e contou-lhe a ocorrência. </i><br />
<i><br /></i>
<i>“Você deve ter muito cuidado Geraldinho – disse Chico preocupado –, porque embora a maioria das civilizações que já desvendaram os segredos das viagens interplanetárias seja de grande evolução espiritual, votadas ao bem e à fraternidade, há também aquelas que somente se desenvolveram no campo da técnica, enregelando os sentimentos mais nobres do coração. Representantes dessa outra turma também têm nos visitado, mas com objetivos escusos... Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção às nossas necessidades e aos nossos sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais para experiências horrorosas em suas naves. Quanto a esta turma, devemos ter muito cuidado”. O médium parou, pensou, e prosseguiu em seguida contado sua experiência pessoal.</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Uma vez eu estava indo de Uberaba a Franca e, depois, a Ribeirão Preto para visitar a irmã do Vivaldo [Vivaldo da Cunha Borges, cunhado de Geraldinho], Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração nesta última cidade. O doutor Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e eu, que fiquei no banco detrás. Pois bem, íamos lá pelas 3 horas da manhã para evitar o trânsito, e a meio caminho uma luz meio baça, na cor alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. O doutor Elias achou por bem encostar o carro e esperamos os três para ver o que ia acontecer. Intuitivamente comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O espírito Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada vigilância. A nave apareceu então no pasto ao lado, iluminando toda a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar o solo, e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda, de onde desceu uma entidade alienígena. Ela tinha uma aparência humanóide, mas muito mais alta que nós, com cerca de três metros de altura, quase esquelética.</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor que nos afastasse daquele cálice de amarguras, que pressentia com o auxílio de Emmanuel. Subitamente a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a sua nave. Depois, o veículo interplanetário se elevou do solo e eu vi perfeitamente uma vaca sendo levada até o seu interior, como se levitasse até lá. Em seguida, a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa.</i><br />
<i><br /></i>
<i>“O espírito Emmanuel me revelou então que estes irmãos infelizmente não eram vinculados ao bem e ao amor, eram sociedades que pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em quando, abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo Emmanuel, eles somente não fazem mais porque Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães para proteger a humanidade terrestre ainda tão ignorante quanto às realidades siderais em sua infância planetária. “Então, meu filho – asseverou Chico –, se você avistar alguma entidade com as características que eu lhe dei, três metros de altura e corpo humanóide esquelético, corra, Geraldinho... Pernas pra que te quero!!!”</i><br />
<i><br /></i>
<i>E Chico desatou seu riso tão característico. Embora na ocasião do contato estivesse ele preocupado, estava agora feliz por ter vivido essa e outras experiências. Geraldinho, por sua vez, não conteve a pergunta, quis saber se havia também os aliens bonzinhos, ao que Chico comentou outra experiência. </i><br />
<i><br /></i>
<i>“Ah! São magníficos! Os que eu conheci são criaturas de muito baixa estatura, cerca de um metro apenas. São grandes inteligências e por isto mesmo têm uma cabeça de tamanho avantajado em relação à nossa, com grandes olhos amendoados e meigos, capazes de divisar todas as faixas de vida nos diversos planos de matéria física e espiritual. Não possuem nariz, orelhas e sua boca é apenas um pequeno orifício. Seus sistemas fisiológicos são muito diferentes dos nossos e já não possuem intestinos. Toda a sua alimentação é apenas líquida. São de uma bondade extraordinária e protegem a civilização terrena assumindo um compromisso com Jesus de nos guiar para o bem. Um dia, Geraldinho, que não vai longe, eles terão permissão do Cristo para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços tecnológicos, médicos e científicos nunca dantes imaginados.”</i><br />
<i><br /></i>
<i>Com essas palavras, Geraldinho ficou imaginando como o universo deve ser vasto, e quanto o Chico sabia sobre ele e ficava calado. Certa feita, Chico falou que Plutão era uma espécie de prisão espiritual, um isolamento milenar de espíritos endividados por crimes contra a humanidade, para eles mesmos se protegem das multidões de hordas vingativas e repensarem os seus atos criminosos do passado. Semelhante a Plutão, Mercúrio e Lua também são esferas em que vibram espíritos com grandes débitos, cada qual com seu grau evolutivo e vivendo experiências reparadoras. Mas nesses isolamentos não estão eles sem o amparo da Providência divina, que se faz presente ali por meio de espíritos de elevada expressão, verdadeiros mestres da paz em missão do bem. Chico era capaz de falar sobre os mistérios da vida no mais além. “E com que simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas dos céus”, finalizou saudoso o administrador da Casa de Chico Xavier. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Os ufólogos como nós, que há anos estão envolvidos no estudo e na pesquisa da casuística, sabem que há mais de meia centena de raças alienígenas chegando à Terra para experiências favoráveis a elas (veja mais sobre isso neste blog, postagem de número 11. Tipologia, contato e procedimento alien). Sabe-se hoje, pelos contatos testemunhados e cientificamente estudados, que o tamanho e a aparência contam pouco no caráter e na sensibilidade alienígena para com as coisas do homem. Tais características podem ser tomadas apenas como pequenas experiências em meio a muitas outras.</i><i> </i><br />
<i><br /></i>
<i>Os espíritos encarnados em corpos densos de outros orbes ou em bioformas ultrafísicas de outras dimensões possuem livre arbítrio, assim como nós, realizam incursões conforme sua capacidade técnica e estão ávidos por conhecimento; vez ou outra deixam mensagem nos alertando sobre as ações incorretas do homem, mas tal iniciativa não significa que vieram nos ajudar. Para ter certeza de suas reais intenções, seria preciso haver contato formal. Considerando Chico Xavier: “Não vai longe o dia em que eles terão permissão do Cristo para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços tecnológicos, médicos e científicos nunca dantes imaginados”. Antes disso, a prudência nos recomenda pesquisar de modo científico as ocorrências – assista ao vídeo abaixo, para saber como está sendo feito isso hoje. Trata-se de sério documentário sobre casos verídicos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita, publicados pela Lúmen Editorial. E também do recém-lançamento: Lentulus – Encarnações de Emmanuel. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-82310022021155293382018-02-15T07:00:00.000-02:002018-02-15T10:06:51.811-02:00Rede Globo protege Beija-Flor e Mocidade Independente de Padre Miguel<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqEtQYqnxHLsId_G7omdR3j6bIwiBezhlwZ_7viPHBrFEjstFFXDS-ca7ayYW9w5YrD6vJ_hlsbK2qy2Xp65PQJbtNQizpKE3o4_RtLUiGy5bfsMa8rDUKBFXHeGOdp2s-tZ_DluzImts/s1600/desfile-mocidade-independente-de-padre-miguel-carnaval-2018-rio-de-janeiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqEtQYqnxHLsId_G7omdR3j6bIwiBezhlwZ_7viPHBrFEjstFFXDS-ca7ayYW9w5YrD6vJ_hlsbK2qy2Xp65PQJbtNQizpKE3o4_RtLUiGy5bfsMa8rDUKBFXHeGOdp2s-tZ_DluzImts/s400/desfile-mocidade-independente-de-padre-miguel-carnaval-2018-rio-de-janeiro.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
No Carnaval 2018, marcado por protestos populares, mal-entendidos - no Carnaval de Salvador, as esquerdas entenderam mal o refrão "Vai dar PT" cantado por Léo Santana, que se refere não ao Partido dos Trabalhadores, mas ao termo "perda total" - , a Rede Globo mostra seu conservadorismo e, para variar, protegendo duas escolas controladas pelo jogo-do-bicho e que apresentaram temáticas de agrado à emissora.<br />
<br />
A Beija-Flor de Nilópolis, campeã do Carnaval 2018, tornou-se a mais protegida, por ter lançado o samba-enredo "Monstro É Aquele Que Não Sabe Amar (Os Filhos Abandonados da Pátria Que Os Pariu)", com temática voltada à maneira conservadora que se aborda a corrupção política, visão que é compartilhada pelos "espíritas".<br />
<br />
A temática fez contraponto ao enredo da emergente e vice-campeã Paraíso do Tuiuti, que, intitulado "Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?", fazia duras críticas ao governo Michel Temer e comparava a reforma trabalhista à escravidão, além de definir como "fantoches" os "coxinhas" (manifestantes vestidos com a camiseta da CBF) e os paneleiros que protestavam contra a presidenta Dilma Rousseff.<br />
<br />
A Globo não gostou da Tuiuti, e deu apenas um pequeno espaço de cobertura nos noticiários. Até o fechamento deste texto, a Beija-Flor tornou-se a favorita do desfile, além do Salgueiro e da Mangueira. Mas a Mocidade Independente de Padre Miguel, sexta colocada, também se mostra protegida pela corporação da família Marinho.<br />
<br />
Com um enredo que, em tese, é voltado para a Índia, "Namastê... A Estrela Que Habita em Mim Saúda a Que Existe em Você", sua letra cita dois ídolos religiosos, Francisco Cândido Xavier e Madre Teresa de Calcutá, adeptos da Teologia do Sofrimento e símbolos de uma concepção bastante conservadora de "caridade humana", aquela que não ameaça os privilégios abusivos dos ricos.<br />
<br />
Na eleição do Estandarte de Ouro, promovida pelo jornal O Globo, a Mocidade Independente de Padre Miguel - que já teve como presidente de honra o bicheiro Castor de Andrade, já falecido - ganhou prêmio na categoria melhor samba-enredo, por ter citado o nome de Chico Xavier, um protegido das Organizações Globo e precursor da "caridade espetacularizada" hoje personificada por Luciano Huck.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibrsykvtYv4sMI33cSLLTVTma5BZJyGTxWXb86RQsw_dYK7qqBJ8hxqzHN_ndkWOXl-6ZRyiMGHPW9RF-WGjzz8_OgEIJrHGvZaRk2c8T28HtCVFlNZKPoskIfW_Jy6UwObcWKXKkVsgI/s1600/cena-do-desfile-da-beija-flor-no-carnaval-de-2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="1170" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibrsykvtYv4sMI33cSLLTVTma5BZJyGTxWXb86RQsw_dYK7qqBJ8hxqzHN_ndkWOXl-6ZRyiMGHPW9RF-WGjzz8_OgEIJrHGvZaRk2c8T28HtCVFlNZKPoskIfW_Jy6UwObcWKXKkVsgI/s400/cena-do-desfile-da-beija-flor-no-carnaval-de-2018.jpg" width="400" /></a></div>
<i>ENCENAÇÃO EM DESFILE DA BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS, NO CARNAVAL DE 2018 - Denúncia ou apologia acidental?</i><br />
<i><br /></i>No caso da Beija-Flor de Nilópolis, até as alegorias mostram um apelo inferior ao da Tuiuti. A Tuiuti investiu no bom humor, no didatismo e no protesto inteligente, criando até mesmo um insólito "presidente-vampiro" - alusão a Michel Temer - empolgando o público diante de protestos divertidos que incluíram pessoas vestidas de carteiras de trabalho, denunciando o fim dos direitos dos trabalhadores pela reforma trabalhista.<br />
<br />
Até mesmo os "coxinhas" e os paneleiros, manifestantes anti-Dilma que o "espiritismo" brasileiro definiu como "pessoas dotadas de conscientização política" e "intuidas por espíritos superiores no estabelecimento do caminho da Regeneração" - provas de que a doutrina de Chico Xavier e Divaldo Franco apoiou o golpe político de 2016 - foram parodiados por alegorias da escola de samba Paraíso do Tuiuti como "fantoches políticos".<br />
<br />
Em compensação, a Beija-Flor exibiu encenações de mau gosto, como policiais com marcas de tiros, simulações de sequestros etc. A Beija-Flor representou a catarse do "brasileiro médio", que vê Jornal Nacional e lê Veja e Folha de São Paulo, e cuja visão de mundo e de justiça social é da mais míope possível.<br />
<br />
A Mocidade Independente de Padre Miguel está no grupo A e luta por uma vaga no grupo Especial. A Beija-Flor, do grupo Especial, luta para ser a campeã da elite das escolas de samba. Mas, até o momento, as favoritas são Mangueira, Salgueiro e Portela. Em todo caso, a Rede Globo blinda a Beija-Flor e a Mocidade por defenderem, nos seus sambas-enredo, valores e ícones apoiados pela sociedade conservadora. Chico Xavier incluído.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-54092919951381346232018-02-14T07:00:00.000-02:002018-02-14T07:00:28.671-02:00Chico Xavier não morreu pobre. E era tratado como um aristocrata<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5NBrKRAMm2qvGlDqQkPX0g8Gl_rNE9WYy7DefL86-QRjR66KMvqfsDnplPDd1551b0cH6bHbiLdDqN4jUPbxv1B5HG1Qivt9J7vDADO_L7XGIOMvS9-wgdSt8ozZhGNEtKTJr5eMLoy4/s1600/francisco-candido-xavier-chico-xavier-rainha-elizabeth-rainha-da-inglaterra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="1518" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5NBrKRAMm2qvGlDqQkPX0g8Gl_rNE9WYy7DefL86-QRjR66KMvqfsDnplPDd1551b0cH6bHbiLdDqN4jUPbxv1B5HG1Qivt9J7vDADO_L7XGIOMvS9-wgdSt8ozZhGNEtKTJr5eMLoy4/s400/francisco-candido-xavier-chico-xavier-rainha-elizabeth-rainha-da-inglaterra.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Há um forte mito de que Francisco Cândido Xavier morreu pobre. Ele, de fato, teve origem pobre, mas, na medida em que se tornou um <i>popstar</i> da religião, nas dimensões de um Michael Jackson, ele se tornou um aristocrático, se não na vida de luxo e posses materiais, pelo menos no tratamento que era recebido.<br />
<br />
Ele apenas não tocava em dinheiro. Consentiu que o lucro dos seus livros fosse para a Federação "Espírita" Brasileira e aceitou que seu tutor Antônio Wantuil de Freitas, então presidente da instituição, se enriquecesse às custas de seu pupilo.<br />
<br />
Quando esse escândalo veio à tona, em 1969, Chico Xavier tirou o corpo fora. Fingiu estar "muito triste" com o uso do dinheiro dos livros vendidos para a fortuna da cúpula da FEB e, tendenciosamente, passou a editar seus livros em outras editoras. Mas, a essas alturas, Wantuil, doente, começava a deixar o comando da FEB, o que fazia seu protegido ficar "órfão" de seu "empresário" e descobridor.<br />
<br />
Há muitos pontos sombrios na biografia de Chico Xavier, e é lamentável que livros esclarecedores como <i>O Enigma Chico Xavier Posto à Clara Luz do Dia</i>, de Attila Paes Barreto, estejam condenados ao esquecimento. Enquanto isso, bobagens em torno de "datas-limites" são publicadas e geram livros que geram documentários que geram livros de livros que geram documentários de documentários de livros etc etc etc.<br />
<br />
Chico Xavier não morreu pobre porque nunca houve notícia de que ele havia sido abandonado na penúria, sem ter o que comer, vivendo em casa fedorenta rodeada de moscas e mosquitos, com baratas passeando pelo chão, e ignorado ou sendo jogado no chão de um hospital público qualquer.<br />
<br />
Há relatos de fim de vida pobre, sim, em relação a outros nomes, como o cantor Lúcio Alves, a vedete Wilza Carla, o intelectual Luiz Carlos Maciel e o ex-baixista da Legião Urbana, Renato Rocha, o Negrete ou Billy. Estes sim encerraram a vida na pobreza e no abandono, em muitos casos desprezados pela sociedade.<br />
<br />
Chico Xavier, não. Ele era bem tratado, como um aristocrata britânico. Era tão bem tratado quanto a Rainha Elizabeth, da Inglaterra, por exemplo. Ele apenas não tocava em dinheiro, mas viveu em situação de conforto, sim, e um conforto significativo. Chico é que buscava, como ídolo religioso, um aparato de simplicidade, mas dizer que ele faleceu na mais absoluta pobreza é um absurdo.<br />
<br />
Ele recebeu os prêmios e os aplausos e, postumamente, ainda recebe as palmas e a adoração pública, como um astro pop, como uma celebridade, como um afortunado. As fortunas de Chico Xavier podem ser simbólicas, mas nem de longe espiritualistas, pois as paixões religiosas, pela qualidade de suas manifestações emocionais, se equiparam às orgias do luxo e do dinheiro, com tantas adulações, devoções, mistificações e privilégios.<br />
<br />
Os "médiuns espíritas", pelos prêmios que recebem, pelas boas relações com os ricos e poderosos, podem ser considerados aristocratas da fé, se equiparando com os sacerdotes que eram duramente criticados por Jesus de Nazaré. Embora associados a uma aparente imagem de suposta humildade, eles se equiparam aos privilegiados da sorte e, com certeza, devem se satisfazer com a luminosidade artificial das paixões religiosas e as recompensas que recebem na Terra.<br />
<br />
No mundo espiritual, porém, não há essas ilusões e, como os "médiuns espíritas", como Chico e Divaldo Franco, deturpam o legado espírita original, numa atitude que em si já é leviana e desonesta, suas condições de pretensos "espíritos de luz" se encerram com o desencarne (Chico já sentiu o drama disso tudo), pois no além-túmulo mesmo as ilusões religiosas que aqui parecem perenes e eternas lá se dissolvem como um castelo de areia engolido pelo mar.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-68758239072215697762018-02-13T07:00:00.000-02:002018-02-13T07:00:54.432-02:00Texto da extinta revista Visão Espírita sobre Carnaval cita "Noel Rosa" 'fake'<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhllWT6QdEPN7edSnNpR95w8hrgOJG3wfgXYVtuihktH_Kf9ZPZqrWIo5bmM1FADod_QMuXXL0M-G0dx4g-l1Q18fHF-Pw3m7en5uYBR-Hmn1a8ncsofO1IMBksWnkDFkCnm4kpYsBmVI/s1600/noel-rosa-compositor-e-musico-brasileiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="575" data-original-width="590" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhllWT6QdEPN7edSnNpR95w8hrgOJG3wfgXYVtuihktH_Kf9ZPZqrWIo5bmM1FADod_QMuXXL0M-G0dx4g-l1Q18fHF-Pw3m7en5uYBR-Hmn1a8ncsofO1IMBksWnkDFkCnm4kpYsBmVI/s320/noel-rosa-compositor-e-musico-brasileiro.jpg" width="320" /></a></div>
<i>PRETENSAS PSICOGRAFIAS MOSTRAM MÚSICOS FAMOSOS COMO NOEL ROSA COMO SE FOSSEM RELIGIOSOS ABOBALHADOS.</i><br />
<i><br /></i>
Já descrevemos a revista Visão Espírita, do falecido Alamar Régis Carvalho, acusado de explorar indevidamente a mão-de-obra para a produção do periódico da Editora Seda. Pois ela havia lançado um texto sobre o Carnaval, dentro daquele moralismo "espírita" que descreve tais festejos como se fosse a "materialização do umbral" em solo terrestre, no qual há o descaramento de usar o nome do saudoso Noel Rosa (1910-1937) para uma frase igrejista.<br />
<br />
A frase em questão, na verdade uma paródia, de apelo religioso, do estilo poético do compositor carioca, famoso por inúmeras canções como "Com Que Roupa?", "Gago Apaixonado", "Conversa de Botequim", "Não Tem Tradução" e inúmeros outros, nos quais a semelhança superficial não garante a veracidade da "psicografia".<br />
<br />
Afinal, o "espírito Noel Rosa" se manifesta como se fosse um religioso abobalhado, uma espécie de pateta beato que "só pensa em caridade" e, mesmo assim, como se fosse um ritual religioso. Devemos desconfiar de mensagens assim, porque o verdadeiro caridoso não é aquele que prega, em dóceis e religiosas palavras, essa prática, mas ajuda as pessoas sem alarde e sem vaidades.<br />
<br />
Infelizmente, vemos na "caridade espírita" uma manifestação de puro cinismo, demagogia e presunção humana. Uma "caridade" que ajuda muito pouco, mas é festejada acima dos próprios méritos, bem menores do que muitos pensam.<br />
<br />
Enquanto os "médiuns espíritas", com muita hipocrisia, falam da "caridade sem alarde e sem pedir recompensa", a "caridade" que eles fizeram, que nunca deixou os pobres saírem da sua inferioridade social, só serviu para a promoção pessoal desses religiosos, forçando a adoração pública e a pretensa unanimidade em torno deles, que são vistos, pelas paixões religiosas terrenas, como os "espíritos de luz", mas que, no além-túmulo, essa ilusão é desfeita pela mais traumática das decepções.<br />
<br />
Noel Rosa era muito inteligente e observador, e, certamente, não seria o religioso patético que falaria de Natal como se fosse um meninote de dois anos. Ele mesmo, se soubesse o que se faz em seu nome nas "psicografias", reagiria sem aprovação, dizendo, na sua ironia: "Tem malandro usando o meu nome e faturando em cima".<br />
<br />
Vamos mostrar o texto abaixo, que ainda apela para o moralismo "científico" do deturpador Divaldo Franco, ilustrando essa pseudo-análise sobre o Carnaval, que mostra o quanto o "espiritismo" condena o Carnaval dos outros, mas se esquece da farra que os "espíritas" fazem traindo os ensinamentos de Allan Kardec e fingindo fidelidade a ele, assim como farras ainda piores, que é a apropriação impune, leviana, oportunista e tendenciosa dos nomes dos mortos.<br />
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<i>" ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO TAMBÉM VAI QUEM JÁ MORREU "</i><br />
<i><br /></i>
<i>Da revista Visão Espírita (data da edição não creditada, texto colhido da Internet)</i><br />
<i><br /></i>
<i>“Atrás do trio elétrico só não vai que já morreu...”. – Caetano Veloso</i><br />
<i>“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.</i><br />
<i><br /></i>
<i>No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou:</i><br />
<i>- “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A carne nada vale:</i><br />
<i><br /></i>
<i>O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Processo de loucura e obsessão:As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil”</i><i>.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-57517329067225125402018-02-12T07:00:00.000-02:002018-02-12T07:00:02.926-02:00Como não cair na tentação da retratação do "espiritismo" brasileiro?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JUckp37FXlPhKanqY7e-A8A0P2XLo0XVeIBvlgACyVVkJA8GX6hG1UkNSLX6GPdtPV6LMQThVnigEqE7_eabQGYgjpd4s_xO5a28Uy6tF6ZCpgqut8OCvYEBZ7bSIbp5_GYWuxFukFQ/s1600/pessoas-caindo-no-abismo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="480" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JUckp37FXlPhKanqY7e-A8A0P2XLo0XVeIBvlgACyVVkJA8GX6hG1UkNSLX6GPdtPV6LMQThVnigEqE7_eabQGYgjpd4s_xO5a28Uy6tF6ZCpgqut8OCvYEBZ7bSIbp5_GYWuxFukFQ/s400/pessoas-caindo-no-abismo.png" width="400" /></a></div>
<br />
No "espiritismo" brasileiro, há muitos casos de adesão de pessoas que haviam sido céticas e até extremamente críticas, a ponto de acusar os "médiuns" de charlatanismo e fraude, mas que depois, no primeiro contato com uma atividade "espírita", passam a aderir a ela com muita devoção, desfazendo das impressões anteriores.<br />
<br />
Isso é bom? Não. Isso é péssimo, é perigoso e bastante nocivo para a pessoa, que apenas ganha falsa impressão de amorosidade e paz, embora num momento ou em outro o infortúnio lhe pregue peças muito piores, nem que seja para afastar dele, através da tragédia, os entes mais queridos.<br />
<br />
O que parece uma "sublime atitude de reconhecimento da fé espírita" é na verdade uma perigosa subordinação religiosa comparável à que os hereges da Idade Média sucumbiram ao jugo católico. Nunca devemos esquecer que o "espiritismo" brasileiro, por suas escolhas igrejistas, reduziu-se a uma versão repaginada do Catolicismo jesuíta do Brasil colonial, que possuía bases medievais.<br />
<br />
É vergonhoso que no Brasil haja essa tendência, uma grande ameaça do "espiritismo" brasileiro absorver céticos e contestadores e, assim, fazer-se triunfar essa versão do Espiritismo que permanece deturpada, com traições graves contra Allan Kardec sendo impunemente praticadas, e, o que é pior, em nome dele.<br />
<br />
Os deturpadores do Espiritismo, que exercem seu poder pelo aparato de "humildade", "caridade" e "esclarecimento", até se valem do triunfalismo, aguentando as críticas pesadas que recebem e as violentas crises que os atingem, como se isso fosse uma tempestade de duas horas. Acreditam eles que seus contestadores de véspera se renderão e correrão chorando para os braços dos "médiuns", que são os sacerdotes sem batina dessa esquizofrenia religiosa.<br />
<br />
Quem se rende a esses deturpadores é tido como "forte", "perseverante" e "misericordioso". Engana-se quem pensa assim. Quem se rende assim é, na verdade, um fraco, um desistente, e um masoquista, porque o "espiritismo" finge que perdoa os hereges contemporâneos, mas lhes roga azar assim que os acolhe como "ovelhas perdidas".<br />
<br />
Há dicas para as pessoas evitarem essa retratação e seguirem a recomendação de Allan Kardec, que sempre aconselhou para que se combata a deturpação com vigilância, sem ceder um único passo em favor dos deturpadores.<br />
<br />
Segundo Kardec, os deturpadores - sobretudo, conforme nossa análise, os "médiuns" brasileiros tão conhecidos e, infelizmente, muito adorados - investem em mensagens falando de "amor", "fraternidade" e "caridade", apelando para ideias "mais lindas", de forma a dominar o interlocutor e inserir nele ideias levianas de mistificação e de conservadorismo ideológico.<br />
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Damos aqui as dicas para as pessoas evitarem qualquer retratação do "espiritismo" brasileiro, evitando assim o papel patético que pessoas como Humberto de Campos Filho fizeram ao se renderem a Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier:<br />
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1) NÃO VISITE UMA "CASA ESPÍRITA" - Estabelecimentos "espíritas" estão preparados para receber estranhos através do recurso do "bombardeio de amor", combinando apelos emotivos muito fortes e aparentemente confortadores com demonstrações de aparentes intimidade e fraternidade extremas. Isso traz sensações que na aparência soam muito agradáveis e prazerosas, mas essas sensações são alucinógenas e corrompem a razão e o bom senso, além de tornar as pessoas irritáveis à menor adversidade.<br />
<br />
2) NÃO SE DEIXE LEVAR PELA POSE DE COITADOS DOS "MÉDIUNS ESPÍRITAS" - É essencial resistir, com todas as energias, à pose de coitados e de vítimas dos "médiuns espíritas", que sempre tentam passar uma imagem de mansuetude e aparente alegria. A tentação em se deixar levar pela aparência suave desses perversos deturpadores do Espiritismo é imensa e já levou muitos bravos Ulisses do cotidiano atual para os "cantos de sereias" dos "médiuns" pretensamente amorosos. É preciso firmeza, porque legitimar um "médium espírita" é legitimar a deturpação.<br />
<br />
3) NÃO SE DEIXE LEVAR POR APELOS EMOTIVOS DIVERSOS - Paisagens floridas, céu azul com nuvens brancas e sol, cenários marinhos com peixes graciosos e fotos de crianças sorrindo, ou então, de crianças pobres chorando, são apelos dos mais diversos que forçam a pessoa a se render a esse "espiritismo" deturpador. Há também a propaganda midiática que glamouriza a imagem dos "médiuns" e, no caso de Divaldo Franco, o aparato melífluo da voz ou a teatralidade das oratórias também favorece a dominação de quem não tem firmeza para resistir a esses apelos perigosos.<br />
<br />
4) DESCONFIE DAS DESCULPAS RELACIONADAS À "CARIDADE" - A "caridade" - que os "espíritas" definem erroneamente como "Assistência Social", mas é mero Assistencialismo - é usada como artifício para abafar as irregularidades do "espiritismo" brasileiro. Daí a famosa desculpa: "os espíritas no Brasil deturpam a Codificação, mas pelo menos valem pela caridade". Não, não existe a caridade sincera e espontânea e mesmo o serviço mais gratuito e aparentemente fraternal tem seu objetivo de recompensa, senão a financeira, pelo menos a simbólica, que é o prestígio religioso.<br />
<br />
5) NÃO ACEITE AS DESCULPAS DE QUE OS DETURPADORES IRÃO "APRENDER MELHOR" O ESPIRITISMO - Foi essa desculpa que fez ampliar os poderes dos "médiuns" deturpadores durante a ditadura militar. A promessa, que se comprovou em vão, dos deturpadores Chico Xavier e Divaldo Franco em "recuperar as bases doutrinárias do Espiritismo original" foi apenas uma conversa para boi dormir. O igrejismo dos dois só se intensificou, assim como as traições doutrinárias. A promessa foi como uma raposa prometer recuperar o galinheiro. Só deu errado.<br />
<br />
6) NÃO SE ILUDA COM DISCURSOS "FRATERNOS" E "UNIFICADORES" - Parece cruel, mas rejeitar o discurso de "fraternidade" e "união entre irmãos" é necessário porque muitos desses processos "unificadores" e "conciliadores" escondem mecanismos de dominação das pessoas. Em muitos momentos, a expressão "fraternidade" e "irmão" servem apenas de eufemismo para líderes religiosos dominarem as pessoas e submeterem-nas ao seu poder e controle.<br />
<br />
São alguns desses cuidados que devem ser feitos para que o questionador das irregularidades do "espiritismo" brasileiro não se renda ao seu domínio, evitando ser escravo do poder mistificador dos deturpadores e seus apelos emotivos e outros aparatos atraentes, porém perigosos.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-59495831065821659382018-02-11T07:00:00.000-02:002018-02-11T07:00:40.317-02:00Divaldo Franco, o homem que esnoba Allan Kardec<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguiipHZ41fwnF_cGtaBlLshxhZMTamhBxbEvGzF1P4w3s9tcMSWquMfcbVQ98czx4xXTdsbRTwoI3FSa8o_X62t-f8sgKbuGkYOhq67dG-EaFxxFipK5RRBam-Uaxxw5XVUCHi33-2ZE8/s400/divaldo-franco-foto-rodrigo-assmann-gazeta-do-sul.jpg" /><br />
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Um texto urgente foi escrito pelo autor que atende pelo codinome Professor Caviar, sobre o maior deturpador vivo do Espiritismo, Divaldo Franco, que não mede escrúpulos em trair os postulados kardecianos com o igrejismo de matriz roustanguista - leia-se Jean-Baptiste Roustaing ou J. B. Roustaing - temperado com o jesuitismo medieval brasileiro, para depois sair por aí bajulando Allan Kardec e se passando pelo "melhor de seus discípulos".<br />
<br />
Quanta construção de discurso, quanta fábrica de consenso foi alimentada por tantos apelos emotivos e por uma caridade fajuta que mais serve para glorificar o suposto filantropo, e quantos idiotas são muitos brasileiros que acreditaram no papo do "ativista da paz" que não consegue banir uma "farinata", oferecendo o Você e a Paz para lançar uma farsa alimentícia que depois foi cancelada por vergonhosa repercussão.<br />
<br />
Ah, quantas paixões religiosas e quanto culto à personalidade "engrandeceram" a figura do suposto médium Divaldo Franco, que havia sido previamente definido pelo espírita autêntico Herculano Pires como "impostor" (lembre-se que Herculano não era alguém de sair disparando calúnias por aí), mas se tornou "dono do Espiritismo" e dublê de pacifista e de filantropo, enganando as pessoas com sua verborragia e suas mistificações.<br />
<br />
Fiquemos com este texto, de urgente leitura e necessária divulgação, para mostrar a hipocrisia de alguém que não aprende as lições do Espiritismo e diz que as segue com muito rigor. Divaldo está para Allan Kardec assim como, na ficção humorística, Rolando Lero está para o professor Raimundo Nonato.<br />
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<i>Divaldo Franco, o homem que esnoba Allan Kardec</i><br />
<i><br /></i><i>Por Professor Caviar - Blog Intruso Espírita</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nunca foi fácil se ascender na vida, ir longe demais no prestígio social, virar uma pretensa unanimidade e se tornar quase um deus aos olhos da humanidade da Terra. Nesse sentido, roubar doce de criança se torna uma tarefa bastante sem graça, diante de tantas facilidades que as conveniências da vida podem oferecer.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nem Marcelo Nascimento, hoje empresário e outrora um dos maiores golpistas do país (retratado no famoso livro e filme Vips), foi tão longe assim. O suposto médium baiano Divaldo Franco, roustanguista de carteirinha, malabarista das palavras e o maior inimigo interno do Espiritismo, conseguiu com toda sua sorte se passar por "herdeiro de Allan Kardec", mesmo cometendo graves traições ao legado deixado pelo professor lionês.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Muitos acham chocante falar coisas sombrias sobre esse "admirável médium". Não deveria ser assim. Chocante é um oportunista desses, explorador da fé alheia, ter atingido uma projeção quase divina, virando uma pretensa unanimidade e se tornando objeto de adoração extrema até por quem poderia vê-lo com um mínimo de desconfiança.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Chocante é ver a que ponto chegou um homem desses, um hipócrita que remete aos antigos sacerdotes que eram reprovados com muita severidade por Jesus de Nazaré em seu tempo. Chocante é ver um sujeito que veste a capa de "verdadeiro discípulo de Allan Kardec", indo para Paris babar o ovo no mestre lionês, quando o próprio pedagogo de Lyon advertida, já no século XIX, contra mistificadores que desfigurariam cruelmente a Doutrina Espírita com textos empolados e ideias anti-doutrinárias.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Se deixarmos de lado a memória curta, o wishful thinking e outros vícios emocionais ou perceptivos, veremos o quanto Divaldo é um charlatão, e isso não é uma questão de calúnia ou inveja. É uma estranheza em torno de tanto aparato de "bondade" e "beleza" extra-humanos. Esquecemos que as pessoas que são realmente evoluídas não tem necessariamente o mel das palavras nem o verniz da mansuetude, assim como os melhores presentes não são aqueles que necessariamente vêm nas embalagens mais caprichadas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Quanta desinformação atinge os brasileiros. Em países menos imperfeitos, religiosos que vivem do aparato de mansuetude e possuem lábios de mel são vistos com muita estranheza. Quantos "missionários" foram, depois, desmascarados, após a denúncia de aspectos bastante sombrios? E pontos sombrios não faltam na trajetória de Divaldo Franco, mas no Brasil da complacência fácil nem a imprensa de esquerda se encorajou em identificá-lo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>OS PONTOS SOMBRIOS</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nos últimos anos, Divaldo Franco mostrou pontos bastante sombrios de sua carreira, que desmereceriam até 0,5 % da inabalável idolatria que recebe. É bom lembrar que, quando o "médium" baiano estava em ascensão, o jornalista, tradutor e estudioso autenticamente espírita, José Herculano Pires, havia alertado em carta enviada a um colega e depois levada ao público:</i><br />
<i><br /></i>
<i>"Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); conduta condenável no terreno da caridade, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita".</i><br />
<i><br /></i>
<i>O caso Nancy é referente a Nancy Ann Tappe, que lançou o modismo esotérico das "crianças-índigo", que no país de origem, os EUA, é visto como uma piada. A farsa foi "aperfeiçoada" pelo ex-casal Lee Carroll e Jan Tober, também dos EUA. No Brasil, o assunto foi levado a sério por Divaldo Franco que, fundindo com as perspectivas de "coração do mundo e pátria do Evangelho" de Francisco Cândido Xavier, estabeleceu supostas previsões sobre a regeneração da humanidade a ser, conforme esta tese, "comandada" pelo Brasil.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Há outros casos sombrios que confirmam os alertas de Herculano Pires, e que deveriam ser levados em conta pelos brasileiros. Herculano não era um moleque a querer ofender filantropos por puro esporte. É certo que Herculano parecia um pouco complacente com Chico Xavier, seu amigo pessoal, mas ele sabia do ditado "amigos, amigos, negócios à parte" e não queria ofender o "médium" mineiro, mas no fundo também ficava preocupado com os trabalhos de Chico pela deturpação doutrinária.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Vamos mostrar alguns pontos recentes que revelam o lado sombrio de Divaldo Franco, que pessoas com um mínimo de consciência social deveriam prestar atenção. São aspectos muito graves para alguém que é tido como "a maior unanimidade do Brasil":</i><br />
<i><br /></i>
<i>1) FEZ JUÍZO DE VALOR GRAVÍSSIMO CONTRA REFUGIADOS DO ORIENTE MÉDIO - Com base no "achismo" e feito ao arrepio dos ensinamentos espíritas, Divaldo Franco, em entrevista em dezembro de 2016 após o fim de um evento "espírita" na Espanha, acusou os refugiados do Oriente Médio de terem sido "colonizadores sanguinários". Para piorar ainda mais as coisas, Divaldo deu seu juízo generalizando os casos e atribuindo aos sofredores encarnações antigas demais, além de apelar para evocar encarnações passadas, o que Kardec reprovava com muita propriedade. As frases de Divaldo, com o agravante do tom melífluo das mesmas, foram estas:</i><br />
<i><br /></i>
<i>"No campo das deduções e de acordo com o meu pensamento, penso que aqueles que estão hoje, de volta à Europa, são os antigos colonizadores que deixaram, até hoje, a América Latina na miséria. Como foi negado todo o direito aos seus residentes, como aculturaram os selvícolas, destruindo culturas veneráveis, pela Lei de Causa e Efeito aqueles estão retornando hoje à pátria, no estado de miséria, e que ameaçam os próprios países de onde saíram, para, um dia, buscarem a fortuna para o conforto europeu".</i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo poderia ser processado por qualquer indivíduo ou família que, ao tomar conhecimento de tal decisão, se sentisse injuriado ao ser acusado de ter sido um "tirano colonizador". Divaldo Franco seria condenado a indenizar um significativo valor financeiro por danos morais, o que pegaria mal para sua reputação. Não se pode brincar com o sofrimento dos outros. Casos semelhantes, como o de uma pediatra mato-grossense que se recusou a atender uma criança por acusar a pobre menina, estuprada por um tio, de ter sido cortesã em encarnações mais antigas, resultou em processo judicial.</i><br />
<i><br /></i>
<i>2) APOIOU A OPERAÇÃO LAVA JATO - Divaldo Franco não citou nomes, mas deixou claro que definiu "toda a equipe da Operação Lava Jato" como "Missionários da Ordem do Bem" e alegou que eles estavam protegidos pelo "Plano Superior Divino" para desempenhar suas ações.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Vindo de um ídolo de uma religião marcada por irregularidades mediúnicas e desonestidade doutrinária - as "obras espirituais" destoam dos estilos pessoais dos autores mortos alegados e os postulados "espíritas" brasileiros destoam dos ensinamentos kardecianos originais devido ao igrejismo de inspiração católico-jesuíta-medieval - , faz sentido.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Afinal, a Operação Lava Jato é marcada por inúmeras e gravíssimas irregularidades jurídicas, envolvendo processos truculentos como condução coercitiva para depoimentos e prática e divulgação ilegais de escutas telefônicas. Muitos procedimentos também são feitos ao arrepio dos princípios do Direito. Até para expor processos jurídicos, gafes são cometidas, vide o trabalho de Microsoft Power Point que o procurador Deltan Dallagnol fez sobre o ex-presidente Lula, muito simplório e parcial para alguém de seu cargo e competência jurídica.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A atuação de Sérgio Moro é considerada "parcial", por ser enérgica demais para políticos do PT e de partidos então aliados do governo Lula, mas é complacente ao extremo com políticos do PSDB. Durante uma cerimônia de premiação a personalidades brasileiras promovida pela revista Isto É, Sérgio Moro aparece sussurrando e rindo com o senador mineiro Aécio Neves, uma das figuras do PSDB marcadas pela corrupção política.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Recentemente, o juiz Marcelo Bretas - espécie de versão carioca de Sérgio Moro (e famoso por oferecer uma pipoca ao juiz paranaense durante uma sessão do risível filme Polícia Federal: Justiça é Para Todos, que aborda a Lava Jato sob o ponto de vista auto-adulatório da mídia hegemônica) - está sendo denunciado por receber auxílio-moradia junto com a mulher, resultando em acúmulo ilícito de vencimentos. Segundo a lei, em se tratando de um casal de magistrados ou servidores de um mesmo cargo, o benefício só deve ser concedido a um dos cônjuges, nunca a ambos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>3) DIVALDO FRANCO HOMENAGEOU JOÃO DÓRIA JR., APOIOU A "FARINATA" E AINDA RECEBEU O FARSANTE SRI PREM BABA</i><br />
<i><br /></i>
<i>É preocupante o caso do Você e a Paz. Quando as coisas vão bem, nota-se que o evento tem sempre Divaldo Franco em primeiro plano. Ele é o idealizador do evento e, por mais que envolva outras crenças religiosas, fica claro que o evento é dele, é ele que aparece nos cartazes promocionais, é ele o primeiro e, talvez, o único a ser entrevistado pela imprensa. Não é só em Salvador. Se o Você e a Paz fosse no Cazaquistão, por exemplo, o destaque de Divaldo seria exatamente o mesmo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas, no caso da "farinata" do João Dória Jr., algo surreal aconteceu. A edição do Você e a Paz em São Paulo, em outubro de 2017, homenageou João Dória Jr. e lançou oficialmente o perigoso alimento lançado pelo prefeito de São Paulo para o "combate à fome", uma "mistura alimentar" de procedência duvidosa contra o qual já havia sido feitas investigações sobre suposta intoxicação alimentar que teria matado catorze internos num sítio em Jarinu que fornecia o "alimento".</i><br />
<i><br /></i>
<i>Com isso, Divaldo Franco "desapareceu" e o nome Você e a Paz foi vagamente descrito, mas como um evento que não era do "médium". O tendenciosismo jornalístico fez misturar as imagens do Você e a Paz - focalizando apenas Dória lançando a "farinata" com a camiseta do evento que também creditava o nome do "médium" - com a da entrevista coletiva com o arcebispo de São Paulo, o católico Dom Odilo Scherer, que, pelo jeito, foi "provisoriamente" tratado como o "responsável" do Você e a Paz. Divaldo sumiu, como um fantasma às avessas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Só que isso é grave, e grave é a omissão e complacência da imprensa de esquerda, que ao menos deveria contrapor às informações oficiais da mídia hegemônica. Ela se preocupou em criticar somente Dom Odilo, poupando Divaldo, quando foi o próprio Divaldo que decidiu homenagear o decadente prefeito e abrir espaço para o lançamento da "ração humana", depois cancelada devido à má repercussão. A decisão partiu por iniciativa do próprio "médium" baiano, já que Divaldo é sempre o frontman do Você e a Paz, devendo ser assim tanto nos melhores quanto nos piores momentos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Para piorar, Divaldo recebeu um farsante esotérico Sri Prem Baba, guru dos "coxinhas", ou seja, aquelas personalidades que, desesperadas, pediram o "Fora Dilma" pelo medo de perderem seus privilégios materiais de elite. Sri Prem Baba também está à frente da "assistência espiritual" aos aspirantes a políticos do movimento Renova BR, evento financiado pela nata do empresariado mais conservador, como Luciano Huck, Nizan Guanaes, Abílio Diniz e o homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Outra coisa grave é que Divaldo Franco, que "brincou com fogo", fugiu do "incêndio" que causou. Um mês após a "farinata", ele aparecia num evento "espírita" de Porto Alegre como se nada tivesse acontecido, posando de "paladino da paz" e falando as mesmas verborrágicas palavras diabéticas de sempre. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Estes são apenas alguns aspectos sombrios de Divaldo Franco, não bastasse o simples fato dele ser deturpador da Doutrina Espírita. Só os disparates grosseiros que as obras de Divaldo (a exemplo de Chico) apresentam em relação à literatura kardeciana original, mereceriam o repúdio aos "médiuns espíritas" que vierem com igrejismo barato.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Afinal, lembremos das lições do próprio Kardec, que aconselhava que, quando um erro comprometedor aparece, não se pode esperar a hesitação em combatê-lo, cabendo o repúdio severo, ainda que de maneira serena e sem ódio, mas de forma a não admitir relativização alguma ao infrator, pois a menor consideração a ele pode permiti-lo cometer erros ainda mais graves e sair ileso de todos eles, ante a condescendência geral da população. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo representou esse infrator, e cresceu demais como "mito", nos fazendo esquecer dos alertas feitos há décadas por Herculano Pires, que na sua boa intenção queria cortar a erva daninha pela raiz. Pois agora Divaldo tornou-se a "erva de passarinho" da árvore do Espiritismo, que cresce, fazendo debilitar até a morte a doutrina original, enquanto o "médium" se promove às custas da deturpação.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A risada que ilustra esta postagem parece agradável e simpática à primeira vista, mas a verdade é que Divaldo Franco está rindo de Allan Kardec, esnobando o Codificador que o "médium" baiano trai com gosto e sem um pingo de escrúpulos, mas tem o cinismo de se autoproclamar "seu discípulo mais fiel". Chocante não é questionar ou investigar Divaldo, chocante é um sujeito desses ter hoje virado objeto da mais cega adoração popular e transformado numa pretensa unanimidade nacional.</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-58415286574819016152018-02-10T07:00:00.000-02:002018-02-10T07:00:18.336-02:00"Espiritismo" brasileiro virou um grande Carnaval<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGmi9Rxvo9EI24Ok0OoO9lc1ZKLAiJGzizSiCf3kd4w1K6JPR69DkAh30cz7uoJBf0aku0Q_JCb6ehkTA0s1MxBuD8qipqADLYwDBQCqTJh5cykdcexutIQVJWypjQj-eYWImSzcVUYw4/s1600/carnaval-dos-espiritos-inferiores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="381" data-original-width="586" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGmi9Rxvo9EI24Ok0OoO9lc1ZKLAiJGzizSiCf3kd4w1K6JPR69DkAh30cz7uoJBf0aku0Q_JCb6ehkTA0s1MxBuD8qipqADLYwDBQCqTJh5cykdcexutIQVJWypjQj-eYWImSzcVUYw4/s400/carnaval-dos-espiritos-inferiores.jpg" width="400" /></a></div>
<i>CARNAVAL NO UMBRAL, O "PARAÍSO" DOS "LÍDERES ESPÍRITAS" QUE SE ACHAM "ILUMINADOS" PELAS PAIXÕES RELIGIOSAS DA TERRA.</i><br />
<i><br /></i>
A moral do "espiritismo" brasileiro fala tanto que o Carnaval é o período de vibrações espirituais inferiores, onde os chamados "espíritos do umbral" se sentem atraídos pelas ruas das grandes cidades ou do interior e se inserem na folia vivida pelos encarnados.<br />
<br />
Mas esquecemos que o "espiritismo" brasileiro, deturpado, se identifica com o próprio umbral que idealizou, pois é nas zonas inferiores que se dirigem os próprios palestrantes e "médiuns" que, pelas paixões religiosas da Terra e pelo aparato artificial de palavras melífluas e mensagens igrejeiras, se alojam nessas zonas, decepcionados por não terem entrado no Céu para o "banquete dos puros".<br />
<br />
Sim. Isso mesmo. Os "espíritas" que as paixões religiosas terrenas, com a devoção catártica garantida pelo "bombardeio de amor" e pelas fascinações obsessivas pelos "médiuns espíritas" e seus apelos emotivos exagerados e entorpecedores - elas trazem sensações que parecem boas e elevadas, mas são alucinógenas - , definem seus ídolos e pregadores como "espíritos de luz", não conseguem imaginar que, no retorno à "pátria espiritual", eles são os que mais povoam o que conhecem como "umbral".<br />
<br />
Umbrais não existem, mas diante das decepções de muitos espíritos no retorno ao mundo espiritual - que apresenta uma realidade muito diferente do que tinham certeza que encontrariam - , eles se tornam "ambientes sociais" cujo aspecto "material" nos é desconhecido e misterioso, e podemos inferir que é bem diferente do que se supõe ser na Terra as zonas inferiores e sombrias.<br />
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Tantos ídolos "espíritas" sentiram um choque violento quando, eleitos "espíritos de luz" pelas paixões religiosas terrenas, achavam que, pelo menos, seriam designados por "Nosso Senhor" Jesus Cristo para apenas completar a missão reencarnatória com uma ou duas encarnações a mais, a pretexto de cumprir tarefa "missionária". Uns, no entanto, acreditam que já têm o ingresso garantido no "banquete dos puros", não precisando mais reencarnarem.<br />
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Muitos acreditam que Francisco Cândido Xavier foi direto para o "reino dos puros". Crendice de fanáticos religiosos que não condiz à realidade. Chico Xavier foi o que mais contribuiu para a desonestidade doutrinária que atingiu o Espiritismo e, portanto, foi o maior causador de tanta desordem e licenciosidade que ele nunca teria sido "sugado", como se acredita, para conviver com Jesus de Nazaré como se tivesse sido seu amigo de infância.<br />
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A verdade, porém, é que Chico Xavier tomou um choque muito violento quando retornou ao mundo espiritual, encerrando junho de 2002. Achou que seria recebido por parentes, amigos, por autoridades do Universo e por Jesus de Nazaré, e seria sugado como um pedaço de papel por um superpotente aspirador de pó, desses que "chupam" objetos leves.<br />
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Não. Chico Xavier sofreu uma decepção traumática, um choque comparável ao que tiranos como Adolf Hitler, por motivo bem diferente, sofreram. Talvez mais, pois Hitler teria melhor se preparado para a decepção no mundo espiritual. Até o magnata "boa vida", o famoso Jorginho Guinle, teria voltado ao mundo espiritual bem mais tranquilo e feliz que Chico Xavier.<br />
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Ficamos imaginando como seria Divaldo Franco levando um choque ao saber que, quando ele retornar ao mundo espiritual, não encontrará uma edição "paradisíaca" do Você e a Paz, com corais de anjos entoando cânticos de paz, as autoridades do Universo e o próprio Jesus, "sempre obrigado" a se preparar para acolher os "médiuns espíritas", presente para chamar cada um destes para o "Reino dos Puros".<br />
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Não. Divaldo Franco voltará ao mundo espiritual como o mais ordinário dos ordinários, como nos alertou com muita sabedoria Allan Kardec, no <i>Evangelho Segundo o Espiritismo</i>, sobre as pessoas que se acham grandiosas pelas paixões terrenas e, quando morrem, retornam ao mundo espiritual chocados com a imagem "apequenada" que no fundo desenvolveram com seu orgulho e presunção.<br />
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FARRA COM OS MORTOS<br />
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O "espiritismo" brasileiro tornou-se um grande Carnaval. Há uma verdadeira farra feita com os mortos, e criam-se mensagens <i>fake</i> atribuídas a mortos de todo tipo. E, contrariando o Conselho Universal dos Ensinos dos Espíritos, existem no Brasil até supostos médiuns que se dizem "especializados" nos mortos de sua escolha.<br />
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Adriano Correia Lima, o "médium" carioca do Facebook, já inventou "psicografias" atribuídas a filósofos de origem germânica do século XX sem ter o cuidado de lançar em texto original em inglês. As vítimas foram Hannah Arendt, Alfred Schutz e um Erich Fromm que "escreve" como se fosse um <i>youtuber</i> montando um blog. Nenhum deles com texto em alemão ou em português, e, ainda por cima, defendendo o Brasil como suposta nação a liderar o mundo.<br />
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Isso é risível, quando se sabe que os EUA dominam o mundo e, se existe outra nação que ameaça concretamente a sua supremacia, é a China. No "concerto das nações", o Brasil, no contexto do golpe político iniciado em 2016 e apoiado pelos próprios "espíritas" - que elogiaram a Operação Lava Jato, o Movimento Brasil Livre, o governo Michel Temer, as reformas trabalhista e previdenciária e a Escola Sem Partido - , voltou à situação subordinada de subnação subdesenvolvida.<br />
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Virou bagunça. Hoje, qualquer oportunista que alojar pobres e doentes numa casa qualquer, a título de "assistência social", tenha considerável prestígio social e uma carreira razoável de palestrante ou escritor pode criar uma mensagem <i>fake</i>, botar a autoria no morto que escolher e tudo é livremente aceito, como se o morto tivesse realmente escrito as bobagens que, em verdade, não teria a menor coragem nem o mínimo interesse em escrever.<br />
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De repente podemos ter Dolores O'Riordan carregada de igrejismo dizendo que o Brasil, e não a Irlanda, terá uma posição dominante na comunidade das nações da Terra, e a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva implorando para ninguém votar em Lula para evitar conflitos desnecessários na nação brasileira "comprometida com os ideais cristãos". Ver Marisa Letícia "rebaixada", em supostas psicografias, a cabo eleitoral de Luciano Huck é dose.<br />
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Infelizmente, porém, é uma grande farra. O "médium" se disfarça do morto que escolher. Infelizmente, tudo é livre e há casos em que os próprios familiares caem na pegadinha do falso morto em "mensagem espiritual", esquecendo que eles próprios ofereceram informações para rechear, via "leitura fria", as supostas psicografias. Pior: em nome da "caridade" e das "mensagens positivas", vale usar qualquer <i>fake</i>, até Ronnie James Dio "escrevendo" como se fosse um capelão de Jundiaí.<br />
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O "espiritismo" brasileiro virou uma religião dos que "fazem o que querem". Traem Allan Kardec e têm o cinismo de dizer que cumprem "fidelidade absoluta" e "respeito rigoroso" ao seu legado, e ainda cobrando dos outros a fidelidade que não possuem? E ainda condenam a "vaticanização do Espiritismo" dos outros, porque a deles eles apoiam com muito gosto e sem o menor escrúpulo.<br />
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Os "médiuns" se fantasiam dos mortos. E, claro, os "mortos" aparecem meio abobalhados. Cazuza "aparece" no mundo espiritual como se quisesse ser o "Sérgio Malandro do além-túmulo". Raul Seixas, agora chamado Zílio, "aparece" como um abobalhado beato religioso apegado ao misticismo que o roqueiro baiano abandonou ainda em vida. E Noel Rosa "aparece" como um igrejeiro ingênuo que só quer "fazer caridade", dentro daquela concepção paliativa do Assistencialismo.<br />
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As reuniões nas "casas espíritas", principalmente as "mediúnicas", são verdadeiras orgias carnavalescas, verdadeiras folias. As reuniões comandadas por Chico Xavier eram verdadeiras catarses coletivas, não muito diferente das orgias carnavalescas mais mórbidas, com o agravante que as catarses emocionais e os êxtases mais sombrios não são obtidos pelo contexto do sexo, do álcool nem das drogas e as vaidades e ambições não são movidas por dinheiro, o que não sugere que tais sensações sejam melhores nas "casas espíritas", muito pelo contrário.<br />
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Essas sensações são agravantes porque são feitas sob um aparato de sobriedade e relativa lucidez. São sensações mórbidas, que combinam êxtase, catarse e sensações de ansiedade, obsessão e euforia de forma semelhante às das orgias carnavalescas, mas sem o combustível das drogas, das bebidas alcoólicas nem do erotismo. Isso é muito grave, porque se obtém as mesmas sensações mórbidas e sombrias, só que disfarçadas de "serenidade", "emoções sublimes" e "energias elevadas".<br />
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Tudo isso é doentio. Quem fosse entrar nas reuniões comandadas por Chico Xavier, deveria prestar atenção nas energias vibratórias bastante pesadas nesses ambientes. Eles não se resultam de "irmãozinhos endurecidos" que "vieram para aprender novas lições", mas da própria natureza do "espiritismo" brasileiro e do "médium" que havia cometido irregularidades graves em sua carreira, motivada pelo arrivismo religioso.<br />
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Não se deve esquecer que o próprio Chico Xavier tinha um semblante muitíssimo pesado. Em 1935, uma foto com o "médium" olhando de frente, publicada em O Globo, expressava um semblante muito maligno. No programa Pinga Fogo, da TV Tupi de São Paulo, em 1971, o "médium" expressava um semblante muito ranzinza, alternando expressões mal-humoradas com olhares irônicos.<br />
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O "espiritismo" brasileiro faz uma farra com os vivos e os mortos, "urinando" no caminho deixado por Allan Kardec e se fantasiando dos mortos que forem escolhidos por cada "médium". Dá migalhas para o povo pobre a título de "Assistência Social" mas faz mero Assistencialismo não muito diferente dos tendenciosos quadros "sociais" do Caldeirão do Huck, apresentado pelo mesmo Luciano Huck que a maioria dos "espíritas" quer ver presidindo a República.<br />
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O "espiritismo" brasileiro é uma religião conservadora que se fantasia de progressista para conquistar o apoio das esquerdas, como a raposa que quer conquistar as galinhas abanando seu rabinho. É um Catolicismo medieval que combinou a influência jesuíta do Brasil-colônia com as "modernices" de Jean-Baptiste Roustaing, mas que se passa por "futurista" e defensor de uma racionalidade intelectual que vive esculhambando o tempo todo, vide a infeliz expressão "tóxico do intelectualismo".<br />
<br />
Com isso, o "espiritismo" brasileiro vive sempre se mascarando. É a religião da dissimulação, que há muito tempo ofendeu o trabalhoso legado de Allan Kardec, preferindo promover um igrejismo medieval que se propagou tanto que arruinou o legado espírita original, alvo da mais gosmenta bajulação e apropriação por aqueles que justamente mais traem esse legado. Como na alegoria carnavalesca, os "espíritas" brasileiros estupraram Kardec e querem sair impunes disso, alegando que "é só Carnaval".Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-49557610007628488362018-02-09T07:00:00.000-02:002018-02-09T07:00:18.807-02:00Neopentecostais já foram aliados das forças progressistas; os "espíritas" nunca foram<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOXv_PAn5UL2TcT01Gc__lA5_KaY2fqlV5OHq_27bmvKGoIa378mV5BvyNsT688XU0ZJKe_r5vxMntHuuzBNna_mfscvl9Zla3H2TA2G1wZIQmojPkqTipt1DmuYu_vrUbHwbDRbeULBo/s1600/edir-macedo-igreja-universal-do-reino-de-deus_divaldo-franco-com-joao-doria-jr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="619" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOXv_PAn5UL2TcT01Gc__lA5_KaY2fqlV5OHq_27bmvKGoIa378mV5BvyNsT688XU0ZJKe_r5vxMntHuuzBNna_mfscvl9Zla3H2TA2G1wZIQmojPkqTipt1DmuYu_vrUbHwbDRbeULBo/s400/edir-macedo-igreja-universal-do-reino-de-deus_divaldo-franco-com-joao-doria-jr.jpg" width="321" /></a></div>
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Dá para entender como as forças de esquerda estão acumulando derrotas na vida política nacional. As esquerdas eventualmente atuam com uma postura de complacência, motivada por apelos emocionais que julga serem "positivos" e apoios tendenciosos movidos pela conveniência que os esquerdistas pensam ser "apoio sincero e incondicional".<br />
<br />
Por isso, quando surgem traidores e pessoas "desembarcam" do apoio às forças progressistas, estas, às vezes, custam a entender. Em certos casos, entendem, quando o discurso do interlocutor se torna mais explícito, mas quando o discurso é mais sutil a incompreensão é maior.<br />
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Comparemos, no âmbito da religião, a Igreja Universal do Reino de Deus e o "movimento espírita". A Universal já foi aliada, embora de forma condicional, dos esquerdistas. O "movimento espírita" nunca foi e seu histórico foi sempre estar do lado das forças conservadoras, só recorrendo aos esquerdistas de forma meramente diplomática, com uma cordialidade fria e exclusivamente formal.<br />
<br />
Com a crise que ocorreu durante o mandato da presidenta Dilma Rousseff, a IURD foi uma das primeiras instituições a romper com o esquerdismo. Seus membros demonstraram, ainda antes dessa ruptura, que não gostavam das transformações sociais progressistas, como a ideologia de gênero e a prática de debates nas universidades e escolas públicas.<br />
<br />
Resultado: Assim que houve a ruptura dos neopentecostais a partir da Universal - embora Edir Macedo, como dono da Rede Record TV, continue como patrão de alguns blogueiros progressistas que atuam na emissora, como Paulo Henrique Amorim (filho do espírita autêntico Deolindo Amorim) - , as esquerdas imediatamente passaram a desvendar os aspectos sombrios dessas seitas, investigando e questionando vários fatos e atitudes de seus membros.<br />
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Foi uma lição que os esquerdistas não aproveitaram em relação ao "espiritismo" brasileiro, que se sabe não ser o Espiritismo autêntico de Allan Kardec pela deturpação severa que sofreu, apesar de toda a bajulação que os deturpadores fazem ao professor lionês, só para manter as aparências.<br />
<br />
Para piorar, os esquerdistas se comportaram como aquele rapaz desengonçado da escola que deseja aquela "musa" da turma que o despreza, mas que ele jura que ela está a fim dele e está apaixonada. Os esquerdistas acham que os "espíritas" estavam apaixonados por eles. Grande engano.<br />
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DIPLOMACIA X CUMPLICIDADE<br />
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As esquerdas não perceberam a "pegadinha" de dois fatos. Um é o atendimento "mediúnico" do latifundiário e curandeiro goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, ao ex-presidente Lula, uma relação de mera formalidade cordial que erroneamente foi definida como "relação de amizade".<br />
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O que mais chama a atenção é que a imagem de "amigo de Lula" atribuída ao "médium" goiano foi "plantada" pela mídia reacionária. João de Deus, aliás, é um latifundiário cujas propriedades atingem dimensões aberrantes para um Estado de Goiás que havia perdido metade de sua área para o Tocantins.<br />
<br />
Mais tarde, João de Deus deixou a máscara cair, manifestando sua profunda admiração pelo juiz paranaense Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, a ponto de desejar vê-lo presidente da República. Detalhe: Moro é considerado um dos piores algozes do ex-presidente Lula e se empenha para banir o petista da campanha presidencial de 2018.<br />
<br />
Se não há a tão alegada cumplicidade no caso Lula, a cumplicidade se deu logo quando, no ano passado, a edição paulista do encontro Você e a Paz, comandado pelo "médium" Divaldo Franco, decidiu homenagear (sim, <i>homenagear</i>) o prefeito de São Paulo, João Dória Jr..<br />
<br />
Mesmo quando se desconsidera o "maniqueísmo ideológico", o chamado "Fla X Flu" da "esquerda X direita", não há um contexto que permitisse que um religioso supostamente progressista decida homenagear um político como Dória Jr., ainda mais quando a opinião pública começava a repudiar o político que quase nada fez por São Paulo.<br />
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Se Divaldo Franco decidiu homenagear João Dória Jr., não podemos subestimar isso. Infelizmente a mídia de esquerda caiu na pegadinha das imagens misturadas - a do Você e a Paz e da entrevista coletiva na Arquidiocese de São Paulo - e se esqueceu que a "farinata" e a homenagem a um político reacionário foram decisões pessoais de um "médium espírita".<br />
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Uma coisa é a diplomacia, como foi no caso de João de Deus com Lula. Outra é a cumplicidade, a homenagem espontânea de Divaldo a João Dóri Jr.. Não podemos trocar as bolas. As esquerdas foram pegar carona nas duas pegadinhas da mídia hegemônica e, mordendo a isca, foram vítimas de seus erros.<br />
<br />
A mídia hegemônica misturou as fotos da aparição de João Dória Jr. no Você e a Paz com as da entrevista coletiva ao lado de Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Mesmo os trajes diferentes não foram levados em conta e, de repente, o Você e a Paz passou a ser um "evento da Arquidiocese de São Paulo".<br />
<br />
Com isso, os esquerdistas cometeram sua gafe diante não só da complacência com os "espíritas", mas consentindo com os truques noticiosos que a mídia hegemônica, que protege os "médiuns espíritas" (muitos se esquecem que eles são os "filantropos de fachada" criados ou recriados pela Rede Globo), acabou fazendo.<br />
<br />
Perdeu-se uma boa oportunidade da mídia alternativa investigar as irregularidades que existem no "espiritismo" brasileiro, que, com toda a sua bajulação a Allan Kardec, sempre traiu o legado do pedagogo francês. As esquerdas se perderam na floresta encantada do igrejismo "espírita" e seus apelos emotivos sedutores e, agora, perderam o protagonismo de antes. As esquerdas assistirão, perplexas, à posse de um plutocrata em 2019, comandando o país sob as bênçãos dos "espíritas".Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-63104176727773504962018-02-08T07:00:00.001-02:002018-02-08T14:30:02.379-02:00Periódico "espírita" já antecipou "conquistas" da reforma trabalhista de Michel Temer<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQZ49u79YxtsEJh5CfS6YLmNmkYxZfn2UyJBDqd90oGDh3OosP9udVQ1xcGG4nBYZr_u0w22fTPgD1mtxDSh0wuZ-ec-d8z86a8x2JETrXPpne1EeTmhR0LD1kSR7hwHsZCld-_bvN9KI/s1600/revista-visao-espirita-numero-16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="378" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQZ49u79YxtsEJh5CfS6YLmNmkYxZfn2UyJBDqd90oGDh3OosP9udVQ1xcGG4nBYZr_u0w22fTPgD1mtxDSh0wuZ-ec-d8z86a8x2JETrXPpne1EeTmhR0LD1kSR7hwHsZCld-_bvN9KI/s400/revista-visao-espirita-numero-16.jpg" width="301" /></a></div>
<i>REVISTA "VISÃO ESPÍRITA", DEDICADA À DOUTRINA "PROGRESSISTA" QUE TEM NO REACIONÁRIO CARLOS VEREZA UM DE SEUS MAIORES SEGUIDORES.</i><br />
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Há dezoito anos, uma revista "espírita" tornou-se conhecida por estabelecer relações degradantes de trabalho, se aproximando do trabalho escravo não pela sobrecarga de horário, mas pela falta de salário digno e pela remuneração que quase sempre se limitava ao almoço, cometendo irregularidades trabalhistas.<br />
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Isso é irônico, porque o "espiritismo" brasileiro surgiu defendendo a causa abolicionista, através do médico, militar e parlamentar Adolfo Bezerra de Menezes, o Dr. Bezerra. Mas, nos últimos anos, o próprio "espiritismo", com seu moralismo severo e conservador, está cada vez mais próximo da defesa da escravidão, ao confundir "serviço" com "servidão" e apelar para os desafortunados da sorte "servirem" a quem quer que fosse e sob qualquer tipo de condição, ainda que a pior de todas.<br />
<br />
No final dos anos 1990, a revista Visão Espírita, da Editora Seda, empregava vários profissionais, como redatores, editores e até outros funcionários que recebiam apenas o dinheiro do almoço e alguns trocados como "adiantamento salarial".<br />
<br />
Seu proprietário foi um militar aposentado, empresário e palestrante "espírita", o carioca Alamar Régis Carvalho, que havia vivido no Pará e trabalhado no jornal O Liberal, da empresa O Liberal, parceira das Organizações Globo no Pará (a TV Liberal Belém é retransmissora da Rede Globo). Mas, migrando para Salvador, fundou a Editora Seda e produziu a revista Visão Espírita, além de sonhar com um projeto de TV. Alamar faleceu aos 65 anos em 2016, vítima de câncer.<br />
<br />
Alamar era metido a fazer críticas à "vaticanização do Espiritismo". Se contradizia manifestando admiração por Jean-Baptiste Roustaing e defendendo um "espíritismo único com Allan Kardec". Era admirador de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, e de Divaldo Franco, de quem era também grande amigo.<br />
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<i>ALAMAR RÉGIS CARVALHO COM DIVALDO FRANCO - AFINADOS COM O CENÁRIO POLÍTICO-ECONÔMICO DO QUAL FAZ PARTE O EMPRESÁRIO ESCRAVOCRATA FLÁVIO ROCHA, DONO DA REDE DE LOJAS RIACHUELO.</i><br />
<i><br /></i>Na "Visão Espírita", eram publicados artigos e textos, inclusive dos próprios redatores, sobre temáticas cotidianas associadas ao "espiritismo" brasileiro, ou fatos gerais interpretados sob seu enfoque. Colaboradores como Richard Simonetti também enviavam artigos para o periódico, de publicação mensal.<br />
<br />
Os profissionais praticamente só recebiam dinheiro do almoço. Às vezes recebiam algum trocadinho com o pretexto de "adiantamento" do salário mensal que seria pago não se sabe quando. Alamar chegava a alegar que a empresa "vivia dificuldades" e que os funcionários deveriam trabalhar "visando a caridade".<br />
<br />
Só que os funcionários precisavam sobreviver. Tinham famílias para sustentar, tinham contas para pagar, precisavam sobreviver e, em certos casos, tinham despesas a mais. Uma funcionária que preparava o cafezinho era mãe solteira e precisava comprar remédios para uma filha doente. Ela se queixava porque tinha que pedir dinheiro emprestado de familiares.<br />
<br />
Teve funcionário que reclamou, anos depois, que trabalhar na Editora Seda gerou uma maré de azar. Ele entrou na Seda a pretexto de estágio, mas sua carteira de trabalho foi registrada como se fosse "emprego efetivo". Depois disso, não conseguiu mais emprego, mesmo com o mais hercúleo esforço, distribuindo currículos, indo para entrevistas de emprego e estudando para concursos públicos nos quais o maior esforço e a mais atenta dedicação foram em vão.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlIv2DGsh8BJvqwQK4KsCdVmV2F-xTQqZiVua6fW7GAJn1ZEXEZ8QJsDaDPhmKgcLif7qS483RNTyt7xxBa7kYdLmop_8CmGXr7S64vtnlACH9Z9-yGC6psO32an_LaFyfgTWaW0HzzM/s1600/marcio-baraldi-vapt-vupt-e-charge-sobre-o-plano-ponte-para-o-futuro-do-governo-michel-temer_pinguela-para-o-passado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1158" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlIv2DGsh8BJvqwQK4KsCdVmV2F-xTQqZiVua6fW7GAJn1ZEXEZ8QJsDaDPhmKgcLif7qS483RNTyt7xxBa7kYdLmop_8CmGXr7S64vtnlACH9Z9-yGC6psO32an_LaFyfgTWaW0HzzM/s400/marcio-baraldi-vapt-vupt-e-charge-sobre-o-plano-ponte-para-o-futuro-do-governo-michel-temer_pinguela-para-o-passado.jpg" width="400" /></a></div>
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Alamar foi alvo de vários processos trabalhistas. Frequentemente ia ao Fórum Rui Barbosa, em Salvador, responder em juízo por tais ações, publicadas na Internet sob o nome jurídico de "Seda Editora Produções e Empreendimentos Ltda". A sede da Editora Seda ficava no bairro de Brotas, em Salvador, na proximidade da Ladeira do Galés, que dá acesso à Fonte Nova (local da famosíssima Arena Fonte Nova, tradicional estádio de futebol da capital baiana, recentemente reconstruído).<br />
<br />
Por ironia, a revista publicava uma tirinha em quadrinhos de personagens "espíritas" do cartunista Márcio Baraldi - conhecido pelo personagem roqueiro Roko Loko, da revista Rock Brigade - , uma dupla de passarinhos chamada Vapt e Vupt.<br />
<br />
Isso porque Márcio, cuja mentalidade destoa do "movimento espírita" em geral - voltada à centro-direita - , é ligado à atividade sindical e, nos últimos anos, havia se empenhado em fazer críticas ao cenário político atual, sobretudo o governo Michel Temer, no qual são famosas as charges contra as reformas trabalhista e previdenciária.<br />
<br />
Certamente, a inclusão de uma charge de um cartunista progressista era uma maneira de manter as aparências de "progressista" do "espiritismo" brasileiro, sempre preocupado em trazer um verniz "moderno" a ponto de cooptar para si ativistas de esquerda, que sem perceber acabavam contaminando o imaginário esquerdista com apelos para aceitar o sofrimento humano, através da conformação com as injustiças sociais e a desgraça individual.<br />
<br />
Alamar morreu antes do golpe político de 2016. Mas o "espiritismo" brasileiro sinalizou para o apoio a esse golpe, com direito a Divaldo Franco apoiando a Operação Lava Jato, um movimento de juízes hostis ao Partido dos Trabalhadores e à causa progressista.<br />
<br />
Os "espíritas", mesmo de forma subliminar, apoiaram tudo: Movimento Brasil Livre, Operação Lava Jato, <i>impeachment</i> de Dilma Rousseff, reforma trabalhista, reforma previdenciária, Escola Sem Partido. A Mansão do Caminho, de Divaldo Franco, já aplica um projeto pedagógico análogo ao que propõe a Escola Sem Partido, um dos projetos defendidos pelo Movimento Brasil Livre, sobretudo na pessoa do vereador paulista Fernando Holiday, um dos membros desta organização.<br />
<i><br /></i>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgibIJjs3st5TYuD7TaVPwfwOK3lwN8wp3I8gWo-P6I5RGO4kcJJ2tlh7OEN_GazUfjCt3Wuwdh0UccDShFFQTp64QgP4wPoP2koM0__Jn6faC8wFyACxmOHwmNBMv9cog56qchISqlfRg/s1600/cristiane-brasil-e-amigos-defendendo-seus-privilegios-e-repudiando-processos-trabalhistas-contra-eles-mesmos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="1100" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgibIJjs3st5TYuD7TaVPwfwOK3lwN8wp3I8gWo-P6I5RGO4kcJJ2tlh7OEN_GazUfjCt3Wuwdh0UccDShFFQTp64QgP4wPoP2koM0__Jn6faC8wFyACxmOHwmNBMv9cog56qchISqlfRg/s400/cristiane-brasil-e-amigos-defendendo-seus-privilegios-e-repudiando-processos-trabalhistas-contra-eles-mesmos.jpg" width="400" /></a></div>
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<i>CRISTIANE BRASIL, SE DIZENDO "INJUSTIÇADA" POR SER ALVO DE PROCESSOS TRABALHISTAS E RECEBENDO SOLIDARIEDADE DOS AMIGOS À BEIRA DE UMA PISCINA.</i></div>
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Ultimamente, a sociedade mais reacionária perdeu a vergonha em assumir seus mais diversos preconceitos e injustiças sociais. Pelo sentido contrário, aliás, ela reclamava das limitações de ordem legal e econômica e reivindicava direitos abusivos para eles. Havia racistas reclamando das conquistas sociais dos negros e índios, e empresários reclamando de processos trabalhistas.</div>
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Há o caso da deputada federal carioca Cristiane Brasil, do PTB, que há semanas é designada por Michel Temer para ser ministra do Trabalho e Emprego. Temperamental, a deputada, filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson (conhecido desde os tempos do Povo na TV do SBT), votou contra Dilma Rousseff em 17 de abril de 2016 e não assumiu o cargo de ministra por causa de processos trabalhistas movidos contra ela.</div>
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Cristiane, recentemente, publicou um vídeo de maiô ao lado de homens sem camisa, diante de uma piscina. No vídeo, ela reclamava de ser vítima, ao lado de alguns dos amigos que estavam ao lado dela na gravação (acessível no YouTube), de ações trabalhistas, chegando mesmo a ridicularizar a Justiça e a posar de coitadinha. O vídeo sofreu péssima repercussão nas redes sociais. </div>
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O filho de Cristiane, Christian Monassa, ex-ator de Malhação, também é acusado de cometer irregularidades trabalhistas, não pagando funcionários. segundo informou o jornalista Léo Dias, de O Dia e do programa Fofocalizando, do SBT.</div>
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<i>EMPRESAS ACUSADAS DE PRATICAR TRABALHO ESCRAVO OU ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO.</i><br />
<i><br /></i>Num contexto em que a reforma trabalhista desfaz direitos dos trabalhadores e cria pegadinhas "atraentes" como o "trabalho intermitente" e a "pejotização", empresários como Flávio Rocha, da rede de lojas de roupas Riachuelo, passaram a defender abertamente um padrão de emprego marcado pela redução salarial, aumento das horas de trabalho e fim de encargos e garantias trabalhistas. A reforma trabalhista "permite" até gestantes em profissões de alto risco, só para sentir o drama.<br />
<br />
Atualmente, várias empresas estão sendo acusadas de praticar trabalho escravo ou em condições análogas à escravidão, como aumento de horas trabalhadas e baixa remuneração. No caso da Editora Seda, o problema não chegava aos horários, que seguiam a grade permitida por lei - oito horas se segunda a sexta - mas a remuneração já era suficientemente degradante. Mas imagina-se que, se fosse hoje em dia, a coisa seria pior, havendo "trabalho intermintente" e "pejotização".<br />
<br />
Para quem não sabe, "trabalho intermitente" traz uma ilusão pela falácia de que o profissional passaria a ter uma rotina próxima a de um trabalhador do Vale do Silício: em tese, a pessoa só receberia por atividade em uma hora, sem precisar cumprir as oito horas diárias se segunda a sexta, às vezes com quatro horas no sábado.<br />
<br />
Na prática, porém, o "trabalho intermitente", por oferecer uma péssima remuneração - estimada em R$ 4,75 por hora de atividade - que, numa soma resultando em 22 dias com oito horas de trabalho, dá um valor inferior ao de um salário mínimo (que é de R$ 954, sendo o valor do "intermitente", no tempo equivalente ao trabalho convencional, rende apenas R$ 836), obriga os trabalhadores a aumentar a carga horária, só para poder atingir os R$ 954 e, quem sabe, um pouco mais.<br />
<br />
Isso resulta em sobrecarga de horário, o que sugere escravidão. Mas a outra ilusão, a "pejotização", que dá a cada indivíduo um registro de CNPJ (reservado às empresas), traz a falácia do trabalhador-empresa que parece uma causa nobre. Mas isso é uma armação, porque cria trabalhadores com patrão não-identificado, "empresas" de uma só pessoa e nenhum responsável, o que dificulta as ações trabalhistas, pela falta de vínculo real a um empregador.<br />
<br />
Diante de tudo isso, quem diria, a "Visão Espírita", assim como tantas e tantas empresas por aí, já praticavam irregularidades trabalhistas bem antes delas serem "legalizadas" por Michel Temer, o que envergonha a imagem que o suposto Espiritismo tem no Brasil, que, tão alardeado como "progressista", cada vez mais se comprova conservador e afinado com os retrocessos sociais no nosso sofrido Brasil. Alamar deve estar lá hospedado no "umbral", à espera de Divaldo Franco e similares.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-32518782619581599102018-02-07T07:00:00.000-02:002018-02-07T07:00:31.263-02:00Atribuição a antiga encarnação francesa comprova leviandade de Divaldo Franco<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjshjudq_UOaxOzoU39JbveA3lekwzBPJrkGmljpftHxV_RaxkIYzoqGFgY3yGCjsdPkc1BkGRK5nQIyvXn7gYSQyFZDJ75GNzl6lD10DkN2Z4_yVPuONuIf1mC-3NLyQQvPAT6fMoOaFY/s1600/divaldo-franco-diante-da-paisagem-de-paris-com-seu-culto-a-personalidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="917" data-original-width="1100" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjshjudq_UOaxOzoU39JbveA3lekwzBPJrkGmljpftHxV_RaxkIYzoqGFgY3yGCjsdPkc1BkGRK5nQIyvXn7gYSQyFZDJ75GNzl6lD10DkN2Z4_yVPuONuIf1mC-3NLyQQvPAT6fMoOaFY/s400/divaldo-franco-diante-da-paisagem-de-paris-com-seu-culto-a-personalidade.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Tivemos que reproduzir esse texto abaixo, já publicado em outra postagem, para alertar sobre a gravidade extrema da atitude de Divaldo Franco, que agiu de forma deplorável ao narrar esta história que temos dúvidas que tenha realmente ocorrido, e, se realmente ocorreu, comprova a leviandade e a má-fé de Divaldo Franco que se aproveitou da inocência de uma religiosa para inventar uma encarnação francesa antiga.<br />
<br />
A atitude é altamente condenável e o faz de Divaldo Franco uma espécie de Rolando Lero da escola kardeciana, um sujeito que fica bajulando o mestre mas entende mal suas lições. O texto abaixo mostra uma atitude que não merece a menor aprovação e desqualificaria Divaldo Franco se os brasileiros fossem menos ingênuos.<br />
<br />
Nessa mensagem abaixo, Divaldo bajula Kardec, emula um francês falsamente provençal, que provavelmente o verborrágico "médium" deve ter treinado previamente para fazer sua encenação. Além do mais, Divaldo se valeu de seu prestígio para inventar uma encarnação antiga para se promover, em uma atitude que a Doutrina Espírita reprova de maneira enérgica e severa.<br />
<br />
De maneira oportunista, Divaldo Franco ainda ofereceu à abadessa livros de Allan Kardec no idioma original, o francês, para forçar um vínculo ao pedagogo francês que o "médium" brasileiro deturpou sem o menor escrúpulo. Certamente não são livros de seu acervo pessoal, mas adquiridos tendenciosamente numa livraria para depois oferecer à ingênua abadessa.<br />
<br />
Não se pode supor encarnações passadas, pois a reencarnação permite a ocultação da consciência de vidas passadas para evitar vexames ou orgulhos, traumas ou soberbas. A alegação feita por Divaldo Franco é, portanto, um gravíssimo erro, sendo a sua atitude diante da abadessa uma demonstração de profundo orgulho, em níveis de arrogância, e a presunção de ter sido um nome ilustre em vida anterior torna-se também uma atitude que poderia anular a boa reputação do anti-médium.<br />
<br />
Por isso, mostramos mais uma vez este texto, para verificarmos a aberrante atitude de alguém que muitos insistem em divinizar, motivados pela fascinação obsessiva - um tipo perigoso de obsessão espiritual - que fazem muitos brasileiros se prenderem aos "médiuns espíritas" e sua "caridade de fachada".<br />
<br />
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<i>DIVALDO E SUAS REENCARNAÇÕES</i><br />
<i><br /></i>
<i>(Artigo publicado na Rede Amigo Espírita - 22 de abril de 2012)</i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo há cerca de 40 anos foi à Paris, hospedando-se na residência de familiares de um casal amigo residente aqui no Rio de Janeiro, à época: Ligia e Emílio Ribeiro.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A primeira noite naquela capital foi-lhe tormentosa, não conseguindo conciliar o sono de modo algum e sendo vítima de atrozes fenômenos psíquicos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Pela manhã, sentindo-se muito estranho, pediu permissão ao casal anfitrião para sair e dirigir-se a algum lugar que ele mesmo não sabia onde seria. O casal ficou perplexo, sem entender, como uma pessoa que jamais houvera ido àquela cidade pedia para sair sozinho, para ir não se sabia aonde... Ao demais eram 7 horas de uma segunda-feira, onde os monumentos históricos franceses não ficam abertos à visitação pública. Mas, Divaldo insistiu, afirmando-lhes que levaria o endereço deles no bolso e dizendo que qualquer coisa os avisaria por telefone ou pegaria um táxi. Eles anuíram.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo saiu a pé, depois pegou o metrô, depois um ônibus que começou a levá-lo para fora da cidade. Algum tempo se passou dentro do ônibus e o médium cada vez mais se sentindo noutra personalidade, essa muito endurecida, parecendo detestar tudo e todos à volta...</i><br />
<i><br /></i>
<i>O ônibus começou a passar perto de certo bosque. Divaldo pediu ao motorista para descer do veículo, dirigindo-se a uma estrada de pedras, muito bem cuidada, uma estrada real, que terminava em frente a enorme Monastério também revestido de pedras, onde bela torre de igreja ao fundo predominava. Era uma ordem religiosa, de monjas enclausuradas, que datava do século XVII, fundada em 1606 por um frade capuchinho. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo cada vez mais entronizava aquela personalidade estranha para ele, sentia-se aturdido, mas dispôs-se a bater à porta do Monastério, onde sorridente monja-porteira lhe informou que o Monastério não estava aberto à visitação pública; que as monjas eram enclausuradas e só lhes era permitida uma única visita masculina - a do confessor da Instituição.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Divaldo, muito pálido pediu que ela fosse chamar a monja-mestra e deu-se conta que estava falando em francês! Era um francês com um sotaque diferente...</i><br />
<i><br /></i>
<i>Sem saber porque a moça aquiesceu, mandou-o entrar até o parlatório onde uma religiosa, de cerca de 60 anos, passou a lhe dizer da impossibilidade do intento por ele almejado. O médium mais pálido e suando muito disse que desejava uma entrevista com a Abadessa.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Veio a Abadessa, veneranda senhora belga de cerca de 70 anos, e passaram os dois a dialogar mais ou menos assim:</i><br />
<i><br /></i>
<i>-Senhora, eu sou o fundador dessa Instituição, muito dura para com as jovens que aqui habitam, quando a instituí eu não me dava conta disso, mas hoje venho pedir-lhe para ser mais complacente com as monjas, aja com mais amor, com mais benevolência para com elas!</i><br />
<i><br /></i>
<i>- Meu filho, você é tão jovem! Porque está falando em francês provençal? Meu filho, esta Instituição foi fundada no século XVII em 1625. Você está aturdido, vou providenciar levá-lo de volta. Onde se hospeda? Vá na companhia da irmã mestra e outra religiosa...</i><br />
<i><br /></i>
<i>- Não antes que eu possa visitar a cela onde faleci.</i><br />
<i><br /></i>
<i>- Como você sabe que nosso fundador morreu aqui?</i><br />
<i><br /></i>
<i>- Irmã, eu sou ele! Eu vivia em orações contínuas, tanto que onde eu me ajoelhava, o piso de pedra-pome, ficou um pouco mais fundo que o restante do assoalho...A minha cela possuía uma gravura da Madona, que certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei um pedaço com uma vela acessa. </i><br />
<i> </i><br />
<i>- Como o senhor pode saber disso? Essas referências verídicas não constam em nenhuma de nossas publicações! </i><br />
<i> </i><br />
<i>-Irmã eu sou ele! A Irmã diz que não posso visitar minha cela porque teria que passar pelo pátio interno, onde ficam as clausuras proibidas ao sexo masculino... Mas, se formos pelo altar-mor, atrás dele, há uma porta, que dá para uns degraus, que vão terminar num corredor, onde sem passar pela clausura, sem passar pelo átrio principal, chegaremos à minha cela, irmã! Vamos!</i><br />
<i><br /></i>
<i>- Já que insiste tanto e para acabarmos logo com isso, venha e mostre-nos o caminho que diz conhecer! E Divaldo foi à frente, mostrando o caminho, que reconhecia, com a Abadessa logo atrás dele, depois a irmã-mestra seguida pela monja-porteira. Como nos velhos tempos... O fundador à frente de todas...</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois do desejo do médium ter sido concretizado e, Divaldo ter observado na cela a surrada vestimenta do sacerdote, ter visto o chão realmente amolgado perto do genuflexório, e de não ter visto mais a gravura da Madona que lá não estava mais, todos muito emocionados, retornaram pelo mesmo caminho... </i><br />
<i><br /></i>
<i>A Abadessa pediu para que as outras duas se retirarem e lhe pergunta o que seria aquele fenômeno. Divaldo fala-lhe abertamente da reencarnação, da lei de causa e efeito e, promete mandar-lhe o EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO e O LIVRO DOS ESPÍRITOS em francês, logo que retornasse à Paris.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Já era hora do almoço e Divaldo, convidado, almoça na Instituição. Continuam a conversar o médium e a Abadessa. Ela, muito emocionada, expressa amargura por saber disso tudo “tão tarde”, ao que Divaldo lhe diz que não, que ela estava na plenitude das suas forças e que poderia com o novo conhecimento, usar do Amor Incondicional do Cristo para com as moças ali recolhidas. Convidado a lanchar, pois já eram 16 horas, ele declina do convite, mas aceita voltar com as referidas monjas para Paris onde por certo o casal amigo deveria estar preocupado com tão prolongada ausência. </i><br />
<i><br /></i>
<i>No dia seguinte, refeito e feliz, ele próprio vai a uma livraria para comprar os dois livros de Kardec, que o seu anfitrião, gentilmente, entrega no Monastério.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Passam a se corresponder ele e a Abadessa Beatriz que dois anos depois é transferida para a Bélgica, por obrigações administrativas; na década de 80 Divaldo a visita, no referido país, nonagenária, lúcida, muito feliz com o reencontro, mostrando-lhe o EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, que tanto lia e relia, e aí o médium lhe conta da sua vida atual, das conferências, da Mansão do Caminho e demais atividades que lhe dizem respeito.”</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-7843426968226500522018-02-06T07:00:00.000-02:002018-02-06T07:00:32.852-02:00Brasileiros não sabem que Espiritismo que prevalece no país é deturpado<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEEhZ8FNrrhlWC9v7f2_Xg-aYN69SBJ3-f-SX-3ENzkN6m6MrMEJUhUca2zhZrQnWAdvclsMPrb-iCEatL1-FxkCJUlLptXL6x3mjkayFC7PS35qlUC66iOfJCUmVIq8SMFYh_2jILwdI/s1600/allan-kardec-preocupado-com-os-mediuns-da-deturpacao-do-espiritismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1090" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEEhZ8FNrrhlWC9v7f2_Xg-aYN69SBJ3-f-SX-3ENzkN6m6MrMEJUhUca2zhZrQnWAdvclsMPrb-iCEatL1-FxkCJUlLptXL6x3mjkayFC7PS35qlUC66iOfJCUmVIq8SMFYh_2jILwdI/s400/allan-kardec-preocupado-com-os-mediuns-da-deturpacao-do-espiritismo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Sabe o que é levar gato por lebre? Ou então viver num país onde um produto de uma marca só existe na versão pirata? Pois é, o que se conhece como "espiritismo" no Brasil é a versão deturpada, que combinou a influência do deturpador francês Jean-Baptiste Roustaing com elementos resgatados do Catolicismo jesuíta que prevaleceu no período colonial.<br />
<br />
O "movimento espírita" nasceu fundado por dissidentes católicos. Com as transformações do Catolicismo nos últimos séculos, a ala mais conservadora, no Brasil, resolveu migrar para uma nova religião que, apenas na fachada, evoca a herança do pedagogo francês Leon Hypollite Denizard Rivail, conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec.<br />
<br />
Ao longo dos anos, disputavam a liderança do movimento os "místicos", ligados à Deturpação, e os "científicos", fiéis à Codificação original. Os "místicos" levaram mais vantagem, e durante anos a catolicização do Espiritismo foi mais escancarada, como forma de evitar que ações policiais invadissem os chamados "centros espíritas".<br />
<br />
Com o tempo, as conveniências e o jogo de interesses, que inventaram a figura do "médium espírita" como um dublê de filantropo e de pensador e um equivalente informal do sacerdote católico, para vender livros e faturar com palestras, sob a desculpa da "caridade". A tal "caridade", embora denominada oficialmente "Assistência Social", corresponde ao Assistencialismo, que é aquela "filantropia" de baixos resultados mas que rende uma forte promoção pessoal ao "benfeitor".<br />
<br />
O que percebe-se é que o assunto da deturpação do Espiritismo é desconhecido até mesmo entre setores de esquerda na mídia brasileira, que poderiam muito bem alertar a sociedade de que Allan Kardec está sendo traído pelos brasileiros, que não medem o mínimo escrúpulo sequer para vender gato por lebre, deturpar o legado espírita e sair por aí posando de "fiel discípulo" do professor lionês.<br />
<br />
HISTÓRIA SIMPLÓRIA DO ESPIRITISMO<br />
<br />
Se nem a mídia de esquerda, que costuma dar um contraponto às narrativas oficiais da mídia hegemônica, foge da narrativa oficial do Espiritismo, simplória e bastante superficial, então o problema está extremamente sério. Como a conservadora e direitista Federação "Espírita" Brasileira (FEB), que apoiou os golpes civil-militar de 1964 e político-jurídico de 2016, tem as esquerdas na palma da mão é algo que até agora não conseguimos entender.<br />
<br />
A narrativa oficial é risível: era uma vez um pedagogo francês com carreira renomada que, de repente, estuda os fenômenos espíritas e usa o pseudônimo Allan Kardec, fundando o Espiritismo que, no Brasil, foi acolhido por religiosos de inclinação filantrópica e recebeu o tempero da religiosidade, criando uma doutrina equilibrada que mistura fé, ciência e filosofia.<br />
<br />
Tudo muito fácil e muito simples. Só que a história não foi assim e, infelizmente, poucos conhecem o lado sombrio do que se reduziu o Espiritismo no Brasil. Mesmo os tão adorados "médiuns espíritas", associados a imagens, conceitos e apelos emocionais tão agradáveis, possuem um passado bastante sombrio no qual seus seguidores, tão tolamente, se recusam sequer a conhecer. É bem mais fácil uma criança deixar de acreditar em Papai Noel.<br />
<br />
Isso é da mais extrema gravidade e não faltaram oportunidades para que os deturpadores do Espiritismo fossem desmascarados, mesmo os "médiuns". Houve processo do caso Humberto de Campos, a ameaça de denúncia de um sobrinho que teria sido morto por "queima de arquivo", escândalos como o da farsante Otília Diogo e as defesas em torno da ditadura militar.<br />
<br />
Nada conseguiu desmascarar os "médiuns espíritas", e, do contrário que se imagina, não foi porque eles realmente eram pessoas amorosas, iluminadas ou acima de tudo ou de todos, como seus seguidores tanto espalham por aí com um turbilhão de textos e de palavras.<br />
<br />
MANIPULAÇÃO DO DISCURSO<br />
<br />
O que se vê é que o "espiritismo" brasileiro foi a mais sofisticada técnica de manipulação do discurso e de dominação da mente humana. Consegue transformar uma mentira vergonhosa numa suposta verdade indiscutível, e dá verniz de racionalidade ao mais fantasioso e piegas apelo emotivo, com uma habilidade que até agora não recebeu uma reação crítica com mais firmeza e visibilidade. E, com isso, os "espíritas" arrumam desculpa para fazerem o que quiserem. Vejamos:<br />
<br />
1) O "ESPIRITISMO" BRASILEIRO DETURPOU O LEGADO DE ALLAN KARDEC?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "O Brasil possui tradições religiosas ligadas ao Cristianismo, que permitiram acolher a Doutrina Espírita acrescentando nelas elementos comuns ao do Catolicismo".<br />
<br />
2) O "ESPIRITISMO" BRASILEIRO NÃO ADERIU AO CIENTIFICISMO DE ALLAN KARDEC?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "A Ciência possui excessos que resultaram nos arsenais e nas bombas e gases de extermínio em massa, além de criar conflitos desnecessários com o debate extremo de tudo" ("espíritas" usam a Segunda Guerra Mundial para botar a ciência como "bode expiatório" para os males da humanidade).<br />
<br />
3) AS PSICOGRAFIAS NÃO REFLETEM OS ESTILOS PESSOAIS DOS AUTORES MORTOS ALEGADOS?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "A personalidade de cada pessoa é movida por caprichos materiais, e, quando o espírito desencarna, eles se anulam e ele passa a ser tomado de um comportamento universal, se interessando em desenvolver um outro estilo mais genérico e compartilhado por inúmeros outros espíritos" (desculpa muito bem construída, mas absurda e à margem da lógica).<br />
<br />
4) OS "MÉDIUNS ESPÍRITAS" SÃO CONSERVADORES?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "Os 'médiuns' são progressistas, apenas reprovando os excessos cometidos pelas forças de esquerda, às quais eles no entanto acolhem com simpatia e afeto" (alguém não se lembrou do comportamento de Luciano Huck em relação às esquerdas?).<br />
<br />
5) POR QUE A "CARIDADE" DOS "MÉDIUNS ESPÍRITAS" NÃO FEZ O BRASIL SE TORNAR DESENVOLVIDO?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "Os 'médiuns' investem em caridade com seus poucos (sic) recursos disponíveis e o fazem com coragem; os resultados ficam longe de serem satisfatórios porque circunstâncias não permitem a ampliação e o fortalecimento de tais ações" (OK, mas se falta dinheiro para a "caridade espírita", por que não falta para "médiuns" fazerem turismo pelo planeta para falar bobagens igrejeiras para plateias ricas em troca de medalhas e outros prêmios ambiciosos?).<br />
<br />
6) POR QUE A "FILANTROPIA" DOS "MÉDIUNS" OS COLOCA ACIMA DOS PRÓPRIOS BENEFICIADOS, COMO NUM CULTO À PERSONALIDADE?<br />
<br />
Desculpa mais comum: "Os 'médiuns' não vivem do culto à personalidade, porque na mais absoluta simplicidade, humildade e dedicação total ao próximo" (Divaldo Franco, por exemplo, é a personificação do evento Você e a Paz, tornando-se o centro das atenções e isso não é culto à personalidade?).<br />
<br />
Outra desculpa mais comum: "O fato de um 'médium', em ação de caridade, se sobrepor ao beneficiado, é porque o 'médium' possui qualidades especiais que garantem o mérito da admiração, devido a uma imagem relacionada ao amor e às mensagens e ações elevadas" (a idolatria religiosa tem cada coisa).<br />
<br />
MÍDIA ALTERNATIVA DEVERIA DENUNCIAR ESPIRITISMO DETURPADO<br />
<br />
A mídia alternativa deveria aprender as próprias lições quando passou a questionar e investigar os deslizes dos neopentecostais. Os neopentecostais chegaram a ser aliados momentâneos dos esquerdistas e estes souberam reagir quando a aliança foi rompida, em nome da agenda moralista retrógrada assumida por esta variante dos movimentos evangélicos.<br />
<br />
Os "espíritas" nunca foram aliados dos esquerdistas e estes, infelizmente, veem no "movimento espírita" de forma semelhante àquele nerd que cobiça a "mina" que o despreza, mas que ele insiste em acreditar que ela está apaixonada por ele.<br />
<br />
Os "espíritas" se revelam conservadores, reacionários, associados a ícones do direitismo político-midiático como a Operação Lava Jato, a Rede Globo e Luciano Huck (possivelmente o mais cotado pelos "espíritas" para governar o Brasil) e tudo, e as esquerdas reagem a essa religião como "cornos-mansos", aceitando tudo sem reclamar.<br />
<br />
As esquerdas deveriam romper com isso e investigar também os "espíritas". O superfaturamento da "caridade", o mercenarismo dos livros "psicográficos", o caráter <i>fake</i> das supostas psicografias, o obscurantismo ideológico e tudo. As esquerdas não podem paralisar o jornalismo investigativo em prol de apelos emocionais exagerados e duvidosos e o próprio Allan Kardec recomendou que se investigasse e questionasse a deturpação sem meias-palavras, relativismos nem complacências.<br />
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Espera-se, portanto, que a mídia alternativa apresente esse lado sombrio do "espiritismo" brasileiro, o da deturpação, em vez de repetir feito papagaio a narrativa complacente trazida pela grande mídia, principalmente a Rede Globo. Não se pode colocar os apelos emotivos "fofinhos" acima da verdade dos fatos, porque nem sempre o que é verdadeiro é agradável e, muitas vezes, o que é mais agradável pode ser uma vergonhosa e escancarada mentira.Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7435108643191234290.post-11997235593393187482018-02-05T07:00:00.000-02:002018-02-05T07:00:34.378-02:00"Espírita" convicto, Carlos Vereza escreveu texto odioso defendendo condenação de Lula<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO0K8mCXN3KTZ31LCFs8P478I_uOjbGqR800B0T-LQxvepNFHUZQFJywFyxfZMtAaPP_cpZoKlcZuv4Z1ZmJKREq_zWfLmFRKiM0qAuY2ytz4pcp7JWw-RVmVaZKN_iHr1fN8fAXxNBMM/s1600/carlos-vereza-em-video-narrou-a-caridade-por-paulo-de-tarso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO0K8mCXN3KTZ31LCFs8P478I_uOjbGqR800B0T-LQxvepNFHUZQFJywFyxfZMtAaPP_cpZoKlcZuv4Z1ZmJKREq_zWfLmFRKiM0qAuY2ytz4pcp7JWw-RVmVaZKN_iHr1fN8fAXxNBMM/s400/carlos-vereza-em-video-narrou-a-caridade-por-paulo-de-tarso.jpg" width="400" /></a></div>
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Intérprete do médico Adolfo Bezerra de Menezes, um dos fundadores da FEB, o ator "espírita" Carlos Vereza é, também, uma das celebridades mais reacionárias do Brasil. Ele, que iniciou a carreira artística em 1959, mesmo ano do começo da atividade "psicográfica" de um de seus ídolos, Divaldo Franco, havia escrito um texto contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que foi publicado na Folha de São Paulo em 24 de janeiro passado, dia do julgamento do TRF-4.<br />
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O mesmo Carlos Vereza que gravou um vídeo recitando o texto "A Caridade", de Paulo de Tarso, comentando sobre atos de amor, disparou um texto cheio de ódio ao ex-presidente Lula, político que fez o Brasil avançar combinando desenvolvimento econômico e inclusão social. Por associação, Vereza também disparou seu rancor contra Dilma Rousseff, a quem, pejorativamente, definiu como "inesquecível".<br />
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A escolha de Vereza pela Folha de São Paulo se deu pela falta de algum intelectual qualificado para apresentar argumentos a favor da condenação de Lula (se é que existe algum intelectual assim com essa competência).<br />
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Para contrapor Vereza, foi escolhido o advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin, não pelo aspecto pessoal de defesa do ex-presidente, mas por ser um profundo conhecedor de leis às quais aplica para combater a ação abusiva da Lava Jato e seu UFC jurídico.<br />
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Em tempo: Carlos Vereza e Divaldo Franco se unem pelo fato de terem "incorporado" o dr. Bezerra de Menezes, o primeiro no cinema e o segundo, durante as palestras, se passando por "psicofonia". No caso de Divaldo Franco, houve até mesmo a estranheza de sua voz se alterar sem um momento de transição, como se mudasse o timbre imediatamente, o que sugere charlatanismo através de falsete.<br />
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Divaldo Franco também sinalizou oposição a Lula, ao definir toda a equipe da Operação Lava Jato, responsável pela condenação do petista, como "Missionários da Ordem do Bem protegidos pelo Plano Superior Divino".<br />
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<i>CARLOS VEREZA: Réquiem para um impostor</i><br />
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<i>Folha de São Paulo, 24 de janeiro de 2018</i><br />
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<i>O comunismo não acabou; mudou-se para o Brasil...</i><br />
<i>Seja qual for o resultado do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, o Brasil jamais será o mesmo.</i><br />
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<i>O condenado a nove anos e meio pelo juiz Sergio Moro mobilizou todo um séquito de fiéis vassalos, dispostos, com o aval da alma mais honesta deste país, ao enfrentamento e desafio às leis que o julgarão.</i><br />
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<i>Parlamentares não se ruborizam ao incitar os seguidores da seita à coação e mesmo à violência física contra os que apenas exercem um dever avalizado em nossa Constituição.</i><br />
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<i>Lula paira acima do mais comum dos mortais; determina, como um déspota que sempre foi, que a lei deve curvar-se a ele, e não o contrário.</i><br />
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<i>A irracionalidade faz tábula rasa de incontáveis depoimentos de antigos comparsas, que pedem provas, como se o "simples fato" de Lula e Marisa terem declarado, durante seis anos, ao Imposto de Renda o tríplex de Guarujá não passasse de uma articulada conspiração da "direita fascista".</i><br />
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<i>Do macacão matreiramente maquiado de graxa ao alfaiate de grife Ricardo Almeida, o humilde operário, antes sofrido morador de uma residência de 40 m2, como relata o jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, deu o chamado salto de qualidade —e ponha qualidade.</i><br />
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<i>Com inegável carisma, Lula soube catalisar como ninguém a carência histórica de nosso povo por um "pai dos pobres". Diante da ausência de consciência politica da maioria da população, ele a tornou refém do mais deslavado assistencialismo, contando com o apoio de intelectuais saudosos de uma falida ideologia "de esquerda" e de aplicados setores da igreja partidários da enigmática Teologia da Libertação.</i><br />
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<i>Lamentavelmente, Lula poderia ter sido o maior líder popular, não só da história do país, mas de toda a América Latina, se não tivesse pretendido impor à nação um projeto indefinido de poder, utilizando para essa finalidade o aparelhamento partidário-ideológico da sociedade, esgarçando, estrategicamente, os limites que caracterizam uma democracia. </i><br />
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<i>Evidentemente, Lula não inventou a corrupção, mas aperfeiçoou-a a níveis inimagináveis, usando-a como adestramento e cooptação de não tão renitentes adversários em praticamente todas as áreas de poder do país.</i><br />
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<i>Mas, como imaginam as bem intencionadas Pollyanas de plantão, o comunismo não acabou com a queda do Muro de Berlim, apenas mudou o idioma e corte de cabelo e veio lançar seu alto poder de sedução à América Latina.</i><br />
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<i>Para esse intento, Lula, com a cumplicidade de Fidel Castro (1926-2016) e de Hugo Chávez (1954-2013), criou o Foro de São Paulo em 1990, com o objetivo de debater a nova conjuntura pós-queda do Muro de Berlim. "Debater", leia-se, a articulação para dominar primeiro o maior e mais influente país da região, e a posterior subjugação de toda a América Latina.</i><br />
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<i>Não era mais a tomada do poder pela luta armada; ressuscitaram Antonio Gramsci (1891-1937), uma pitada de fabianismo, a solerte infiltração nas universidades, com a escola com partido, e a consequente doutrinação do marxismo cultural, idiotizando e alienando setores expressivos de nossa juventude.</i><br />
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<i>Mas os míopes seguidores de Lula esbravejam que Brahma —um de seus codinomes revelados nas incontáveis delações premiadas— realizou, como nunca dantes na história deste país, a inclusão social!</i><br />
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<i>Como assim? Deixando um deficit de 13 milhões de desempregados, mais de 60 milhões de inadimplentes, milhares de postos de trabalho fechados, brutal aumento das dívidas interna e externa. Fatos! Mas sem "consistência" para seus hipnotizados aduladores!</i><br />
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<i>Enfim, não é apenas Lula que estará sendo julgado, mas todo o seu "legado" que se tornará de difícil recuperação; não só a quebradeira econômica de seus governos e da "administração" de sua dileta afilhada, a inesquecível Dilma Rousseff, mas o resgate ético e moral de uma nação apática e humilhada.</i><br />
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<i>CARLOS VEREZA, 77, é ator, diretor e autor de peças de teatro, com mais de 50 trabalhos desde o início da carreira, em 1959</i>Equipe Dossiê Espíritahttp://www.blogger.com/profile/17192942977252277566noreply@blogger.com0